IV. The betrayal

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Alguns anos depois

Aqui me deparo, casada. Nunca pensei que fosse encontrar alguém depois de Taeyong, confesso que sofri muito. Mas, a vida segue e eu tive que viver, tentar esquecer ele de alguma forma.

-O que você quer para beber querida? - ele perguntou

-Vinho tinto - respondi sem tirar os olhos do cardápio.

-Gostaria que me trouxesse sua melhor garrafa de vinho tinto - ele pediu ao garçom.

-Olhei para ele por cima do cardápio.

-Algum motivo para comemoração? - perguntei a ele, com um sorriso nos lábios.

-Não posso dar o melhor para minha esposa sem que tenha algo específico para comemorar? - perguntou se fingindo ofendido com a mão no peito.

-Estou lisonjeada. - sorri sem graça, para ele.

-Vou ao banheiro, já volto querida.

-Tudo bem. - respondi.

Decidi o que iria comer, então peguei meu celular para me distrair enquanto ele não voltava. Estranhei quando olhei para a tela do celular e um número desconhecido havia me mandado mensagem.

Quando li seu conteúdo meu coração disparou, borboletas encheram meu estômago. Havia muito tempo que não me sentia assim e só uma pessoa conseguiu despertar isso.

“Estou a caminho do Brasil. Sei que me pediu para não entrar mais em contato. Mas não consegui te esquecer. Estou com saudades, espero poder te reencontrar.”

Lee Taeyong.

-Querida, você está pálida, aconteceu algo? - Guilherme perguntou.

Meus olhos ainda arregalados, meu coração na garganta cheio de esperanças e velhos sentimentos.

- N-não, é - respirei fundo - é que acabei de ler uma notícia sobre uma jovem que foi morta brutalmente pelo seu namorado, e fiquei muito chocada. - respondi.

- Nossa mas foi tão feio assim? Você está sem cor. Ele me olhou desconfiado.

- Depois você procura a notícia na Internet, não consigo nem te mostrar, de tão cruel. - Eu menti.

Voltamos para casa, tomei um banho pensativa, peguei o celular e li novamente a mensagem.

Não sabia o que fazer, afinal, eu segui em frente. Tomei uma decisão.

- Vou responder. - falei comigo.

Por que tudo isso agora, Tae? Te pedi para não entrar em contato, porque não gostaria de sofrer por não poder te ter. E hoje ao receber sua mensagem eu percebi que ainda te amo. Quando você chegará no Brasil?

Olivia.

Deitei ao lado do meu marido e acabei adormecendo.

No dia seguinte 

Levantei e fui direto ao encontro do meu celular.

1 nova mensagem..

“Daqui um mês estarei aí. Eu decidi te mandar aquela mensagem porque ainda te amo e sinto muito sua falta… Você sabe disso. Fui imaturo em não ter lutado por nosso amor. Em não ter arranjado uma solução para que  ficássemos juntos acima de tudo. "

Passou-se um mês, e Tae está a caminho, em algumas horas ele estará tão perto. Trocamos mensagens desde então. Me sinto mal por fazer isso com meu marido, acreditei realmente que tinha acabado aquele amor arrebatador, mas não, meus sentimentos estavam apenas adormecidos.

“Cheguei, estou ansioso para te ver minha linda”

“Quando é o show?”

“Amanhã às 19h”

“Ok, nos encontramos lá”

Disse ao meu marido que hoje seria a noite das garotas, então ele também tomou a liberdade de sair com alguns amigos.

Coloquei a minha melhor roupa, enquanto me arrumava meu estômago embrulhava de nervosismo, tanto tempo sem vê-lo e agora tão perto. Respirei fundo tentando me acalmar.

Ele não deveria aparecer assim do nada, eu segui minha vida, isso não está certo. Ele acha que pode viver a vida dele numa boa todo esse tempo e reaparecer quando bem entender? Agora sou uma mulher casada e devo respeito ao meu marido. O Taeyong vai me escutar e muito!

Dia do show…

- Caramba, eu vou me matar de ansiedade…. - Eu acabo pensando alto, e Guilherme escuta.

- Ansiedade por que amor? É tão importante assim esse seu passeio com as amigas? - Ele pergunta desconfiado.

- É.. QUE.. não… Faz um tempo que não vejo elas, isso me deixa ansiosa, amor. - Tento disfarçar.

- Hum, entendi.- ele fala conformado.

Adentrei o banheiro, tirei minhas roupas e me banhei. Vesti minha roupa, fiz uma maquiagem leve e passei perfume. Já está quase na hora de ir, arrumei minha bolsa e peguei a chave do carro.

-Amor, prometo que não demoro. 

- Pode ficar tranquila, tudo no seu tempo! Divirta-se. - ele selou meus lábios e fui em direção a porta. 

Dirigir até o local do show, confesso que as borboletas fizeram morada em meu estômago e não estou aguentando mais de ansiedade.

Nesse intervalo de tempo, Tae me enviou um ingresso vip, onde eu poderia ficar perto do palco e ter uma visão melhor deles.

Adentrei o local, estava começando a lotar.

Caramba, eles estão fazendo muita sucesso.

Logo me deparei com aquele ser….Meu Deus….. Meu Deus… PERFEITO. Ele está de cabelo vermelho, com lentes castanho claro….PERFEITOOOOO.

Como estava na área vip, me sentei e aguardei o show começar..

Tae subiu com Ten no palco e começaram a cantar.

“Neorul cheoeum bum ihu modul sasohan iyuneul piryeo eobsojin Feeling
Choeui baekbuneuikkaji neukkyeojineun Magic seom sehan One minute
Nae modul shingyeongi jeonbu gonduseo neoreul algireul wonhae
Nasseolgo mimyohan jageun tteollimajeo jeonbu da jeonhaejine

Stop baby don’t stop
Meomchuji ma Baby don’t stop
Naman arabol teukbyeolhan geu Sign (Cool)
Dul ppunin jigeum baby don’t stop
Stop baby don’t stop (don’t stop)
Dulman aneul eunmilhan Sign (baby don’t stop no)
Hanahana da wanbyeolhan gu Sign
Areumdawo So baby don’t stop (baby don’t stop)”

Automaticamente me toquei que essa era a música que presenciei os meninos compondo, que saudades.

Ele cantava com os olhos vidrados em mim, e eu estava em CHAMAS. Eu estava fervendo, fervendo por ver ele, fervendo por saber que todos os meus desejos que eu demorei anos para esquecer, voltaram. Eu queria ele, queria o corpo e o coração.

Algo dentro de mim incomodava, apesar de estar em chamas, veio em minha mente a realidade que vivo hoje, estou casada e não posso me deixar levar dessa forma.

Nada disso deveria estar acontecendo.

Peguei minhas coisas e saí desesperada.

É loucura, mas eu queria me entregar de corpo e alma a Taeyong.

Entrei no meu carro, e dei partida até a minha casa. Passando milhares de coisas por segundo em minha cabeça. Estava tentando  respirar, me sentia sufocada com tudo que estava acontecendo.

Ao estacionar o carro, corri em direção a porta, destranquei e abri, paralisei ao me deparar com a cena no sofá.

Guilherme e uma qualquer no sofá da minha casa. Eles não perceberam a minha presença.

E eu me preocupando com o respeito que devo a ele.

- Parabéns! Muito bonito! - Eu disse possessa de raiva.

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