I Am No Lover

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Presidio Of Alcatraz, EUA — 08h23min AM.

Lizzie Burrow — Point Of View

– Filha?

Me espreguicei soltando um resmungo voltando a deitar de bruços e fechar meus olhos com força devido ao sono.

– Filha, está na hora! 

Me sentei na cama irritada encarando minha mãe que sorria de lado e bufei raivosa jogando as cobertas no chão me levantando em seguida, caminhei até o banheiro e me encarei no grande espelho de vidro.

Por que eu havia sido estúpida com ela? Eu nunca a tratei desta forma!

Meus olhos lacrimejaram, e as lágrima começaram a cair sem pudor algum... mas não eram lágrimas, era sangue.

Soltei um soluço assustada e logo meu baby doll de cetim branco estava adotando um tom vermelho, eu escutava risadas altas e de súbito corri para o quarto o encontrando vazio.

– MÃE? MAMÃE? — gritava descendo as escadas em passos rápidos.

Cheguei a cozinha e meu coração parou.

Havia uma garota de costas para mim, seu cabelo era longo e ia até a área de suas costelas em um tom castanho, era liso e nas ponta fazia pequenos cachos, as risadas que eu escutava era dela.

Ela ria escandalosamente e deixei um soluço sair da minha boca em seguida eu cai no chão ao ver meus pais mortos com balas no corpo.

Eu queria gritar, mas eu não conseguia. Eu queria correr, mas eu não tinha força.

Então a garota se virou e meus olhos se arregalaram de súbito. A menina que antes ria deixou a arma cair no chão com o olhar perdido e correu escada a cima chorando com as mãos puxando seu cabelo para trás.

Sem excitar consegui me levantar e a segui a mesma que ia em direção... ao meu quarto.

Então ela pegou uma caixa de baixo da cama pegando diversos remédios e as injeções de insulina, e de repente ela começou a aplicar a quantidade dobrada de insulina em seu corpo engolindo os remédios a seco.

Eu tentava impedi-la de fazer aquilo, mas eu não conseguia me mover.

Então sua pele foi perdendo a cor, seus olhos eram fechados com força e abertos em seguida fitando o nada, os remédios em sua mão foram-se deixados cair e logo o corpo da menina estava sobre a cama, totalmente desfalecida.

Finalmente consegui correr até a mesma, tirei o cabelo de seu rosto assustada e deixei um grito sair de minha boca assim que observei aquele rosto.

Aquela era eu!

~ ~

Meus  olhos se abriram rapidamente, minha respiração estava ofegante e eu sentia meu coração bater com uma força fora do comum em meu peito. Levei minhas mãos até minha boca assustada com aquele pesadelo.

Era apenas um pesadelo, eu repetia para mim mesma está frase tentando regularizar minha respiração.

Fechei meus olhos com força encolhendo minhas pernas enterrando meu rosto nos meus joelhos deixando que várias lágrimas caíssem do meu rosto.

Eu sentia tanta falta deles.

O barulho da porta se abrindo fez com que eu levantasse minha cabeça de súbito para ver uma mulher por volta dos seus vinte e poucos anos adentrar na sala sorrindo compreensiva.

Cell 23Onde histórias criam vida. Descubra agora