O baile continuava acontecendo ao redor delas, enquanto voltavam para o salão. Emma e Killian realmente não perceberam o quão rápido o tempo havia passado. Já era tarde e as danças ainda não haviam cessado. A pequena Snow dançava sozinha e alegremente em meio às pessoas, fazendo seu pai sorrir.
Ao voltarem para perto dos dois homens, Emma começou a bolar um plano em sua cabeça para se aproximar a Princesa, e uma ideia passou pela sua mente. Mesmo apreciando a amizade que havia, inusitadamente, criado com a Rainha, ela precisaria deixar o seu lado. Pedindo licença aos convidados, andou lentamente até Snow e a pegou de surpresa, pegando em sua mão e a rodopiando pelo salão, fazendo a menina gargalhar.
- Sabes dançar, Princesa Léia? – perguntou a menina com sua voz infantil.
- Bem, iremos descobrir isso agora- respondeu sorrindo.
As risadas de Snow inundaram o local, causando uma sensação boa na barriga de Emma. Ver sua mãe tão feliz, tão inocente... era algo completamente novo. Ela estava acostumada com Mary Margaret, antes apenas uma professora do primário e depois uma mulher ainda mais forte e uma mãe mandona. Ela se sentia mal por não poder mudar o destino da menina é lhe proporcionar uma vida mais simples e calma após a morte de sua mãe.
E ao contrário do que pensou, não culpou Regina. Não a odiou com todas as forças por ter feito sua família sofrer tanto. Afinal, Snow havia a perdoado quando adulta, por que ela não podia fazer o mesmo?
Quando as duas pararam de dançar, a pequena Snow, com seu enorme sorriso, olhou em sua volta, recebendo os aplausos das pessoas que lhe assistiam. Quando seu olhar foi até seu pai, o sorriso que antes habitava seus lábios desapareceu. Ali estava apenas Leopold, Regina havia se retirado, o que causou uma enorme tristeza dentro da menina.
Ela sorriu timidamente para todos e abaixou a cabeça, indo para o lado de fora do Castelo. Emma nem havia pensado que aquela era uma boa oportunidade para de aproximar de sua futura mãe, quando viu o olhar tristonho da menina, a seguiu até a saída do Castelo.
Snow estava sentada em um banco afastado da entrada, olhando para o chão e movendo suas pernas para frente e para trás como a criança que era. Emma levantou um pouco seu vestido e caminhou com dificuldade até a menina é sentou-se ao seu lado. Nada foi dito por um tempo, as duas apenas ficaram olhando a lua cheia em sua frente. O céu estrelado deixava tudo ainda mais lindo.
- Ela me odeia, não é? – a menina perguntou em um tom baixo.
- Quem?
- Regina... – suspirou. – Ela simplesmente me odeia.
- Por que pensa assim? – perguntou Emma, mesmo sabendo da verdade.
- Ela sempre age assim... como se me odiasse. Como se não gostasse da minha companhia. E... eu sempre quis, pelo menos, ser sua amiga.
Emma conseguiu sentir toda a emoção na voz da menina. Era apenas uma criança buscando a aprovação de um adulto... isso era algo que ela conseguia se relacionar. Havia passado sua infância e adolescência buscando aprovação de alguém, qualquer um, apenas para não se sentir tão solitária.
- Eu não sei o que se passa na cabeça da Rainha – começou Emma. -, mas eu sei que, se ela age desse jeito com ti, ou lhe faz sentir-se assim, há um bom motivo.
A menina suspirou e mirou o horizonte negro.
- Você acha que algum dia será diferente? Que iremos ser... amigas?
Já sabendo a resposta, a loira sorriu.
- Eu tenho absoluta certeza que isso irá acontece eventualmente – aquilo deixou a princesa mais animada. – Sabe, eu não tenho uma madrasta, mas a minha relação com a minha é... complicada.
- Por quê? – perguntou a menina curiosa.
- Eu... eu quero... sair do Castelo – tentou improvisar. – Quero ter a minha própria vida, morar bem longe. Mas... eu fiquei muito tempo separada de minha família, e eles não querem me perder novamente – suspirou. – Da onde eu venho, é tudo muito complicado e difícil...
- E você quer fugir disso – completou Snow e Emma assentiu.
- Eu passei muito tempo indo pela estrada mais turbulenta. Eu só queria respirar um pouco.
- Mas... eles são a sua família – disse a menina, lhe encarando. – A vida nunca será fácil, não importa onde esteja. Mas, se você estiver com a sua família, eles irão te ajudar com qualquer coisa, sem se importar com as consequências – deu um meio sorriso. – Mas se isso for realmente o que queres, e se ela lhe amar incondicionalmente como mãe, ela, eventualmente, aceitará a situação. É apenas necessário lhe dar um pouco de tempo para pensar.
Emma riu internamente, extremamente feliz com as palavras da menina. Afinal, ela era sua mãe. Idade diferente, mas o seu espírito e coração era o mesmo.
- Sabe, isso significa muito vindo de ti.
- Sério? Sabes que acabei de completar 12 anos, não? – falou sorrindo.
A loira riu e segurou nas pequenas mãos da princesa.
- É justamente o que faz o conselho ser significativo – disse sorrindo singelamente. – Vamos, seu pai deve estar preocupado.
Snow suspirou com pesar, mas se levantou junto a Emma e a seguiu para dentro do castelo.
Com o baile chegando ao seu fim, os convidados começam a se despedir de seus anfitriões e sair do Castelo, entrando cada um e seu acompanhante em sua própria carruagem chique e majestosa. Emma havia visto vários filmes antigos com carruagem similares, mas nenhuma chegava aos pés das verdadeiras.
Killian se aproximou de Emma lentamente e parou ao seu lado.
- Bem... e agora?
- Não sei, não planejamos nada após o baile – sussurrou Emma com a voz em um tom... desesperado.
- Acho que eu posso ajudar – o homem disse.
- Como?
Ele sorri de canto e lhe oferece o braço. Entrando na brincadeira, Emma se reverência e aceita o braço, assim como nos filmes antigos. Eles se aproximaram do Rei e da Rainha, que ainda conversavam com seus convidados, mas se despediram logo após avistarem os dois.
- Charles e Léia! – exclamou o rei. – Realmente devem partir?
- Era sobre isso que gostaríamos de conversar, majestade – disse Killian e o Rei aguçou sua audição. – Tivemos um certo... problema. E agora não temos um lugar para passar a noite.
O rei colocou um grande sorriso em seu rosto.
- Ahh, mas isso não é problema! – se afastou da esposa, que continuava calada, e abraçou Killian de lado, fazendo Emma se afastar sorrindo. – Vocês serão nossos hóspedes! Podem fixar o tempo que precisar! – saiu do abraço e se aproximou novamente da esposa. – Irei pedir que preparem um quarto para os dois pombinhos.
Killian arregalou os olhos, Emma ficou vermelha como uma pimenta e Regina apenas bufou.
- Não... nós não... – Killian tentou explicar.
- Nós somos... primos – Emma disse a primeira coisa que veio em sua mente e recebeu um levantar de sobrancelhas tanto de Killian quanto de Regina.
- Ah sim, sem problemas! – continuou o rei, como se nada tivesse acontecido. – Serão dois quartos então. Pedirei para que os preparem e deixem roupas separadas na cama.
O homem estava tão animado que apenas se virou e foi dar o comunicado aos empregados, deixando a Rainha com seus dois novos hóspedes. Inundados por uma vergonha fora do normal, Regina foi a primeira a se manifestar.
- Então... da onde são? – perguntou curiosa. – Acabou não me dizendo naquele outro momento.
Killian sabia que ele apenas poderia dizer de onde realmente eram, mas o homem travou e não conseguia falar. Então Emma improvisou, novamente.
- Tão Tão Distante – respondeu e a Rainha franziu o cenho.
- Não estou familiarizada com esse reino...
- Bem, como o nome já diz... é bem distante...
Regina não parecia convencida, mas apenas deu de ombros. Antes mesmo de continuarem uma conversa constrangedora, um homem mais velho se aproximou com um grande sorriso. Emma não pôde deixar de perceber que um sorriso brotou nos lábios da Rainha após o vê-lo.
- Sinto muito não vir antes. Problemas surgiram.
- Papai – Regina disse com suavidade em sua voz.
Emma se emocionou contra sua vontade. Aquele era o Príncipe Henry, pai de Regina e o homem que inspirou o nome de seu filho. Nunca pensou que iria conhecê-lo.
- A festa já chegou ao seu fim? – perguntou enquanto abraçava sua filha.
- Sim... – olhou para os seus convidados. – Pai, esses são a Princesa Léia e Príncipe Charles – os apresentou.
-- Muito prazer em conhecê-los – os cumprimentou. – Sou o Príncipe Henry, pai de Regina.
- É um prazer o conhecer – disse Emma com um sorriso de canto.
- Eu encontrei o Rei na minha vinda até aqui e ele disse que os convidados já poderiam subir, seus quartos estão prontos. Dois dos empregados lhe encontrarão no topo da escada e os levarão até seus respectivos aposentos.
- Muito obrigado – disse Killian. – Foi um enorme prazer lhe conhecer.
- O prazer foi todo meu. Boa noite, nos vemos amanhã no café.
Sem dizerem mais nenhuma palavra, os dois hóspedes se afastaram e subiram as escadas. O pai de Regina a olhou com ternura e ofereceu seu braço para que pudessem passear pelo salão, e assim fizeram.
- E então, se divertiu? – ele perguntou e ela bufou, fazendo o homem mais velho rir. – Tão ruim assim?
Ela suspirou e sorriu de canto.
- Não foi tão ruim quanto eu pensei... a noite teve seus momentos.
- Então você realmente conseguiu se divertir! – exclamou e a Rainha riu.
- Não foi tudo ruim... consegui me divertir por um tempo.
- E o que causou tudo isso? – a mulher riu bobamente. – Ah, e esse sorriso? Qual é a causa dele?
- Acho que eu fiz uma amizade nova – soltou sem o olhar.
- Princesa Léia? – ela assentiu. – Parece ser uma mulher encantadora.
- Ela é... diferente. Me senti segura conversando com ela – o encarou com a feição confusa. – Acha que isso é ruim?
- Pelo contrário, minha filha! É algo bom!
- Eu só não quero me machucar, mesmo que seja apenas uma amizade – respirou fundo. – Sinto que ela esconde algo. Ela e seu primo.
- Algo ruim?
- Não tenho certeza... mas a minha intuição diz que não.
- Então apenas se deixe levar – pararam em frente a escadaria. Haviam dado uma volta completa no salão e nem haviam percebido. – Se permita ter, pelo menos uma boa amizade.
- Está dizendo que as minhas amizades não são boas? – perguntou em um tom sério, mas com um sorriso no rosto.
- Bem, vamos dizer que aquela sua amiga Malévola não é exatamente uma boa influência.
- Papai...
- Eu sei, eu sei – levantou as mãos em sinal de rendição. – Ela é a sua amiga. Não devo lhe falar injúrias – sorriu. – Eu devo ir dormir, mas apenas saiba que a sua amiga está no quarto ao lado do seu.
O homem beijou o rosto de sua filha e se despediu, subindo as escadas e indo para seus aposentos. Regina continuou no salão por mais um tempo, olhando o quão grande ele era sem nenhum convidado. Ela se identificava com aquele cenário: um lugar grande com um vazio inexplicável, um ar gélido e um sentimento amargurado. Era assim que via aquele salão, assim como via o seu interior.
Com a mente cheia, se virou e se deslocou até o quarto que dividia com o rei. Não queria ir, estava cansada de se deitar com alguém que não amava e nunca amaria. Com alguém que odiava em seu âmago. Não tinha escolha, mas aquando passou pelo quarto ao lado do seu, viu uma oportunidade de procrastinar sua ida para seu inferno pessoal.
Respirou fundo e bateu a porta duas vezes.
Quando ouviu a voz da loira permitindo sua entrada, ainda demorou alguns segundos para se mover e entrar no cômodo. Se deparou com a mulher de costas, mas a mesma se virou logo que Regina entrou no quarto. Um grande sorriso se formou nos lábios de Emma.
