Hello, maravilhas minhas! E estamos de volta! Bora comentar, sim?! Quero saber suas opiniões acerca da história, dos personagens, todos eles. E, em breve, muitas surpresas.
Eu havia feito o possível para não surtar. Mas, nesse momento, enquanto a chaleira apitava no fogão, eu não tinha certeza se iria aguentar um pouco mais. Dimitri tinha algo sério para me contar, e eu sabia que ele esperava algo de mim também.
Não gostava de conversar com as pessoas sobre mim. Isso era um fato, e, embora, fosse fácil ficar perto dele, falar com ele, eu não estava gostando da ideia de falar sobre isso. De alguma forma, não parecia algo bom, ou, pelo menos, não parecia que algo bom viria disso.
─ Bom, a ideia de uma conversa séria com você não parece tão ruim se estiver nu ─ brinquei, sentindo a naturalidade ao vê-lo pegar um moletom cinza no armário e se virar para mim. Ele tinha aquele olhar. Que me fazia derreter, me sentir fraca.
─ Seria uma conversa agradável se estiver nua, Rosseau ─ lembrou, ao se vestir.
─ Eu disse que não aconteceria de novo, não se lembra? ─ provoquei, deixando a bandeja sobre o criado-mudo. Então, me viro para olhá-lo, me perguntando quando ele tinha chegado tão perto. Ele se aproxima um pouco mais, tem um olhar faminto e me faz sentir exatamente isso também. ─ Temos que conversar.
─ Sim, nós temos ─ concorda, sentando-se à cama. Ouço seu suspiro exasperado. ─ Por onde começar?
─ O episódio de hoje, ele é um bom lugar para começar. Pelo menos, eu estou supondo que seja ─ digo, sentando-me ao seu lado, tirando os fios caindo em meu rosto. Nós dois temos semblantes sérios, com os olhos focados em nada especial, apenas na parede alva do outro lado do quarto. Isso iria ser mais difícil que pensei.
─ Na verdade, acho que já sei onde começar.
─ Então, não faça cerimônias, senhor Samuell ─ tentei, esperando um riso, ou algo assim. E, é claro, isso não veio, aliás, nem nos próximos minutos silenciosos. Foi minha vez de suspirar.
─ Há mais de vinte e cinco anos, Dômenico, meu pai ─ explica, tendo orgulho na voz ─, começou um empreendimento, um tipo de organização secreta que visava ajudar aqueles que a recorria em busca de justiça.
─ Justiça ou vingança?
─ O que você acha? ─ retrucou, ainda mantendo o olhar na parede branca.
─ Se a morte não tem preço, então a vida não tem valor, certo?! ─ Dimitri me olha, há surpresa em seu olhar, então, sorri e eu o faço também. ─ Continue ─ incentivo.
─ O meu pai acreditava nisso, então, ele conheceu outra pessoa que tinha os mesmos ideais. Eles se tornaram amigos, mas, mais que isso, eles também partilharam aquela ideia e a transformaram em Dispensers.
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Completamente Dimitri - Samuell's - Livro II
RomanceDimitri prometeu nunca se apaixonar, trazer alguém para sua vida seria assinar uma sentença de morte. E ele não as assina, executa. Ele estava bem desta forma, até que um nome em sua lista o levou para perto demais de quebrar sua promessa. Jasmine e...