Capítulo III: da segunda lição

610 41 236
                                    

(Leiam as notas finais para comentários importantes. Sugiro que, antes de ler, joguem "Post Ranch Inn" no Google, vocês vão entender... Boa leitura, lovebugs!)


Emma Swan descobriu que Killian Jones era fofo.

Extremamente fofo...

E ela não sabia lidar com isso.

Eles já estavam conversando há mais de duas semanas por mensagens de celular e até mesmo algumas replies no Twitter (para alegria dos fãs), mas a sensação é de que eram amigos de longa data. Jones fazia questão de enviar algo ao final de cada treino e Swan também reservava algumas anedotas de seus ensaios no estúdio.

Apesar de tentarem esconder a real dimensão do afeto que já sentiam um pelo outro, a dupla sempre usava a desculpa da tal aposta para justificar tantas mensagens e os planejamentos de encontro.

Obviamente, por essa única razão, Swan não estava saindo de casa naquela manhã por considerar e desejar a companhia de Jones... Não, de forma alguma! Era tudo pela honra de sua palavra...

(Claro! Quem duvidou?)

E, além de tudo, ela já estava se arrependendo da escolha da roupa. A jaqueta vermelha por cima da camisa lisa, short jeans e sandálias, com certeza, seriam motivo de críticas dos sites de fofoca – malditos paparazzi!

— Eu deveria começar a usar peruca... – Emma murmurou para si mesma antes de entrar no carro, lançando um olhar mortífero para o homem com a câmera na mão.

E, sabendo que os abutres iriam segui-la, optou, então, por ligar para Killian, avisando-o da má sorte.

— Swan! – o homem cumprimentou assim que atendeu a chamada.

— Oi, Killian. – replicou, agradecendo aos deuses por seu carro ser moderno o suficiente para sincronizar as ligações do celular com o monitor e, assim, poder culpar a concentração no trânsito caso falhasse em responde-lo.

— Aconteceu alguma coisa? Está atrasada, senhorita. – ele brincou.

— Temos um problema.

— Esqueceu do "Houston", mas tudo bem. – comentou. Killian, claramente, estava de bom humor e tudo o que ela mais desejava era ser contaminada por esse estado. E, mais que isso, não arruinar o dia do homem. – O que houve?

— Tem um paparazzi me seguindo, não podemos nos encontrar. Ou então teremos que mudar o lugar, você consegue pensar em outro café?

— Por que isso tudo, Swan? Já faz semanas que estamos conversando e aquele maldito site inventa coisas sobre a gente. Um ou outro a mais, que diferença faz? Além do mais, já deveríamos esperar por esse tipo de coisa. – a voz dele era calma, muito contrária ao tom que ela esperava ouvir.

— Isso não te incomoda? Digo, eles irão tirar fotos e é cedo e—

— E eles vão publicar.

— Sim! – a cantora exclamou. – Exatamente! Estará em todos os sites, no Twitter, Facebook, Instagram... Vai começar tudo de novo.

— Ora, Emma, nada mais natural. Temos que planejar nosso casamento, não é?

Ela quase bateu o carro, apertando os freios por milissegundos antes de se recompor.

— Como é que é?! – Swan indagou assustada e, mesmo sem poder ver, a loira tinha certeza de que ele mordia a língua de forma atrevida.

ConfluênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora