Capítulo 3

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Chegando rapidinho, mas não é pra acostumar!!!

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Clarice

Filho de uma puta, arrogante, cretino, miserável!

Mentalmente, eu xinguei aquele sujeito horroroso que estava a minha frente agora com a maior cara de deboche que eu já vi.

Mas eu não tinha muito o que fazer, e ele sabia disso. Eu estava falida, desesperada, sem saída e ele me deu uma alternativa, não era uma maravilha, mas resolveria meus problemas mais graves no momento.

- Ótimo! Agora temos que acertar os detalhes do nosso negócio – ele falou como se todos os dias ele comprasse uma mulher pra exibir por aí.

Embora pode ser que ele fizesse isso mesmo, pois quem em sã consciência ficaria com um sujeito asqueroso daqueles por livre e espontânea vontade. Só pagando mesmo.

Ele usava um bigodinho absolutamente ridículo que eu o faria tirar logo, logo. A calça era de uma cor indefinida, com várias pregas e largas pra danar.

A camisa era de um azul berrante, com os punhos brancos e botões azuis. O cabelo estava meio grande e desalinhado, provavelmente desarrumado pela jovem que saíra a pouco.

Os sapatos eram de uma cor quase vermelha e estava sem meias. Horrível.

- Primeira coisa, Sr. Nardelli! Temos que fixar um prazo para esse nosso acordo. Não vou trabalhar para o senhor indefinidamente.

- Primeira coisa, Clarice! Quero que você me chame pelo primeiro nome, Lucas.

- Não há necessidade, pois eu aceitei te ajudar socialmente e não ser sua namorada, amante ou o que quer que seja.

- Mas eu quero que você me chame de Lucas.

- Mas eu não quero, Sr. Nardelli.

- O que você quer não está em discussão. O que está em discussão é o que eu quero, caso contrário não haverá porra nenhuma de acordo – ele gritou batendo na mesa.

Meu Deus do céu! Onde eu estava me metendo?

Concordei com a cabeça enquanto ele andava pela sala com as mãos nos bolsos da calça, horrível por sinal, e aquela camisa horrorosa pra fora, sem contar os sapatos caros, mas horríveis.

- Bom, Clarice, como temos um acordo e você já aceitou que quem dita as regras sou eu, você está dispensada e amanhã minha secretária entra em contato com você para informar mais detalhes de como e onde nos encontraremos. Alguma pergunta?

- O prazo do nosso acordo.

- Vou estudar primeiros as dívidas do Tom e os credores, depois passo para meus advogados fazerem um acordo por escrito se isso te deixar mais tranquila – falou impaciente – mais alguma pergunta?

- Não, Lucas, nenhuma pergunta – tive que concordar para poder sair logo dali.

Levantei com a maior dignidade possível, peguei minha bolsa e fiz um aceno com a cabeça me dirigindo para a porta do elevador quando ele me chamou:

- Clarice!

Virei bem devagar e encarei aqueles olhos cruéis e debochados.

- Não se apaixone por mim durante o tempo que estivermos juntos. Eu detesto mulheres pegajosas e apaixonadas.

Ele devia estar brincando! De onde ele poderia tirar a ideia de que haveria a menor possibilidade de eu me apaixonar por ele. Nunca. Jamais. Em tempo algum.

Paixão & Sedução (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora