∵OS JOGOS SERAFICOS ESTUDANTIS∵

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∵Capítulo 10∵

A estátua-sidhe derramou uma porção de salada de batatas e cogumelos defumados no prato de Aby, depois suco de maçã na taça de vidro e uma salada de frutas vermelhas. Delícia, salada e salada no almoço.

Não é exagero, eu emagreci mesmo! — Stan pousou sua bandeja de forma bruta na mesa onde eles sempre sentavam — E em uma semana de dieta. Cara, isso aquí devia ser un daqueles hospitais que as lithers gostam de se internar para ficar bonitas, qual o nome mesmo... spart... star...

— Spa. — disse Núbia, ao sentar — A palavra é Spa. E não eu não chamaria um de hospital, nada a ver.

— É, mas você não devia mais usar a palavra lithers como se não fosse um também, não concorda Núbia? — Eliot se acomodou ao lado de Núbia, em uma postura quase territorial — Agora nós somos lithes também, lembre-se disso.

—Você está melhor, Aby? — Nony perguntou, dando uma olhadela na careta que Stan fazia para Eliot, e sentando ao lado de dele — Parecia bem esquisita em Runas hoje, e depois nem apareceu nas outras aulas. Bia disse que era porque você estava indisposta.

Aby parou o garfo a meio caminho da boca e olhou para Núbia, que parecia muito tranquila ao provar do suco.

— Acho que indisposta pode se uma boa palavra para descrever como eu me sentia.

Como eu ainda me sinto.

Para mim, Abigail já está com a febre do estrelismo. — disse Eliot, cortando um cogumelo com vigor — A nova "queridinha" do instrutor Mark e o prodígio em runas. Realmente, ela é muito importante agora, e tem todo o poder para escolher quando ir as aulas ou não!

— Aah, lá vamos nós... — Nony gemeu para o próprio prato.

— Porque é que você está aqui, mesmo? — Aby perguntou a Eliot, o mais calma que conseguiu — Até onde sei você não gosta nem de mim ou do Stan e da Nony.

— De onde tirou que eu não gosto da Nonnie? — Eliot questionou — Ela nem de longe é irritante como vocês dois!

Aby começou a achar que o destino estava lhe passando algum tipo de teste de paciência. Justo na segunda, o pior dos dias? E todos na mesa já a olhavam esperando os gritos e ofensas, como se aquela cena fosse previsível.

Essa era uma das coisas na qual tinha pensado enquanto matava aula. Passou a manhã sentada no batente da janela de seu quarto, olhando as duas fileira de serafins — meninos e meninas — praticando um exercício de corrida no campo da Academia, todos do tamanho de formigas visto do alto da torre; e além dos terrenos da escola, os pináculos de vidro reluzentes de Sarafile. A atmosfera relaxante ajudou lhe a esfriar a cabeça, e foi então que as recordações da viagem na comitiva e da primeira semana de aula vieram; em uma retrospectiva difícil de assistir.

Em quase todos os momentos tinha lidado com os problemas na base do ataque, da grosseria e da intimidação. E quase sempre o resultado era negativo, como no dia da detenção do Arcanjo. Certo que Aaron tinha merecido, mas ela meio que tinha perdido um tantinho as estribeiras naquele dia.

Tinha consciência de que ninguém podia mudar da noite para o dia, mas ela tinha que tentar controlar mais seu gênio, ou os próximos três anos seriam todos como aquela manhã. Decidiu então tentar experimentar uma nova conduta, um pouco mais tolerante, e ver como as coisas se saiam para ela.

A outra questão, — a magia — algo que ela nunca imaginou que lhe daria problemas... isso era um pouco mais delicado de se resolver.

— Então o que diabos está fazendo aquí? — Aby perguntou em um tom neutro, repetindo mais tolerante, mais tolerante, mais tolerante sem parar em sua mente.

Feiticeira da Luz - Fronteira de Espinhos I - Ama OliverOnde histórias criam vida. Descubra agora