CAPÍTULO 5 - DOCUMENTOS FBI: PARTE 3

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Quando cheguei no colégio, Bellamy estava sentado em um banco ao lado da diretoria.

— Meu filho! O que aconteceu?
— Pai eu estou com medo. — Indagou Bellamy.
— Vai ficar tudo bem Bellamy. Prometo!

A Sra. Holmes, professora dos meus filhos, veio até mim e falou que ele estava apresentado um comportamento estranho, como se estivesse preocupado com algo. Muito pensativo durante a aula. Afirmou ter dores na cabeça.
Eu assinei um papel, que era para comprovar o motivo da saída do aluno no meio das aulas. Bellamy e eu fomos até o hospital.
Quando entramos no carro bellamy se jogou no banco de trás alegando está com tontura.

— Deite-se. Vou levá-lo ao hospital. Chegando lá vai ficar tudo bem. Prometo!
— Pai eu tenho uma coisa para contar. — Disse Bellamy amedrontado. — O sr. acredita que pode ser verdade existirem dois de mim? Ou de qualquer pessoa?

Eu fiquei sem reação com a pergunta de Bellamy. Parei o carro ao lado de um carrinho de sorvetes.

— Bellamy? Onde você ouviu falar sobre isso? — Perguntei com tom de suspense. — Sim! Acho que há alguma verdade nisso aí, mas não exatamente outro de nós vivendo por aí, isso é coisa de multiverso, duas ou mais dimensões. Eu acredito em alienígenas só isso. Não em "Universos Paralelos"
— Eu acredito em ambos. — Sussurrou Bellamy.
— O que te faz acreditar nisso? Você leu algum livro falando sobre esse tema? Ou assistiu vídeos na Internet?
— Não pai, eu acredito porque… bom...

Bellamy ficou nervoso e eu não entendia, pois parecia uma brincadeira boba de criança, mas não discuti com ele.

— Bellamy, você quer me contar algo? Pode ficar tranquilo eu sou seu pai.. conte.

Bellamy fechou os olhos por alguns segundos, logo depois me encarou fixamente e disse:
— Ultimamente eu tenho tido um certo contato com meu outro eu. Ele diz que vai passar um tempo aqui na nossa dimensão, mas às vezes tenho medo dele, pois parece ser mau.

Por um momento o silêncio tomou conta do carro.

— Filho… isso é, bom; bem.. estranho, isso, estranho Bellamy.

Por um momento cheguei a pensar que ele pudesse ter um amigo imaginário, bem imaginário mesmo! Ele estava tão convencido disso tudo, mas não pude me deixar levar por isso, afinal, com certeza é imaginação dele. Não é? Espero…

— Pai, acredita em mim? Ou me acha maluco?
— Não filho! Jamais, maluco não. — Falei. — Só que eu serei sincero para você, tá? Eu não sei se acredito nisso, mas não duvido de você, não importa o que seja isso, mas você está.. digamos, "presenciando" essa coisa, experiência. Como preferir chamar. Há quanto tempo você presencia isso?
— Desde que a Octávia caiu naquele buraco no acampamento de férias. Quando eu corri pra chamar ajuda o meu outro eu falou que poderia me ajudar, mas eu fiquei com medo, porque ele parecia comigo. Logo depois ficamos amigos e ele me pediu para não contar pra ninguém sobre ele. Só que ele agora está agindo diferente comigo, está sendo mau.
— É por causa dele que você está assim, passando mal?
— Não tenho certeza, mas ele está me mostrando muita coisa do universo dele, o que é contrário do nosso. É muito estranho lá. Ele disse que a França é a maior potência, que neva na África e faz calor na Europa. Enfim, é tudo ao contrário lá.
— Meu Deus! Bom, filho vamos logo! Temos que chegar no hospital.

Liguei o carro e partimos até o hospital. Aquelas palavras não saiam da minha cabeça. Outra dimensão, multiverso.. Eu quero ajudar meu filho, mas para isso preciso entendê-lo primeiro.
Quando chegamos ao hospital Bellamy foi atendido pelo nosso médico, Dr. Glytheroy.

— O que ele tem? — Perguntou o doutor.
— Ele alegou tonturas, na escola estava com dor de cabeça e lerdo. Digo, bastante pensativo.
— Entendi, mas isso não é muita coisa, ainda bem né. Irei examiná-lo e veremos.

Me afastei até a porta e encarei o bebedouro.

— Doutor? Poderia vir até aqui?
— Claro! Bellamy fique aí quietinho. Já volto.
— Onde fica o psiquiatra? Preciso falar com um.
— Não se sente bem? Cabeça cheia?
— Ah não é pra mim, e sim pro Bellamy. Meu filho está dizendo que tem contato com ele mesmo. Tipo, um outro ele de outro universo.
— Uau! Que coisa. A psiquiatra fica no andar de cima. Sala 13, Dra. Trilloney
— Okay, obrigado.
— Disponha.

Fui até o 3° andar e procurei pela sala 13, foi fácil encontrá-la. Bati na porta e logo ela abriu.

   — Olá! Dra. Trilloney?
   — Sim, sou eu mesma.
   — Eu gostaria de falar com a senhora. Seria possível?
   Ah claro! Pode entrar.

Continua…

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