Arrumação

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Lucy acordou naquela manhã de sábado com a fraca luz do sol entrando por suas janelas, ela estava embaixo do seu monte costumeiro de cobertos e olhou em volta, tinha deixado seus livros no chão e dormido, com um dos seus personagens preferidos, pena que ele não se encontrava ali, naquele momento.

Por ser final de semana, ela estava de folga e poderia arrumar o seu quarto e claro, o porão, esse foi a pedido da mãe, que não parava de reclamar das caixas empoeiradas que a atrapalhavam na hora de lavar as roupas. Lucy tinha um carinho imenso por suas caixas, lá ela guardava seus livros, pertences confidenciais e outras bagunças, que aliás, não era dela e sim do seu irmão mais novo.

Quando Lucy pensou em empurrar as cobertas e se levantar, sua mãe entrou sem bater em seu quarto.

- Eu não acredito que você ainda não saiu do seu monte, por favor, Lucy, hora de acordar! – disse uma mulher se aproximando da cama e encarando a filha, ela tinha cabelos lisos, presos num meio rabo, pele clara e olhos castanhos.

- Eu já acordei, só falta sair daqui. – disse Lucy empurrando lentamente as cobertas e logo ela sentou-se na cama e ficou observando a mãe, que estava pegando as roupas do chão e colocando num cesto de roupas sujas. – Mãe! Quantas vezes eu já falei que você não precisa lavar a minha roupa, eu sei me virar sozinha!

- Ótimo! – a mulher devolveu todas as roupas que tinha pegado, ao chão e encarou a filha. – Lave a sua roupa agora de manhã, que à tarde, eu usarei a máquina. – Geórgia saiu do quarto e Lucy colocou os pés no chão, procurou sua pantufa e foi para o banheiro, lavou o rosto, escovou os dentes e ajeitou o cabelo, fazia uma semana que o havia cortado bem curtinho e feito umas mexas avermelhadas, por seu cabelo ser castanho claro, as mexas pegaram muito bem.

Ela trocou de roupa, colocou uma meia grossa de inverno, uma saia que costumava usar em casa, uma blusa de manga comprida e seu moleton cinza, nos pés, calçou seu all star surrado e foi para a cozinha. Seu pai estava sentado a cabeceira da cama lendo o jornal matutino e seu irmão estava lendo um mangá que havia comprado recentemente. Lucy agradecia muito por ter esse hábito de ler, seus pais eram bons leitores e os incentivavam a comprar livros, mangás, revistinhas e tudo mais que tivesse letras.

- Bom dia, sunshine! – disse o pai de Lucy a vendo se sentar.

- Bom dia! – Lucy pegou uma tigela e começou a servir seu cereal preferido. – Que manhã gelada!

- A mais fria de janeiro. – disse o pai voltando a ver o jornal.

- Lucy, não tem muito sabão para lavar roupa, então, por favor, economize quando for lavar as suas roupas. – disse Geórgia se aproximando da filha, a mulher puxou o mangá do filho e ordenou: - Primeiro o café da manhã, depois suas histórias japonesas!

- Isso não é justo! – protestou Ian com um olhar sério para a mãe.

- Justo é você ficar lendo enquanto desperdiça comida! – o pai levantou mais uma vez a cabeça do jornal e o deixou de lado.

- Sua mãe tem razão Ian, vamos tomar café como uma família normal! – disse John sério. Lucy deu risada da situação e começou a comer seu cereal, quando terminou, foi para o seu quarto, arrumou sua cama, colocou seus livros em sua escrivaninha e pegou toda a sua roupa suja para lavar, sabia que a prioridade, era o seu uniforme do serviço.

Ao descer para o porão, um ar gelado passou por suas pernas e ela ficou toda arrepiada, com certeza, seu pai tinha esquecido alguma janelinha aberta. Ao chegar no pé da escada, Lucy procurou o interruptor, quando a luz se acendeu, ela viu duas janelinhas que davam para o quintal abertas, ela deixou o cesto de roupas nos degraus da escada e caminhou na direção das janelas, quando seus pés bateram em algo macio. Ao olhar para baixo, viu o corpo de uma pessoa estirada.

Draco e LucyWhere stories live. Discover now