- Rainha Regina – reverenciou Emma. – Ao que devo o prazer?
- Já disse, pode me chamar de Regina, princesa – respondeu a Rainha enquanto sorria.
- Então não me chame de Princesa – retrucou a loira em um tom divertido.
- Feito – se aproximou. – Eu só queria saber se estava confortável com seu aposento.
- Sim, é maravilhoso – olhou em volta, um tanto empolgada. – Veio aqui apenas para isso?
- Bem... eu não sei – admitiu. – Só vi a sua porta e quis... conversar.
- Eu ficaria honrada – a loira se aproximou da grande janela que havia no quarto e respirou o ar puro da noite. – Eu nunca pensei que este lugar fosse tão lindo...
- Nisso você tem razão – a Rainha de debruçou na janela ao lado da loira. – Este lugar é realmente lindo...
Ao sorrir, Emma notou uma luz diferente em um lugar mais afastado, mas ainda dentro dos limites do castelo.
- O que há ali? – perguntou a mulher, apontando para o local.
- Minha macieira – respondeu Regina em um suspiro. – O meu lugar mais feliz na terra – sorriu de canto. – É o único lugar impossível de notar o vazio que sinto - confessou.
Emma não sabia como reagir ao desabafo da Rainha, então apenas escutou.
- Nunca deixei ninguém tocá-la, seu fruto é especial em demasiada... Mesmo com toda esta tristeza que sinto dentro de mim, morder uma maçã faz o meu dia ficar melhor, mesmo sabendo que aquilo não mudará minha vida.
Mesmo não tendo falado muito, era exatamente o que Regina sentia precisar dizer.
- Não imaginava que se sentia assim – a morena riu sem humor.
- Ninguém nunca imagina. Sou a Rainha, mas não significa que sou feliz. Todos esperam muito de mim e muito não consigo dar.
- Acho que entendo o que quer dizer – olhou Regina pelo canto do olho. – As situações não são parecidas, mas o sentimento é o mesmo.
- Ódio? – perguntou Regina e a loira riu baixinho.
- Solidão – falou simplesmente, ganhando a atenção de Regina. – Mesmo com tantas pessoas a minha volta, toda a minha família junto à mim... me sinto sozinha.
- Não há nenhuma alma viva que poderia compreendê-la? – perguntou a Rainha. – Ninguém?
Emma virou o rosto e encarou as orbes castanhas a sua frente. Foi aí que ela entendeu, e assim sorriu.
- Sim... existe uma pessoa.
- E essa pessoa sabe como está sentindo?
Um tanto envergonhada, a loira negou com a cabeça e voltou seu olhar para o céu estrelado.
- Ela está feliz... tenho medo de atrapalhar isso.
- E por que acha que isso aconteceria?
- Eu não sei – as duas riram. – Sou complicada.
- Percebo – falou Regina em meio às risadas. – Mas... não tenha medo. Talvez ela possa te ajudar.
Ao cessar sua risada, Emma sorriu e continuou encarando a mulher.
- Pensei que você seria diferente...
- Diferente como?
- Apenas diferente...
Em meio aos sorrisos, Emma segurou a mão de Regina que repousava na janela em um ato de afeto, apenas tentando apaziguar a mente da mulher. Mas algo de diferente se acendeu mas duas mulheres. Naquele momento a loira não se preocupou em pensar nas consequências, apenas se inclinou e a beijou.
Foi apenas um selar se lábios, o qual Emma ainda estava confusa de onde aquela vontade veio. Regina não reagiu, não conseguia pensar direito. Apenas ficou ali, sentido os lábios de “Léia”. Segundos depois, Emma se afastou constrangida. Abaixou o olhar e riu nervosamente.
- Eu... me desculpe – disse sem encarar a Rainha. – Eu não sei o que estava pensando.
E era realmente verdade. Seus pensamentos estavam muito embaralhados naquele momento, assim como os pensamentos de Regina. Ela encarava a mulher a sua frente um tanto desnorteada. A única coisa que estava claro em sua cabeça era a urgência de fazer aquilo novamente. E assim ela fez.
Puxou Emma para si e apenas a beijou com uma vontade que não lembrava ter tido antes. Demoraram segundos para Emma corresponder ao beijo, mas ela o fez. Suas mãos foram diretamente para a cintura da Rainha, enquanto as mãos da morena entrelaçavam sua nuca. Por um tempo ficaram assim, mas quando Emma criou coragem para pedir passagem com a sua língua, Regina acordou de seu transe e afastou Emma delicadamente, encostando suas testas.
- Isso não é certo – falou a morena ofegante. – Eu sou casada com o Rei...
- Pensei que estava infeliz... – retrucou Emma sem pensar no que estava dizendo.
- Isso não importa... ele é meu marido.
- Você foi forçada a casar com ele – falou Emma e a morena se afastou completamente dela.
Antes mesmo de Regina responder, uma batida na porta foi escutada pelas duas.
- Quem é? – pergunta Emma após suspirar pesadamente.
- Sou eu... – a voz de Killian ressoou e Emma agradeceu por ele não dizer seu nome.
- Entre Príncipe Charles – Regina respondeu sem hesitação.
Ao contrário de Killian, que abriu a porta lentamente, com receio de saber o que estava acontecendo.
- Estou atrapalhando? – ele perguntou, entrando no quarto.
- Não... eu já estava de saída – respondeu Regina. – Boa noite – disse e saiu do quarto rapidamente, evitando os olhos da Princesa.
- Eu perdi alguma coisa? – perguntou Killian confuso.
- Não... o que está fazendo aqui? – mudou o assunto.
- Eu apenas queria te explicar como as coisas funcionam por aqui. Tentar evitar uma gafe...
- Isso... na verdade é muita consideração sua – admitiu.
Sua cabeça girava com o que havia acabado de acontecer, então a única coisa que conseguiu fazer foi se jogar na grande cama, deixando apenas suas pernas para fora. Killian respirou fundo, vendo a chateação da mulher por quem se apaixonara. Lentamente, andou até a cama e se deitou ao seu lado, na mesma posição.
- Você não precisa esconder nada de mim...
Respirando fundo, a loira percebeu que talvez aquilo não fosse uma má ideia.
- Eu beijei a Regina...
Um silêncio constrangedor habitou o quarto. Killian, surpreso com a confissão, realmente não sabia o que responder.
- Oh... – foi o que saiu de sua boca. – E... ela se ofendeu?
- Ela me beijou de volta...
- Ohh...
Emma chegou a achar graça da reação de Killian, mas não demonstrou. Sabia que ele poderia estar chateado com tudo isso. Não o culparia se estivesse com raiva. Mas ao contrário do que ela pensava, ele entendia. Talvez até melhor do que ela.
- Você gosta dela? – perguntou com a mente mais calma e a loira riu.
- Eu não faço ideia do que eu sinto – suspirou, tentando parar suas risadas.
- Você nunca sentiu algo assim pela nossa Regina?
- Como assim? – cessou as risadas.
- Nunca quis beijar a Regina do nosso tempo?
A pergunta do pirata fez Emma pensar. Buscou em sua mente todos os momentos que conseguia lembrar com a prefeita. Killian decidiu a deixar sozinha e se levantou da cama com um pequeno sorriso envergonhado no rosto.
- Killian – o chamou antes de abrir a porta. – Não está bravo?
Ele riu internamente com a pergunta.
- Um pouco... mas estou mais triste do que tudo – sorriu de canto. – E com um pouco de inveja da Rainha.
- Me desculpe...
- Não se desculpe por querer se feliz.
Foi a última coisa que respondeu antes de deixar o quarto com Emma, que havia voltado a sua posição inicial na cama, enquanto pensava em tudo que havia evitado por anos.

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Timeline
FanfictionMesmo com Zelena "derrotada", seu portal do tempo é ativado, sugando Killian e Emma para o passado, onde Snow era apenas uma garotinha de 12 anos. Tentando voltar para seu presente, os dois buscam a ajuda do Senhor das Trevas, que pede algo peculiar...