Dionysus

Chapter Six

— Bom dia, Ella. — assim que abriu a porta a menina foi saudada pela voz agradavelmente rouca.

— Você veio... — ela sorriu tímida e escorou-se na porta, jogando o peso de uma perna para a outra. Era desconcertante está frente a ele, sua postura e forma de agir exalavam domínio e fazia com ela se sentisse exposta aos olhos negros dele. — Entre por favor, eu só vou pegar minhas coisas e já saímos. — a jovem deu passagem para que ele entrasse  e em seguida fechou a porta.

Os olhos atentos de Kim Namjoon circulam por todo o lugar, cada pedacinho da sala do apartamento dizia-lhe um pouco mais sobre sua dona. Quadros e fotografias estavam espalhados por toda uma parede, as imagens variavam desde paisagens exóticas até fotos com outras pessoas e pinturas, contra a parede aposta, um sofá — aparentemente — confortável estava localizado. Todo o conjunto complexo de móveis e objetos minimalistas davam ao lugar um toque adorável.
Ella sorriu brevemente para o Kim e em seguida foi até seu quarto onde havia deixado sua bolsa. Namjoon não pode deixar de notar o quão bonita a menina estava, era como um anjo, nunca vulgar e ainda assim sempre sensual. Ele ainda se perguntava se havia realmente feito a coisa certa, Ella era pura e levá-la até àquele lugar provavelmente mandaria-o diretamente para o inferno, não que ele realmente ligasse para isso.

— Pronta? — perguntou ao vê-la voltar. Fora tão rápido que ele nem havia tido tempo de sentar-se, apenas havia ficado parado no meio da sala com as mãos dentro do bolso.

— Sim, vamos? — a menina sorriu e ajeitou a manga de sua blusa no lugar.— Confesso que estou curiosa para esse tal evento. — segredou.

— Suas credenciais estão ai? — perguntou enquanto abria a porta, ao passo que a menina apenas assentiu. — Ótimo. Vamos logo então, tenho que sacia-la de sua curiosidade. — brincou e saiu do apartamento seguido por ela.

  A menina certificou-se de trancar a porta e conferiu-a por duas vezes, ela estava nervosa, não sabia pelo que esperar. O desconhecido aflingia-lhe, e fazia com questionasse se realmente havia feito a escolha certa ao aceitar à proposta de sair com Namjoon. Levou alguns poucos segundos para que percebesse que não havia mais volta, e que o momento de ir de encontro ao desconhecido havia chegado. Estava na hora de dar adeus a sua zona de conforto.

[...]

— Okay... então eu preciso manter a mente aberta, permanecer ao seu lado e qualquer duvida ou curiosidade eu posso perguntar a você certo? — a menina perguntou quando Namjoon parou o carro frente a um enorme galpão.

— Correto, você vai gostar baby. — o Kim piscou e desligou o carro, durante todo o trajeto ele havia dedicado-se a sanar todas as dúvidas da menina em relação ao evento, obviamente foi um tanto quanto difícil. Haviam coisas que Ella deveria ver com os próprios olhos.

— Se eu... — a menina começou a dizer, porém, foi interrompida pelo dígito indicador do Kim contra seus lábios.

— Esqueça os "se", apenas permita-se baby. — se possível seu sorriso aumentou ainda mais quando ele ajustou os olhos no lugar e saiu do carro dando a volta até a porta do carona.— Venha, temos muito a observar e conhecer. — abriu a porta para a mesma.

O ambiente do lado de fora era agradável e acolhedor, Ella acertará em cheio ao fazer a escolha das peças que utilizaria, confortável e bonita o suficiente. No estacionamento, várias pessoas um tanto quanto exóticas circulavam, algumas vestidas de forma vulgar, outras mais veladas, haviam até mesmo quem estivesse vestida como se fosse a um evento de BDSM, o que ela não duvidava que fosse o objetivo. Em um evento como aquele tudo poderia ocorrer. Enquanto esperava que Namjoon trancasse o carro e recuperasse sua própria credencial, duas garotas passaram ao lado de Ella, uma estava completamente vestida de preto, enquanto a outra ostentava um vestido muito bem elaborado do que parecia ser tiras de couro.

— Vamos? — Namjoon chamou a atenção da menina.

— Você deveria parar de me chamar de baby. — ela resmungou enquanto enfiava as mãos no bolso de seu jeans.

— Mianhae Ella... é mais forte que eu baby. — retrucou e levou a mão a base da coluna da menina, guiando-a pelo caminho que levava a entrada do galpão.

— Você não tem jeito. — ela resmungou vermelha, ela não admitiria que gostava do apelido.

— Eu sei Baby... Eu sei. — sorriu.