CAPÍTULO 8 - DOCUMENTOS FBI: PARTE 5

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Avenida Bronks, tráfego normal, e eu continuo lá, parado, mesmo depois do semáforo ficar verde. Assustei-me com barulhos de buzinas. Quando olhei pelo retrovisor, eram os motoristas dos carros que estavam atrás do meu. Estavam estressados querendo sair dali.
Quando piso no acelerador, ouço meu telefone tocar. Era Lohana, uma das investigadoras do Departamento de Polícia de Atlanta (DPA).

- Ligação On -

Bryan: O que foi Lohana? Já estou a caminho daí.

Lohana: Não, não precisa vir aqui, pois aconteceu um homicídio na rua Alabama, a vítima é Gabriel Hoffman de 23 anos.

Bryan: Okay, estou indo para lá agora.

Lohana: Ah, Bryan, como o Bellamy está?

Bryan: Ele está bem, obrigado. Acabei de deixá-lo na minha avó.

Lohana: Entendi. Que bom que ele está bem né. Se precisar de algo é só falar.

Bryan: Ok! Sim falo sim. Enfim, até mais.

Lohana: Até.

- Ligação Off -

Quando cheguei na Alabama os policiais, a equipe de investigação e a perícia já estavam lá. As faixas policiais, nas quais está escrito "cena de crime" rodeavam o local e os peritos estavam coletando evidências. Eu atravessei a faixa e fui até o cadáver, Bradley, nossa perita, estava analisando o local.

— Oi. O que houve aí?
— Bom, eu acabei de fazer o exame perinecroscópico, e pude perceber algumas lesões visíveis na cabeça da vítima. As marcas parecem ser de um tipo de, borracha, não sei, algo rígido, mas não tanto.
— E você suspeita que a arma do crime seja?
— Um cassetete. Olha só, as lesões na cabeça da vítima possuem certas ondulações, que batem perfeitamente com as ondulações que tem no cassetete, na parte onde segura, sabe?
— Entendi, mas, um cassetete poderia matar alguém assim?
— Então, essas não foram as únicas lesões. Aqui ó, o pescoço da vítima está contraído, como se tivesse sido apertado por algo. E não foram mãos de jeito nenhum, não há marcas de dedos.
— E o que poderia ter sido?
— Ainda não sei, mas vou descobrir.

Fui até o meu carro e peguei uma garrafinha de água e bebi. Hannah, investigadora, veio até mim.

— Oi senhor investigador. Como vai? — Falou com sarcasmo.
— Vou bem, obrigado. Iai? Já temos algum suspeito?
— Algumas testemunhas viram o Gabriel discutindo com um homem ontem por volta das 23h. Disseram que esse tal homem estava vestindo um sobretudo e um chapéu.
— Hum, então temos um assassino fashion. Temos como chegar nesse cara?
— Ainda não. Estamos procurando por câmeras de seguranças nas residências próximas, mas até agora nada. E você? O que está fazendo aqui? Eu fiquei com o caso.
— Ah, é.. bom, eu não sabia disso. A Lohana me ligou mandando eu vir aqui, pensei que o caso fosse meu, mas tá bem. Estou indo então. Qualquer coisa é só falar, precisar de ajuda, sabe onde me encontrar.
— Tá bom. Até mais.

Entrei no carro e saí de lá. Eu fiquei mal, pois o caso tinha me interessado muito, e eu queria ter ficado com ele.
Quando estava na Av. Goldstein, parado no sinal vermelho, vi um homem com uma garrafa de cerveja. Daí eu lembrei do Phelts, um bar que eu costumo frequentar. Resolvi ir até lá beber algo.
Chego no Phelts e estaciono. Reparo que mudaram a placa do bar, antes era um letreiro simples de madeira, agora é um daqueles letreiros brilhantes, igual aos de motéis. Do lado de dentro também mudaram as coisas, o balcão foi mudado, era um de mármore, agora é de madeira, mais estilizado. Daí eu percebi que já fazia um bom tempo que não ia lá.

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