Fifteen

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*recomendado ouvir "so far away de Junkook, Jin e Suga, durante a leitura*

Junkook

Eu estou arrasado. Não percebi que aos poucos, Yumi me tirava de perto do meu Jiminnie. Também não percebi o quanto Jaebum estava tão próximo. O mesmo esta aqui na sala de espera do hospital me encarando. Lançando olhares mortais. Taehyung, Namjoon, Yoongi, Hoseok também estão me olhando assim, Yumi esta aqui e já deve ter contado a eles como foi que tudo aconteceu. Meus pais vieram me buscar, souberam de tudo também e estão um tanto bravos comigo. Admito, a culpa é totalmente minha por Jimin estar nessa situação. O médico não me deixou vê lo, a pedido dos pais do mesmo. Com todos me lançando olhares de condenação, me retiro do hospital com meus pais, entro no carro e começo a derramar lágrimas de desespero e culpa.
Assim que chegamos em casa, minha mãe me da uma bronca daquelas, meu pai falta me bater, depois de falarem tudo o que eu merecia ouvir, foram para a empresa, dizendo que ficariam por um mês fora a tratar de assuntos de negócios no exterior. Eu fiquei sozinho na casa enorme de dois andares. Entro no banheiro para tomar um banho quente e ao sair me deparo com a neve lá fora começando a cair. Me visto de uma roupa quente e deito na cama, olho o anel de namoro que dei a Jimin, em cima do criado mudo, pego, dou um beijinho nele e volto a chorar. Acabo dormindo com o anel no meu dedo mindinho.
(...)

Estou sozinho no mar. As águas estão geladas. Tudo aqui esta gelado. Não vejo ninguém, o vento se choca contra mim me deixando arrepiado. Vejo alguém vestido de branco a quilômetros de distância, esse alguém se aproxima, seus cabelos são cor de rosa, seu rosto esta machucado, ele derrama lágrimas, fazendo uma cara de dor, então ele toca meu rosto, não diz nada, apenas me olha como se não me conhecesse.
_Jimin...- sussurro.
Ele parece confuso, retira a mão do meu rosto, e parece se dar conta de que não devia ter feito isso. Corre em direção ao mar e vai se afundando, vejo sua camisa branca colar se ao corpo entrando ainda mais nas águas que estão agitadas, as ondas crescem e engolem meu Mochi. Me jogo ao mar para tentar salva lo, mas é tarde, ele havia sumido em meio as ondas geladas.
(...)

Acordo suado e me sento na cama. A empregada bate na porta e pergunta o que vou querer para jantar. Digo que não estou com fome e volto a chorar em meu travesseiro.

