Capítulo 2

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Alguns dias havia se passado depois do anuncio de Sasuke, ninguém da família aceitou bem tal decisão, principalmente Itachi. Ele fazia questão de ignorar o irmão mais novo, segundo Sasuke ele percebeu que amava Hinata, como eu havia concluído, porém Itachi não aceitava. Suspirei pela décima vez, a Boutique estava movimentada e Ino me ajudava a atender as clientes, essa movimentação se dava a proximidade do Natal e Réveillon.

— Está tudo bem, Naruto? – perguntou-me. Provavelmente pelos meus suspiros.

— Sim! – respondi seco olhando a loira e não dando espaço para que ela perguntasse algo mais. Não estava bem, meu coração parecia estar machucado, e eu sabia por que, me apaixonei por Sasuke e aquilo estava matando-me. Pensei até em me render às investidas de Gaara, mas havia Ino, por mais que o ruivo finalmente tivesse lhe dado o fora, ela ainda o amava. Sabia que não podia permanecer na mansão Uchiha, não havia mais perigo. Hinata casaria com Sasuke e eu já não era mais o responsável por ele ter rompido o acordo e relacionamento que possuía com ela. Havia me decidido, naquela noite deixaria a mansão, não suportava mais olhar para Sasuke e ser ignorado ele nem, ao menos, me olhava, sentia-me como algo insignificante. O dia foi extremamente cansativo, fechamos a Boutique por volta das 20h00min, por sorte havia finalizado as avaliações da faculdade dias antes e estava de férias. Despedi-me de Ino e segui em direção ao ponto de taxi, a loiro me ofereceu carona, porém teríamos que passar no salão, pois tinha depilação marcada. Acabei dispensando poderia ir a pé mesmo, mas estava cansado demais e para minha sorte não havia nem um taxi no ponto naquele momento. Sentei-me no banco de granito e esperei. Fiquei algum tempo ali até ouvir o som de buzina, encarei o carro prata estacionar a frente e dele descer quem eu menos gostaria de ver naquela noite, Gaara. Fingi mexer no celular, mas nada impediu o ruivo de sentar-se ao meu lado.

— Posso te dar uma carona! – não foi uma pergunta, e sim, algo obvio.

— Hm! – não me dignei a respondê-lo.

— Qual é Naruto, são quase oito e meia e não acredito que ainda haja algum taxista na área... É somente uma carona. – suspirei, Gaara tinha razão. Naquela pequena cidade dificilmente os taxistas trabalhavam depois das 20h00min. Se fosse nas próximas semanas provavelmente teriam vários, às lojas ficariam abertas até mais tarde no mês de Natal. Uma carona não seria má ideia, estava cansado, física e mentalmente, queria chegar em casa tomar banho e dormir, mas não antes de arrumar minhas malas.

— Tudo bem, Gaara! – disse me dando por vencido. Apanhei minha mochila e tive a porta do carro aberta por ele, revirei os olhos por aquele gesto de cavalheirismo, não que não gostasse, achava extremamente lindo homem que agia daquela maneira, mas não Gaara. Ele era bonito, mas não era para meu bico, sempre gostei de homens com presença que se importasse com coisas úteis e não fúteis, como era o caso dele.

O regresso foi rápido, torcia para que os Uchihas não estivessem fazendo nada suspeito naquele horário. A casa grande e de vidro já podia ser avistada ao longe, as luzes acessas deixavam-na, ainda, mais bela acompanhada pelas luzes de natal, que, aos poucos eram colocadas nas janelas e em algumas árvores, obra de Sakura.

— Obrigado, Gaara! Realmente eu não sei como agradecer! – estava grato por ele ter me ajudado, talvez, estivesse até aquele momento no ponto de táxi.

— Sabe muito bem como me agradecer, Naruto! – quem disse que o ruivo não tinha outros planos em mente, se toca Naruto, ninguém faz nada de graça mais.

— Espero que não seja o que estou pensando! – disse irritado encarando seus olhos verdes.

— E o que está pensando? – o vi diminuir a distância inclinando-se sobre mim deixando-me prensado contra a porta, que, aliás, estava trancada.

Seu Coração É MeuOnde histórias criam vida. Descubra agora