— Ainda não entendi porque eu tenho que te desenhar. – Darla balbuciou, arrumando a sua tela mais uma vez em seu cavalete, o posicionando melhor na grama verdinha, o pincel posicionado atrás de sua orelha.
As garotas saíram de casa, por fim resolvendo ir ao parque que possuía um pequeno lago, logo um pouco afastado dali, perto da floresta Ajou, acabaram por abandonar a ideia de irem em suas bicicletas e foram caminhando para aproveitar cada detalhe ao redor, o dia estava radiante lá fora, o sol brilhava alto e forte, com as nuvens o abraçando, alguns pássaros gorjeavam e o cheiro das flores deixava o ambiente doce e suave.
Assim que chegaram ao local Natalie posicionou sua velha toalha xadrez azul e preto de piquenique no chão, colocando suas mochilas, matérias e alguns lanches que haviam trago. O lago límpido com mínimas ondas balançando, devido aos pulos que os pequenos peixes dourados davam.
— Ora, você não sabe? Eu li um de seus livros e nele dizia "Passo 1: desenhe, rabisque ou pinte ouvindo sua música favorita, com o pensamento voltado para o que você mais gosta naquele exato momento. Use o seu coração". Eu sei que você também leu isso, estava com uma manchinha de tinta. – se aproximou. — O que mais nesse mundo você pode estar gostando nesse exato momento sem que seja eu? – arqueou a sobrancelha. O rosto de Alexia ganhara um tom de rosa.
— Você leu os meus livros? – mudou de assunto, escondendo as bochechas com as mãos.
— É isso que te surpreende? – riu. — Eu disse que iria ajudar. Então precisava saber mais um pouco sobre arte. Em qual posição eu fico melhor? – disse, em seguida realizou 5 posições, com direito a mãos na cintura, sorrisos, corações, cara de brava e uma posição não identificada em nenhum outro lugar, a não ser na mente de Natalie.
— Prefiro pintar o lago que está atrás de você. – afastou a garota para o lado, e usou os dedos para enquadrar o ambiente. Natalie a olhou emburrada, cruzando os braços e fazendo o seu típico bico. — Isso! Essa posição! É a melhor até agora. – disse, em seguida soltando uma gargalhada. — Estou brincando.
— Pode rir agora. Quando você ganhar o prêmio por ter me desenhado não irei aceitar suas desculpas.
— Engraçadinha. – mostrou a língua para sua amiga, abrindo uma de suas tintas e a misturando na água. — Já escolheu a sua posição? – Natalie sorriu vitoriosa.
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Pintores Anônimos.
Ficción GeneralAlexia Darla sempre teve uma veia artística que gritava em seu corpo. E agora com o concurso de arte se aproximando está em busca de uma inspiração, junto de sua amiga Natalie Gonzalez. Entretanto, o que fazer quando em sua mente só vem a imagem do...