Narrador

Os dias se passaram. Depois... Se passaram semanas. Junkook não se aguentava mais, resolveu vestir uma roupa grossa de frio, pois lá fora nevava constantemente, foi a caminho do hospital à pé. Namjoon não atendia o telefone por mais que ele insistisse em ligar, Taehyung não falava com ele na escola e também não deixava seus namorados conversarem com ele. Jin assim que soube veio pra cá, esta com o Namjoon, como era a última semana de aula dele em Phyeongchang, resolveu vir e se mudar para a casa de Namjoon, passando a estudar na mesma escola. Ninguém veio a casa de Junkook, nem mesmo para saber como ele está. Estão todos do lado de Jimin.
Junkook está mais magro, com os olhos inchados por sempre chorar, pálido e cabisbaixo.
Ele pega seu boné preto, coloca uma máscara, também preta e sai de casa afundando se na neve densa. O hospital e longe, porém os táxis não estão rodando hoje, a neve tampa todo o asfalto e a previsão e aumentar ainda mais, daqui a algumas horas. Junkook segue pela rua, sozinho sem ninguém está escuro por ser noite, as luzes das ruas estão fracas, a neve cai e Junkook começa a sentir seus ossos congelarem, nunca havia visto frio tão intenso. Suas bochechas estavam vermelhas e úmidas pelas lágrimas e o frio. Depois de muito caminhar chega até o hospital, são 00:55hrs da madrugada, ele não pode ser visto esta proibido de ver o Jimin, ele entra sem ser notado pela recepcionista, que atende a uma senhora no balcão, caminha pelos corredores sem saber onde é o quarto do menor. Uma enfermeira esbarra nele e ele se desculpa, aproveita a oportunidade e pergunta à moça onde se encontra o paciente Park Jimin. Ela vai até a recepção, Junkook estremece por medo de ser descoberto, mas ela volta sorrindo gentil e indicando o quarto 501-A. Ele se encaminha até o quarto, gira a maçaneta devagar, e abre uma pequena brecha da porta, vê Taehyung deitado no sofá de visitas dormindo profundamente, e na cama do centro, seu pequeno mochi.
Há vários aparelhos conectados ao seu pequeno, um para respirar, outro pra dar soro e um medindo a freqüência cardíaca. Ele chora ainda mais ao levantar o olhar para o rosto de Jimin, esta machucado, assim como no sonho que teve à alguns dias com ele, sua pele está um pouco pálida, e seu semblante tranquilo, como se só estivesse dormindo, e já já iria acordar. Junkook se aproxima receoso, toca os cabelos do menor, faz um carinho longo ali, pega em suas mãos que estão um pouco frias, deposita ali um beijo.
_Me perdoa Jimin, eu não queria fazer aquilo, eu até estava ficando confuso em relação a Yumi, mas no fundo, meu coração ainda ama você. Acorda meu pequeno príncipe! Deixa eu te mostrar que foi tudo um grande engano. Eu te amo Jimin, eu não posso viver sem ouvir você me chamando de Biscoitinho, kookie, ou coelhinho. Por favor não me deixa! Eu não sei o que faria se eu perdesse você. Agora... Só agora... É que vejo que nunca deveria ter deixado você sozinho, pois agora quem esta sozinho sou eu, sem te ver em meus sonhos, sem meus amigos, sem meus pais, sem tudo o que mais amo nesse mundo. Jimin... Volta por favor! Eu te amo...
_Junkook?!...O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI?!
_T-taehyng, e-eu....
_Já não basta o sofrimento que esta fazendo Jimin e todos nós passarmos, e ainda tem a cara de pau de vir aqui?!
_Tae eu posso explicar!
_Eu não quero saber de explicações, cai fora Junkook antes que eu chame os médicos!
_Tae eu, eu...
Taehyung começou a empurrar lo pra fora do quarto, o fazendo soltar a mão de Jimin que estava entre as suas. Junkook foi empurrado com força pra fora, e Taehyung bateu a porta em sua cara.
Ele andou pelos corredores, as lágrimas voltaram. Já na rua, o sol nascia e a neve caia fina, Junkook andava de cabeça baixa e apressado até trombar em alguém, era Jaebum. O mesmo o olha com fúria em seus olhos logo dizendo a Junkook:
_Olha aqui ô garoto, aqui tem o pedido dos próprios pais do Jimin para você não ter acesso ao quarto, estou vendo que mesmo assim ainda vem vê lo as escondidas. Eu não vou admitir que chegue perto dele e o machuque novamente. Você não soube cuidar dele como ele merecia, agora suma de uma vez por todas da vida do Jimin, ou vou ter que te dar uma surra!
_Tudo bem...
Junkook sai sendo observado por Jaebum. Tem um longo caminho pela frente.
(...)
As coisas não estavam fáceis pra ele. E ele foi buscar ajuda na casa de seu primo Hyungwon.

Junkook

Bati na porta da casa. Logo um garoto de cabelos negros, sorridente abre para mim, Hyungwon é meu primo por parte de mãe. Vim ficar com ele já que nem mesmo Yumi que dizia que me amava, esta do agora do meu lado, ela evaporou. Ele me abraça e me manda entrar.
_Jeon Junkook em minha casa! Mas que honra!
Eu apenas sorri de lado.
_O que o traz a minha humilde residência?
_Hyungwon, preciso de você...
Comecei a conta lo da minha situação e o mesmo esta pasmo.
_Há priminho querido! Se depender de mim você não estará só, confie nisso!
_Eu agradeço...
Ele se levanta do sofá onde estamos.
_Vou fazer um chocolate quente para nós.
_OK.
Fiquei a observar a decoração da casa, é muito acolhedor aqui, tem o cheirinho dele em todo canto. Hyungwon mora sozinho, e faz um bom tempo que não nos vemos, ele nem sabia que eu namorava. Quando contei o mesmo ficou feliz, mas ao finalizar a história, sua expressão de felicidade deu lugar a tristeza.
Dormi na casa dele. Ele se ofereceu para me fazer companhia ate tudo passar.

The boy of my dreamsOnde histórias criam vida. Descubra agora