Capítulo 14 - Nardelli

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Eu só tive tempo de colocar uma roupa, sapatos, pegar minha pistola e sair correndo.

Quando atendi o celular e ouvi Clarice chorando, eu sabia que algo muito grave havia acontecido, contudo nada me preparou para ouvir os tiros e ela gritando que a mansão estava sendo atacada.

Foi impossível não me lembrar de minha mãe, assim como não foi possível evitar imaginar Clarice morta.

Uma sensação de terror tomou conta de mim, tanto que cheguei a garagem do prédio e peguei a chave do meu carro mais veloz não me importando em chamar minha segurança que apareceu correndo e assim que saí, eu os vi vindo atrás de mim.

No caminho liguei para Matheus que já estava sabendo e estava a caminho também, contudo não tive coragem de ligar para Clarice, pois eu não queria saber pelo celular notícias das quais eu não gostaria de ter.

Voei passando por todos os sinais abertos e fechados que cruzaram meu caminho e em tempo recorde eu estava entrando na mansão, cujo portão estava escancarado.

Quando estacionei o carro em frente a mansão, um desespero profundo tomou conta de mim, pois todos os vidros estavam quebrados e cápsulas de bala estavam esparramadas por todo lado.

Subi correndo até os quartos e saí abrindo porta por porta até achar a do quarto de Clarice, mas ela não estava lá.

Gritei por ela correndo a mansão toda, mas nada. Então peguei meu celular, liguei e para meu alívio, ela atendeu.

- Onde você está? – Gritei ainda desesperado.

- No quarto do pânico – ela respondeu ainda chorando – fica atrás da lareira na sala de inverno.

Desci as escadas correndo e Matheus já estava lá dando os primeiros socorros para os feridos.

- Algum morto? – Perguntei sem parar de correr.

- Não -'ele respondeu.

- Nada de polícia – gritei já saindo da sala – tranca os portões e ninguém sai ou entra.

Corri para a sala que ela havia falado, mas não consegui achar nenhuma porta, então liguei de novo e ela me explicou como mover a parede da lareira.

Assim que puxei a parede falsa, a porta que ficava atrás se abriu e uma Clarice desesperada surgiu pulando em meus braços.

Abracei-a com força e ela passou as pernas pela minha cintura e os braços pelo meu pescoço como se eu fosse a sua tábua de salvação.

- Calma, gatinha! – Falei baixinho tentando acalmá-la – Eu estou aqui e não vou deixar nada acontecer com você.

Sentei num sofá que havia lá com ela no colo e esperei-a se acalmar um pouco, então cobri-a com uma manta que estava sobre o sofá e fui em direção a sala principal com ela no colo.

- O médico já chegou? – Perguntei assim que vi Matheus.

Matheus balançou a cabeça afirmativamente, então deitei clara no sofá da sala para que ela fosse medicada, pois ela ainda estava em estado de choque e eu queria levá-la para o meu apartamento onde estaria em segurança para depois tomar as providências quanto ao ocorrido.

Enquanto o médico atendia Clarice, reuni os homens que eu mais confiava e determinei:

- Não quero a polícia metida nisso!

- Já cuidamos deles, chefe – Matheus falou – veio uma viatura, mas demos um presentinho pra eles não se lembrarem da chamada.

- Ótimo – falei batendo a mão no ombro de Matheus – amanhã quero tudo arrumado e que ninguém mais saiba o que aconteceu aqui hoje. Manda concertar todos os vidros e quero todas as cápsulas recolhidas. Que tipo de arma foi usada?

Paixão & Sedução (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora