Capítulo 2

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Chegando rapidinho pra dar uma animada.

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Clarice

Não sei até agora como entrei nesta sala. Minhas pernas tremiam mais que vara verde e meu coração parecia um tambor batendo dentro do meu peito.

O elevador dava numa sala meio de estar e meio escritório, não havia recepção nem nada e para minha surpresa entro e dou de cara com ele: Lucas Nardelli em pessoa.

Ele estava sentado num sofá com uma loira no colo com no máximo vinte anos de idade e assim que entrei, ele a mandou levantar, deu um tapa na bunda dela e ela saiu rebolando e olhando pra mim com cara de quem queria me matar.

Olhei pra ele e não tinha como evitar olhar para sua calça que apresentava meio aberta com uma ereção imensa, mas fiz de conta que não tinha visto, e tentei não ficar constrangida, pois essa era uma cena que vinda dele, não era de se estranhar pelo que li na internet.

A fama dele é de quem gosta de menininhas recém-saídas das fraudas e pelo que pude presenciar não era mentira. A moça que saiu não tinha mais que vinte anos e devia trabalhar pra ele, tendo em vista a forma como ele falou com ela e como ela obedeceu.

A sala estava impregnada de cheiro de perfume barato e sexo. O cheiro era tão forte que por alguns segundos minha cabeça girou, então ele me mandou sentar, isso mesmo, me mandou sentar. O homem é um troglodita. Educação zero.

Fui logo falando do motivo da minha visita, mas ele como bom negociador fez de conta que não estava mais interessado na mansão, então pra não dar o braço a torcer e ver até que ponto ele não estava interessado, me despedi e ia embora, pois se ele achava que eu ia implorar estava muitíssimo enganado. Se estivesse interessado, ele é que teria que correr atrás de mim agora.

Apesar de que essa não era uma decisão sensata no meu caso e graças a Deus ele resolveu me fazer uma proposta, caso contrário, eu estaria ferrada, pois realmente não tenho condições de fazer o que tenho para fazer sozinha.

Tom, meu marido, morreu de infarto há dois meses e desde então a única coisa que tenho feito é tratar com credores. Quando nos casamos, tínhamos uma fortuna incalculável. Eu trouxe a minha herança que havia recebido após a morte do meu pai e ele já possuía várias empresas sólidas no ramo de cosméticos.

Assim que nos casamos, ele passou a administrar tudo e não quis que eu trabalhasse, pois, segundo ele, eu não precisaria, tinha o futuro garantido, logo eu precisava ajudá-lo a manter o nome da família e da empresa no cenário social.

Eu fui criada para ser uma lady assim como minha mãe, assim como a mãe da minha mãe e assim por diante.

Uma coisa absurda nos dias de hoje, tanto que minha mãe assim que meu pai faleceu, ela virou os arreios, como dizem meus tios, e foi viver a vida dela sem se importar com a opinião dos outros.

Mas eu não consegui. Sempre amei profundamente Tom. Queria ter filhos, uma casa sempre linda e organizada pra ele, acompanhá-lo por todos os lugares e ser muito feliz como esposa do mega empresário Tom Mendonça, como era conhecido.

Minha primeira desilusão veio com a possibilidade de ter filhos. Tom era estéril. Ele falava que não sabia, mas eu sempre achei que ele sabia, mas que não quis me contar com medo que eu não me casasse com ele.

Ele ficou arrasado quando eu descobri após um exame de rotina que ele fez, mas para não macular a imagem dele, eu assumi que era estéril, deixando todo mundo admirado em como ele era um bom marido, pois mesmo sabendo que eu era estéril, continuou comigo.

Paixão & Sedução (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora