— Okay... Mais uma vez... Vamos ver se eu entendi. Você, Alexia Darla, não está surtando porque destruíram metade das suas tintas? – pausou, analisando sua amiga. — Quem é você? E o que fizeram com a sua antiga versão?
— Eu n-
— Lembra quando você passou 2 semanas sem falar comigo porque eu sem querer derrubei sua tinta vermelha? Porque eu não esqueço.
— Talie, eu não sei o que aconteceu comigo e com o meu corpo. Eu entrei em transe. – a garota mordeu o lábio inferior e suspirou. — Acho que ele estava fugindo de alguém. Assim que ele viu o que havia feito pediu desculpas quase como um mímico, eu senti que ele me olhou nos olhos, mas então ele posicionou os óculos e voltou a correr. Pouco tempo depois, dois caras de quase 2 metros me perguntaram se eu havia visto alguém passar por ali. E eu disse que não.
— Eu estou ouvindo. Juro que estou. Só não acredito no que estou ouvindo. Você ainda ajudou ele? Você está ciente do que ele fez, não é? Ainda acho que você acabou caindo e bateu forte com a cabeça no chão, e agora está delirando.
— Não...
— Vamos agora atrás desse garoto e pedir que ele reponha o seu material! – Natalie fechou a porta de seu armário e começou a andar em uma direção qualquer. — Vamos! – falou um pouco mais alto, devido a já considerável distância entre as duas.
— O que? Não. – Alexia deu uma leve corridinha para alcançar a garota, seu coração estava batendo mais rápido, e suas mãos já estavam começando a suar, e novamente ela só queria fugir dali. — Por favor, não.
— E nós vamos deixar por isso mesmo? Você vai ficar no prejuízo? – disse, colocando os braços em cada lado da cintura.
— Está tudo bem. Quer dizer, não muito. – Natalie a olhava confusa, mas não a interrompeu, acenou com a cabeça para que a mesma continuasse a falar. — Eu meio que desenhei ele? Não sei, Talie. No momento eu não sei de nada. – afastou-se um pouco de Gonzalez e sentou-se em um dos degraus da escada ao lado. — Pela noite eu só conseguia pensar naquele garoto, e em como seu rosto estava iluminado na luz da biblioteca, e o vermelho de suas bochechas porque estava correndo... E como o seu cabelo bagunçado ainda formava uma perfeita harmonia... Acho que eu enlouqueci. – finalizou com um longo suspiro, apoiando seus cotovelos em suas pernas e colocando o rosto em suas mãos, desanimada.
— Ah... Meu amor. – sentou-se ao lado de sua amiga, colocando o braço ao seu redor, a abraçando. — Bem vinda ao clube dos apaixonados. É uma droga, você vai amar.
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Pintores Anônimos.
General FictionAlexia Darla sempre teve uma veia artística que gritava em seu corpo. E agora com o concurso de arte se aproximando está em busca de uma inspiração, junto de sua amiga Natalie Gonzalez. Entretanto, o que fazer quando em sua mente só vem a imagem do...