Capítulo XIV

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A semana passa devagar, me comunico com Ricardo por e-mail sobre andamentos de contratos que estão em fase de negociações, ele é pontual e indiferente nos e-mail's. Eu sofro e ao mesmo tempo tento me manter forte, afinal foi decisão minha terminar e eu não sei aonde isso iria parar.

Hoje é sexta-feira e marquei com Roberta da recepção de ir almoçar num restaurante próximo, saio pontualmente ao meio dia e vou em direção à saída acompanhada de Roberta e algumas pessoas do departamento comercial. Conseguir relaxar no almoço, me divertir e conseguir não pensar em Ricardo por um momento.

- Então Isadora, você está gostando de trabalhar aqui na Rios Empreendimentos?- perguntou Cesar do comercial, um homem bonito e charmoso que não parava de me olhar.

-Sim, estou sim!- respondi- As vantagens são muito boas, e plano de saúde supera todas as expectativas.

- Vejo que você já está bem entrosada na equipe- falou Cesar- Mas não sai muito com os mortais para almoçar- gesticula apontando para todos na mesa.

-Estava me adaptando ao ritmo de trabalho, às vezes é difícil cumprir horário de almoço. - respondi.

-Achei que fosse por conta de um namorado- Cesar fala com um sorriso insinuante.

-Não!- respondo.

-Não, porque não existe namorado, ou não porque o namorado não seria o motivo? Ele questiona.

-Você parou pra contar quantos "nãos" você utilizou em uma única pergunta? Falo sorrindo.

-Não! -ele sorrir- E você ainda não respondeu a minha pergunta.

Sorrio, e encaro em silêncio.

Ele ergue as sobrancelhas como forma de questionamento.

-Não, não existe namorado!- respondo!

-Ok!- ele acena lentamente com a cabeça, sorrir e desvia o olhar pra Claúdio que chama a sua atenção.

Eu fico encabulada porque eu sei que ele está me paquerando, eu gostei disso, mas ainda não sei se estou pronta pra me envolver com alguém.

Voltamos para a sede da Rios Empreendimento entre risada, e quando chegamos próximo ao elevador eu paraliso, lá estava Ricardo, lindo e imponente com seu terno caro, me aproximo, mas ele parece não me notar, continuou a olha-lo e percebo o quanto eu estou apaixonada. Me sinto perdida, abalada, já não ouço mais as conversas do grupo.

-Hein, Isadora, você vem com a gente? Pergunta Roberta.

Nesse instante ele olha ao lado e me ver, vejo um ar de surpresa que é convertido em indiferença. O elevador chega todos entram, ele entra e eu congelo no seu olhar.

-Você não vai entrar Isa?- Cesar pergunta- desperto.

Entro no elevador, Ricardo acena levemente com a cabeça.

-Isadora- me cumprimenta.

As pessoas começam a descer nos seus andares e por fim ficamos eu ele e Roberta em silencio perturbador.

-Ei, Isa- Roberta me chama- O Cesar tá caidinho por você. Ele é um gatinho! Você deveria dá uma chance a ele- ela fala sussurrando.

Chegamos ao nosso andar Ricardo sai do elevador e segue em direção a sua sala.

Me sento na minha mesa e o telefone toca.

-Isadora, os contratos que estão aguardando assinatura já passaram pelo departamento jurídico? Se a resposta for sim, traga imediatamente para assinar e traga também a apólice de seguro do contrato com a Construtora Orttis.- desliga o telefone.

Respiro fundo e tento me acalmar

Reúno a documentação solicitada, bato na porta e entro. Coloco as pastas em sua mesa e aguardo-o me dá alguma ordem.

- Isso é tudo, pode sair.- me dispensa com indiferença.

Saio de sua sala, me sito frustrada, cansada e não sei o que eu quero.


Nem tão SantaOnde histórias criam vida. Descubra agora