Capítulo 3

33.2K 2.8K 164
                                    

           Giulia Acco

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

           Giulia Acco

Hoje era para ser um dia feliz em minha vida,mas não é. Completo os meus 15 anos,de muita infelicidade. Nunca tive alguém para me acordar dizer parabéns. A única pessoa que fica feliz por mim e Giovanna,que já está tão idosa que até temo não tê-la mais por muito tempo. Nos dias de hoje dizem que é nomão garotas saírem,divertirem -se, namorarem, etc;com a minha idade eu não fiz nenhuma dessas coisas,sempre foi proibido para mim qualquer tipo de demonstração de felicidade. Para que isso? Será que vou morrer sem nunca ter experimentado a alegria de viver,de se ter alguém por perto? Nunca tive uma festa de aniversário,nenhum momento que possa me recordar ou contar para meus filhos,caso eu tiver,já que vivo enfurnada trabalhando e não vejo pessoas como que namorarei ou casarei?! Ou melhor,como conhecerei alguém?

—Figlia mia, buon compleanno!!!!Ti amo! —Vo Giovanna me felicita,eu só tenho ela e agradeço imensamente por tê-la

—Nonna!Ti amo!!—lágrimas escorrem pelos meus olhos,como forma de agradecimento por tudo. Ela me estende um pedaço de bolo de chocolate e canta parabéns para mim sozinha. Apago as velas e abraço minha vozinha novamente.

    Agradeço por mais um ano,e peço perdão a Deus pelas vezes que pedi para morrer ou que pensei em cometer algo grave a respeito da minha vida. Não devo ser justiceira,Deus sabe o que faz. Eu nunca pude ir à igreja livremente,sempre fui escondida,pegava umas roupas e cobria leu rosto,além de sentar escondida para ouvir a missa e rezar,já que aqui no Paraná vivemos tipo em uma vila,seria uma vida feliz,tem mercado, igreja, parque, casas e casas, lojas, restaurante... tudo  da máfia

     Geralmente as esposas do Mafioso tem essa liberdade para cuidar de restaurantes,lojas etc. trabalhar por aqui. Se bem que nem precisam deslocar já que tem praticamente tudo por aqui. As crianças inocentes brincam no parque mal sabem o futuro cruel que os aguarda. Já eu,coitada de mim,nem suspiro levemente,não posso nada,não sou nada. Sei disso por que a nonna me contou e quando fujo para ir à igreja já vi de longe tudo.

    Como já deu a hora de se recolher,volto para a imundice que me deram de quarto,a nonna até tentou fazer eu ficar no dela mas impediram e ficaram vigiando para ver se eu ia para lá ou se ela me acolheria.

    Deito e fico olhando para o teto. Às vezes é bom imaginar como seria ter uma mãe ou pai para me contar histórias,acariciar meu cabelo quando eu acordar de um pesadelo,para me abraçarem,dizerem "bom dia,Boa  noite,te amo" ou ir à escola. Sempre quis ir à esfola,mas nunca pude,às vezes o cappo libera um professor para mim,mas quando dou uma "boa garota" e quando isso não ocorre,a nonna me ensina o que sabe.

    De repente a porta é forçada,apavorada estou,quem seria a uma hora dessas? Prefiro ficar quieta assim desistem.
     Mas nada e desistirem,continuam forçando a porta,meu coração está saindo pela boca,busco pelo quarto objetos que possas forçar a porta mais e impedir que abram mas só encontro uma cadeira que coloco na fechadura apoiada.

Prometida Ao Mafioso-DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora