Qual som seguir? [EM REVISÃO]

12. Você prefere...

Erros, conserto depois. 

Boa leitura :)

xoxo Thay

12 DIAS PARA A FESTA DA COLHEITA

Lauren

Tenho a impressão de que estamos transformando isso num hábito só nosso, o sorriso sapeca de Camila me faz perceber que ela acha a mesma coisa. Quer dizer, eu sei que Hailee trabalha na livraria dos Cabello há algum tempo, mas não poderia ter imaginado que a única filha de Alejandro Cabello estaria ali, na mesma noite que eu, para cuidar de Noah. Como era de se esperar, a mãe do pequeno nos fez prestar muita atenção enquanto ela revisava a lista de cuidados que deveríamos ter com seu filho, bem como nos obrigou a dizer os números para os quais ligar em qualquer emergência. Claro que eu achei um pouco exagerado quando ela ensinou algumas palavras em código Morse e quase ri ao ver Camila revirando os olhos discretamente quando Hailee deu as costas por um minuto, só que eu meio que me coloquei no lugar dela e acabei com uma dúvida na cabeça: se um dia eu chegasse a ser mãe, seria igual ou pior?

De qualquer forma, foi uma surpresa encontrar minha amiga ali. Meu rosto devia estar tão perdido quanto a minha mente, porque um segundo depois que seus pais saíram, senti Noah puxando a barra do meu moletom num pedido de atenção. Ele trouxera consigo do andar de cima um gibi novo do Thor que eu ainda nem tinha comprado. Seus olhos castanhos brilham tanto que eu não resisti ao instinto de pega-lo no colo, aproveitando que ele está confortável com o meu carinho. Não é sempre que isso acontece, às vezes Noah se sente um pouco sufocado com toques e abraços, daí ele se afasta um pouco, o que é totalmente compreensível. Olhando-o de tão perto brincar com a pontinha da capa da HQ, é fácil perceber que minha formiguinha é realmente uma bela mistura entre Hailee e Shawn: os olhos castanhos me lembram do meu amigo, assim como o nariz e o queixo; o restante dos traços são da mãe.

O mais impressionante foi a mudança que ele Noah trouxe para as vidas de todos à sua volta.

O Mr. Steinfeld é umas das pessoas mais genuinamente felizes que já conheci. É como se o sorriso no seu rosto nunca morresse e ele sempre fosse um monte de expressões alegres. Depois do neto, é como se toda aquela emoção tivesse duplicado ou triplicado. Eu já tinha visto os dois em momentos maravilhosos e era quase inevitável não pensar na minha própria relação com o meu avô. Ontem, depois de deixar o hospital, conversei com o Dr. Gutierrez e contei sobre ele ter se lembrado de mim, o que tinha quase me feito ficar além do horário de visitas, mas ele me avisou que esses lapsos seriam cada vez mais raros, uma vez que a doença apenas progredia e que eu deveria me preparar para possíveis (e futuras) decepções. Eu tentava não pensar muito nisso, sobre o momento em que meu avô nunca mais se lembraria de mim, mas, fala sério, não adianta reunir forças para superar alguma coisa, porque nunca é realmente o suficiente, sabe?