sozinho

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tão sensível quanto um copo de vidro na mão de uma pequena criança.

tão chorona quanto a água que as nuvens derramam sobre o chão cinzento da cidade.

talvez tão triste quanto um cachorrinho ao perder o dono.

talvez tão idiota quanto qualquer um que fizera algo terrível com uma garota.

era ela, aquela que deita sobre o chão sujo e frio de um lugar totalmente vazio, que se fecha. obrigando-a se encolher mais e mais para não ser machucada.

era ela que não aguentava mais a propria vida, e apenas cedeu e deixou aquele lugar amassa-la, tortura-la.

era ela que não se importava se estava viva ou morta, se sobrevivesse ou morresse. ela só queria paz, alegria e felicidade.

mas isso não era possível encontrar no mundo onde ela vivia. o mundo sem amor que ela mesmo via, para ela o mundo era feito de hipocrisia, rancor e ódio. Ela não via nada de bom, tudo era cinza.

cinza, escuro, sombrio e

s o z i n h o.

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