09

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Ângela.

Preparo o lanche das crianças, confesso que estava amando ser mãe, era uma experiência única e animada. Eu não queria ter filhos biológicos por enquanto, queria manter meu corpo, me focava muito em ter um corpo como o da Fernanda após a gravidez. Nem parece que ela teve filho, era magra, tinha os seios pequenos e a bunda avantajada. Mas nem toda mulher vai adquirir esse corpo pós-parto né.

Daniela é a coisa mais linda que já conheci, eu gosto muito da minha filha e Nathan também ama cuidar dela. Quis adotar uma garotinha já grande porque a maioria das pessoas não quer.

Ela havia sido abandonada no orfanato pela mãe assim que nasceu, a mãe dela era moradora de favela, vivia se drogando e devia ser terrível.

Mas que bom que minha princesinha está na paz agora. Ela é muito amada.

Recebo um beijo no pescoço do meu marido maravilhoso. Ele era tão atencioso e prestativo, eu amava ter casado com alguém assim. Nathan me entendia e sempre fazia de tudo pra me agradar. Era o homem da minha vida.

─ Lanche? ─ ele me abraçou por trás.

─ Os amiguinhos da Dani já estão chegando, convidei Fernanda também.

─ Ah, é bom mesmo você fazer amizade com ela... afinal, eu e Christopher somos amigos ─ ele morde a maçã. Nathan trabalhava no departamento da militar, se tudo desse certo logo ele seria delegado, ele sempre quis exercer essa função. ─ Onde está Dani?

─ No quarto, já estou indo ajudar ela no banho.

─ Deixa que eu ajudo, eu adoro essa garota ─ ele diz e me beija nos lábios. Ah, ele era um pai tão bom.

Conheci Nathan desde novinha, nós sempre tivemos um lance mas não foi nada muito sério. Quando fiz dezessete começamos a namorar e agora já adotados uma filha e estamos casados. Uma maravilha!

Levo os lanches pro jardim e deixo tudo arrumado. Depois vou me arrumar e logo desço vendo Nathan e Dani, ela já estava arrumada e parecendo uma boneca.

─ Oi, minha princesa ─ beijei sua bochecha.

─ Oi ─ disse de cabeça baixa.

─ Seus amigos já estão chegando.

─ A tia Fernanda vai vir?

─ Sim!

Logo ela ficou animadinha. Dani era muito pra baixo, acho que o fato de viver num orfanato durante anos também influência muito.

Logo escutei a campainha, parece que meus convidados chegaram.

***

Fernanda.

Levo alguns bombons de chocolate que ainda estavam lá em casa e um empadão quentinho de carne que Rosana havia feito. Não gostava de chegar na casa de ninguém com as mãos vazias.

Quando cheguei lá já havia algumas crianças e algumas mulheres que conversaram animadamente. Assim que Dani me viu veio me abraçar, eu achava ela a coisa mais linda do mundo, uma fofura só.

─ Oi, coisa fofa ─ abracei a mesma. O abraço dela era tão bom e apertado. ─ Já conhece o Miguel.

─ Oi ─ Miguel disse.

─ Oi ─ ela disse tímida e então meu filho abraçou ela.

Miguel gostava de abraçar todo mundo. Ela retribuiu.

─ Vem, vem ver meus desenhos e minhas bonecas ─ ela me puxa de lado e puxa Miguel do outro. Me sento na grama com ela e Miguel e olhamos todas suas pinturas e bonecas.

Um presente da vida #2Onde histórias criam vida. Descubra agora