CAPÍTULO 4 - DOCUMENTOS FBI: PARTE 2

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ATLANTA. 18 DE MAIO DE 2011.

Era uma manhã agradável de outono, eu, Bryan Loucart, como toda manhã me levantei às 06:40 para preparar o café, para mim e para meus dois filhos: Octávia e Bellamy. Eles acordam umas 07:30 então eu tenho 50 minutos.
Sou pai solteiro, pois minha mulher, Laís, morreu ao ser atropelada por um carro, no ano de 2008. Eu trabalho para o FBI há 13 anos e no momento acabei de resolver um caso que envolvia poderosos de Atlanta. O que aconteceu foi que uma gangue explodiu um bar, tentando matar o líder da gangue inimiga. Tudo foi resolvido.

Quando eu coloquei as panquecas nos pratos e abri a geladeira para pegar o suco, ouvi Octávia descer as escadas. Ela estava animada, deu um sorriso que ia de uma orelha a outra.

— Bom dia pai!
— Bom dia meu amor! — Retruquei e dei um beijo em sua testa. — Onde está seu irmão?
— O Bellamy está na cama com preguiça de levantar. Como sempre. — Octávia falou e deu um sorriso sarcástico.
— Haha! Tão engraçado que até esqueci de rir. — Falou Bellamy enquanto descia as escadas.
— Parece que alguém não está de bom humor hoje, não é mesmo?
— Pai, tenho que chegar cedo na escola, porque hoje vou apresentar um trabalho em grupo. Eu e meus colegas queremos ensaiar antes. — Disse Bellamy.
— Ok filho. Então comam rápido! Eu já tomei café então vou escovar os dentes e me arrumar. Os lanches de vocês já estão nas suas mochilas. Para Octávia eu fiz sanduíche de Atum. Seu preferido.
— Sim pai, eu amo! — Octávia retrucou ansiosa.
— E para você Bellamy eu preparei sanduíche de queijo e presunto. Já que você não gosta de Atum.
— Acho bom pai, odeio Atum! — Bellamy fez cara de nojo.

Minutos depois…

— Já estão prontos? — Perguntei.
— Eu já estou. — Respondeu Bellamy. — A Octávia está escovando os dentes.
— Não estou mais. — Retrucou Octávia enquanto corria para passar seu irmão e abrir a porta da sala.

Quando chegamos na varanda, nos deparamos com um céu cheio de nuvens. Era um dia claro, com uma brisa fresca e a grama ondeava pelas encostas sob nossos pés enquanto caminhávamos em direção a um gramado plano que havia do lado oposto à avenida, cujas árvores balançavam com um leve vento.

— Que dia lindo, não? — Falou Octávia. — Perfeito para passar vergonha na frente da sala inteira. Compreende Bellamy? — Disse ela com sarcasmo.
— Você acha que pode fazer melhor? Com sua turma que só fala em música? Acho que não!
— Parem de discutir por favor! — indaguei. — Vocês precisam aprender a se respeitarem, sabia?
Bellamy e Octávia deram risadinhas.
— Pai vamos logo, tenho mais com o que me preocupar do que com essa menina. — Disse Bellamy.
— Ah falou o senhor adulto. — Octávia respondeu irônica.
— Entrem no carro e vamos logo. Não quero me atrasar hoje.

No meio do caminho eu olho pelo retrovisor e vejo que Bellamy está pensativo.

— Bellamy? Eu poderia saber o que é que está tomando conta da sua cabeça? Não para de pensar aí.
— É que, bom, Eu tive um sonho muito estranho.
— Olha só ele sonhou com a Emilly Fourgman. — Falou Octávia e dando risadas arrotou sem querer.
— Olha só a porca arrotando na cara dos outros. — Zombou Bellamy.
— Quem é Emilly Fourgman? — Perguntei.
— O amor do Bellamy pai.
— Nada a ver! Eu não sonhei com ela nem com ninguém. — Falou Bellamy com rispidez. — Eu sonhei que eu estava deitado na cama e do nada eu perdia os movimentos do corpo. Era como se eu fosse paraplégico só que de todo o corpo. Eu tentava gritar no sonho, mas não conseguia. Foi um sonho, mas era muito real!
— Ah filho, você não sonhou não. — Expliquei. — Isso aí foi uma paralisia do sono. Todos temos isso. É melhor você ir se acostumando, pois essa paralisia não será a última não. Isso também vale para você viu, Octávia.
— Ok, espero que seja divertido! — Retrucou Octávia.

Quando chegamos no colégio eu desci e abri a porta para eles saírem.

— Tenham uma boa aula. — Falei. — E boa sorte nas suas apresentações.
— Obrigado pai! — Octávia e Bellamy falaram em coro.

Eu voltei para o carro e segui meu caminho para o trabalho. Chegando lá, recebi o convite de uma colega, Lohana, para ajudá-la em um caso que ela estava resolvendo. Se tratava do assassinato de uma prostituta. Ela teve seus rins arrancados e recebeu 4 facadas no tórax. Um crime bem cruel.

— Bryan, você sabe que não precisa me ajudar se não quiser, né?
— Sim, eu sei, mas eu quero ajudar. Até porquê não tenho mais nada pra fazer mesmo. Só investigar, amo isso.
— Esse caso tá me deixando maluca. — Lohana falou e deu risada. — Espero fazer a coisa certa dessa vez.
— Olha, você não tem culpa de ter errado o culpado. Isso acontece, é normal. O que importa é que hoje o verdadeiro culpado está preso.
— Eu sei Bryan, mas Keller era inocente e ficou preso por três anos e tudo porque eu não me engajei completamente no caso e acabei pegando a pessoa errada enquanto o verdadeiro estava por aí. Bem debaixo do meu nariz o que é pior.
— Isso poderia ter sido comigo ou com qualquer um de nós aqui. Já passou tudo isso.

Enquanto conversávamos, Graham, investigador, veio até a sala.

— Bryan, a diretora do Colégio onde seus filhos estudam está no telefone, quer falar com você.
— Tá bom, obrigado Graham. — Falei. — Já estou indo.

Fui até até a minha mesa. Peguei o telefone.

— Alô?
— Olá! Sr. Locaurt. Eu sou Ptolomeu Ground, diretor do Colégio Primário.
— Sim, disso eu já sei, mas o que aconteceu? Meus filhos estão bem? — Falei preocupado.
— Então, o Bellamy está estranho hoje. Ele está vomitando muito e já desmaiou duas vezes. Achamos melhor levá-lo ao hospital geral da cidade. O Sr. Pode ir com ele?
— Óbvio que sim! Estou indo para ir agora.

Desliguei o telefone. Peguei o meu casaco.

— Bryan, onde vai? — Perguntou Lohana.
— Meu filho não está bem de saúde. Vou no colégio buscá-lo para poder levá-lo ao hospital. Quando voltar nós continuamos. Ok?
— Está bem Bryan, pode ir lá.

Entrei no carro e fui até o colégio.

Continua…

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Até a próxima…

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