Capítulo XI: da separação forçada

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Dizer que a dupla ficou furiosa com o acontecimento do prédio seria um eufemismo descarado.

Por mais que ambos tivessem se controlado para não assustar seus fãs (ou gerar qualquer tumulto que, posteriormente, poderia chegar aos jornalistas), não demorou muito para que a bomba explodisse. Emma rapidamente passou a descontar toda sua raiva no porteiro e síndica, enquanto Killian já colocava sua equipe e Regina preparados para o início de um baita processo.

Seguindo o conselho imediato dos advogados, o casal acionou a polícia e passou por todo procedimento de registro de queixa, o que durou quase duas horas.

Os oficiais, embora tivessem se esforçado para amenizar a situação, ainda teriam que levar para a delegacia todos os envolvidos na confusão, e foi ali que tiveram que ouvir o início do gritos.

Betty e Thomas não paravam de discutir, enquanto as meninas choravam sem parar e aguardavam que seus pais fossem buscá-las, já que todas ali eram menores de idade.

E Deus, aquilo estava um caos completo!

A ideia não era envolver as fãs, mas os policiais não puderam fazer absolutamente nada a respeito. Apesar de não receberem nenhuma acusação oficial das celebridades, elas ainda foram pegas numa propriedade privada sem autorização e, por isso, seus responsáveis legais deveriam buscá-las.

E lá estavam novos gritos de pais extremamente aborrecidos...

Passado o alvoroço, e retornando para o condomínio, a dupla logo começou a se preparar para uma nova mudança – algo que, certamente, não estava nos planos de nenhum deles. Contudo, não havia possibilidade alguma de continuar ali.

Sem muitas opções, e na ânsia de sair daquele local o quanto antes, contaram com a ajuda de Mary e David para empacotar a maioria dos pertences em caixas e malas, levando-os em seguida para a garagem dos Nolan – onde ficariam até resolverem o próximo passo a ser dado.

Embora não soubessem o que fazer a partir dali, tinham em mente pelo menos o plano inicial: encontrar um hotel.

Emma estava prestes a chorar, mais frustrada do que poderia sequer começar a descrever. Em um momento, ela e Killian estavam felizes por começarem uma nova vida juntos e verem, aos poucos, seu apartamento ficar do jeito que desejavam, especialmente com a adoção de Ava. Se fechasse os olhos, ela poderia se lembrar perfeitamente das flores espalhadas pelos cômodos, os objetos de decoração geek selecionados individualmente, além de fotos dos principais campeonatos de Jones, bem ao lado dos prêmios e discos de ouro e prata de Swan... E, de repente, não tinham mais nada disso.

Quem poderia imaginar que, num domingo tedioso, uma ida ao canil resultaria em tamanha algazarra?!

— Eu juro que não sei qual deles eu quero estrangular primeiro! – a loira resmungou, jogada no sofá da casa do irmão.

— Betty. Com toda certeza. – Killian replicou sem hesitação, ainda encarando a tela do celular na busca por um hotel disponível e que atendesse todas as necessidades dos dois.

(Que, no caso, consistia em ter liberação para animais de estimação e que os permitissem alugar por, no mínimo, um mês inteiro.)

— Vejam pelo lado positivo–

— Não tem lado positivo, Mary! – o casal disse em uníssono no mesmo tom de irritação, arrancando uma risada discreta de Nolan.

— Eu só ia dizer que agora vocês podem procurar por uma casa maior e com um quintal para a pequena Ava brincar. – a morena prosseguiu com seu pensamento, ignorando completamente os grunhidos e murmúrios.

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