Álvaro: e aí, o que eu faço?
Cristiane: cara, é uma situação horrível.
Álvaro: como a pessoa se apaixona pelo namorado do melhor amigo?
Cristiane: tem coisas que a gente não controla, Alvin.
Álvaro: eu devia ter controlado, Cris.
Cristiane abraçou Álvaro.
Cristiane: tudo que você precisa é de amor, amigo.
Álvaro: uma namorada?
Cristiane: ou um namorado, né? Nem você sabe o que quer direito.
Álvaro riu e Cristiane deu de ombros.
Denise: eu queria te fazer um convite.
Raquel: qual?
Denise sorriu envergonhada.
Raquel: pode falar, D.
Denise: é que vai ter essa festa de natal, — ela roeu uma unha — você sabe.
Raquel: é. As meninas me chamaram.
Denise: então...
Raquel: eu já fui convidada, né? Você tá tentando me convidar de novo?
Denise: na verdade eu tô tentando te chamar pra festa de ano novo.
Raquel: é onde o pedido de casamento vai ser feito, né?
Denise: te chamaram?
Raquel: não. Ouvi as meninas comentando sobre.
Denise voltou a roer a unha.
Raquel: e eu aceito ir contigo, ok?
Denise deu um sorriso ligeiro e nervoso e fez que sim com a cabeça.
Júlia: o que você tá fazendo aqui?
A garota recebeu a sua primeira visita na cadeia.
Samuel: eu vim te ver. — ele sorriu — de novo.
Júlia: eu não gostei da visita no hospital. O que te faz pensar que eu queria te ver de novo?
Samuel: porq olha onde você tá, Júlia. As coisas são diferentes agora. Cenário novo.
Júlia: a minha resposta continua sendo não, Samuel.
Samuel: até se eu pagar sua fiança?
Júlia: e quem disse que é afiançável?
Samuel: eu pesquisei. Não sou burro de propor coisas, sem saber delas antes.
Júlia começou a pensar.
Samuel: você só precisa topar a parceria e eu te tiro daqui.
Júlia: eu não sei.
Samuel: um "eu não sei", é melhor que um "não" de certeza. — ele deu de ombros — eu vou te deixar pensar.
Júlia não falou nada.
Samuel: a gente se vê, gatinha. — ele piscou o olho — eu volto!
