Um portal do tempo e uma festa para a princesa.

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Seus gritos ecoavam por todos os lados enquanto caíam. Emma chegou a pensar que poderia ter chegado a sua hora, que a morte era certeira.

Ela queria deixar Storybrooke, tentar viver uma vida normal com seu filho em Nova Iorque, mas também entendia que talvez não fosse o certo a fazer. Se afastar da sua família, afastar Henry de sua outra mãe... parecia errado. Mas ela estava acostumada a correr. A fugir. Foi o que disse à Hook, e sabia que era verdade.

Quando o portal de Zelena os sugou, demorou apenas alguns segundos para aterrissarem no meio de uma enorme floresta. Emma olhou em volta e não pôde, não queria acreditar no que estava acontecendo.

— Não... — sussurrou para si mesma, se exaltando logo depois. — Não, não!

Killian finalmente conseguiu se erguer e olhou em volta, suspirando e bufando para o que havia encontrado.

— Bem, aparentemente estamos de volta à Floresta Encantada.

— É, eu percebi isso — respondeu Emma revirando seus olhos.

— A questão é: Quando? — continuou Hook, ignorando Emma.

Se levantaram com certa dificuldade, ainda estavam tontos pela viajem que haviam acabado de fazer. Olharam em volta, procurando alguma pista, qualquer coisa que os dissesse em que período da história se localizavam.

Emma olhou para uma árvore mais além e viu um papel grudado a ela. Chegou mais perto, tentando ler o que estava escrito.

— Killian — o chamou. — Acho que tenho uma noção...

O cartaz anunciava o baile do décimo segundo aniversário da Princesa Snow White. Ela tinha voltado para o aniversário de sua própria mãe quando era apenas uma criança.

— Eu não entendo... — Killian se manifestou. — Por que estamos aqui? Em que pensava enquanto caíamos? — perguntou com genuína curiosidade.

Emma respirou fundo, sem tirar seus olhos do cartaz.

— Eu não tenho certeza... pensei e ir embora, mas que eu poderia estar quebrando o coração da minha família... quebrar o coração de Regina...

— E o que isso tem a ver com tudo?

— Eu não faço ideia... — se virou para ele. — Mas acho que sabemos quem pode nos ajudar.

Ele ficou confuso por alguns segundos, mas logo entendeu o que a mulher quis dizer. Suspirou e colocou sua mão em seus olhos, andando de um lado para o outro.

— O que está fazendo? — perguntou ela com o cenho franzido.

— Tentando encontrar um bom motivo para não fazermos isso — bufou alto e voltou a encará-la. — Okay então... — a olhou de cima a baixo. — Mas primeiro, tem algo que precisamos fazer...

Ela franziu o cenho novamente e ele apenas sorriu debochadamente.

Depois de um tempo procurando, acharam roupas penduradas em um varal. Hook insistiu para que Emma vestisse uma das vestimentas típicas da época e do reino, e ela, a muito contragosto, colocou um deles.

Quando surgiu em um vestido que mostrava bastante seus seios, Killian não conseguiu conter o sorriso cafajeste.

— Muito melhor.

— Não sorria assim para mim — ele assentiu e se virou, mas não tirou o sorriso do rosto. — Pelo menos eu concordo que desse jeito é melhor para passar despercebida, mas esse corpete está assassinando meu fígado — bufou e começou a andar pela floresta. — Esse é exatamente o tipo de coisa que não acontece em Nova Iorque.

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