Aborto

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Minha alma foi contaminada
Quando pego na caneta
A tinta apaga, o apego
Que tenho pelo que escrevo
O frasco está vazio, não resta uma gota
Toda a essência evaporou
Já não consigo borrifar
E retirar do ar, todo esse cheiro a cadáver
Que as pessoas deixam
Por onde passam, e como elas
Estou vivo, vivendo como um aborto

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