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Fernanda.

Faço o jantar, ajeito meu quarto e estudo um pouco... mesmo sem cabeça. Odiava ficar sozinha naquela casa enorme e isso me fazia pensar muito em tudo.

Miguel estava longe de mim. Hoje dona Grazi havia implorado pro meu pequeno dormir com ela, até entendi, ela se sentia muito solitária, meu filho e ela tinham uma boa relação. Ele amava a vovó Grazi.

Fiquei um tempo pensando bastante na vida, pensando no meu filho e em Christopher... também pensei em Dani e tentava por tudo criar hipóteses em minha cabeça pra agir contra aqueles dois irresponsáveis. Eu iria tirar Daniela daquela família, eu iria desmascarar Nathan.

Só não podia acusar, eu não tinha provas, eu não podia falar nada. E mesmo que falasse o que sofri hoje ele iria desmentir, ainda sairia como errada. Eu não poderia me meter na família deles.

Mas era estranho, muito estranho.

Por que do nada Daniela criaria tanto medo e raiva do seu pai? Mesmo que fosse pai adotivo, era pai.

Fechei o chuveiro e fiquei um tempo olhando a água escorrer.

Eu não sabia o que iria fazer, estava tão confusa. Agora que eu estava perto do meu pequeno não queria mais ir embora, eu queria poder conversar com Christopher mas era meio impossível. Christopher sempre aumentava a voz, eu também e acabava numa discussão. Não dava certo nós dois termos uma conversa.

Peguei um roupão e me enrolei, me enxuguei e tirei o roupão secando meu cabelo. Quando saí do quarto levei um susto enorme ao ver Christopher parado perto da porta, ele estava me olhando, tratei logo de me cobrir.

─ O que foi? Tudo bem? ─ ele não falou nada, continuou calado.

─ Você ficou linda depois da gravidez.

─ Do nada? ─ ri e fui pegar outra toalha pra secar meus cabelos.

─ Não mudou muita coisa, sempre te achei linda, seja grávida ou não.

─ Obrigada ─ digo gentil. ─ Como foi o serviço?

─ Bom.

─ Miguel vai dormir na casa da sua mãe hoje.

─ Eu sei.

Me enxugo e viro de costas vestindo um short de malha e uma blusa folgada. Enxugo meu cabelo devagar e ele continua lá parado.

─ O que foi? Quer dizer alguma coisa? Está se sentindo bem? ─ pergunto incomodada.

─ Sinto sua falta.

─ Eu estou aqui, não tem porque sentir falta. Quer conversar?

Ele se aproxima, está cheirando a sabonete e álcool. Acho que ele já chegou, já havia tomado banho e agora estava aqui.

─ Você bebeu? ─ ele assente com a cabeça.

─ Fernanda ─ ele se aproxima muito, passa seus braços ao redor da minha cintura e me puxa pra perto dele. ─ Eu te amo.

─ Chris...

─ Te amo muito ─ ele me abraça forte. ─ Você me ama?

─ Amo.

O solto, ele olha nos meus olhos e me puxa pra um beijo. Eu tento sair daquele beijo mas não consigo, sinto o gosto de álcool na minha boca, mas não consigo resistir. Christopher sabe como me tocar.

Ele me beija cheio de vontade, me beija com voracidade enquanto segurava em minha nuca não me deixando escapar de seus braços.

Seguro em sua nuca e o puxo mais pra mim, ele desce sua boca pro vago do meu pescoço onde me chupa forte. Eu arfo. Minhas pernas logo ficaram bambas, senti um formigamento enorme em minhas partes íntimas.

Um presente da vida #2Onde histórias criam vida. Descubra agora