Cap.7

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Foto: Gustavo Torres

O relógio marca 23h12min quando chegamos ao pub, está cheio. Está tocando música ao vivo com uns cantores locais e a maior parte dos casais ocupam os sofás distribuídos, a pista é mesmo dos solteiros.

Em vários pontos da pista tem mesas com torres de chop e baldes de cerveja, vodka, whisky, batidas... tudo do gosto de cada um. Pedimos uma mesa para nós com balde de cerveja bem gelada, está tocando pagode em um ritmo bem animado e eu não resisto a isso, trato logo de começar a mexer meu corpo no ritmo e tenho uma sensação boa de nostalgia, quanto tempo não fazia isso!!! Percebo Mary observar o local a procura de alguém interessante, mas para ela ainda tem poucos homens e muitas mulheres e eu me pego concordando, realmente tem mais mulheres que homens e elas estão bem soltinhas, a maioria em seus grupinhos de amigas.

Por volta de 01h00min da manhã, o pub se enche mais do que já estava, dessa vez de muitos homens e as mulheres ficam agitadas e começam a cochichar com as amigas já em busca de uma presa. Mary se aproxima de mim e aponta para o bar.

- Quem são aqueles pelo amor de Deus? PRECISO!!! - grita ela por conta da música alta e eu me afasto um pouco e olho para o bar no mesmo instante, sou o tipo de amiga que não sabe disfarçar.

No mesmo instante me dá uma enorme vontade de rir e assim eu faço e Mary me encara, deve estar achando que estou bêbada demais.

- O que foi? - grita ela

- Aquele é o meu chefe e o irmão dele! - falo dando um longo gole na minha cerveja.

- Tá explicado agora o porquê que aquele mais alto está nos encarando, a tensão sexual dele tá foda ein! Cara, eles são bons de ver. - diz ela os encarando descaradamente.

- Você é louca! - falo sorrindo, já estou embriagada mesmo.

- Vamos falar com eles! - grita ela me puxando e eu paro no mesmo instante.

- Não, minha relação com o meu chefe não é das melhores! Vamos ficar aqui. - falo e ela fica emburrada, mas logo o Dj que havia tomado o lugar dos pagodeiros a meia hora põe funk e ela me arrasta para a pista e começamos a dançar, o ritmo envolvente nos impossibilita de ficarmos paradas.

- Vou ao banheiro, já volto! - grita Mary e sai em seguida e eu continuo dançando.

Um homem moreno se aproxima de mim e começamos uma dança que mais parece a dança do acasalamento e eu não consigo me reconhecer, só pode ser o efeito do álcool e o pior é que estou gostando muito disso, quanto tempo tem que não me divirto assim? Após perceber que estou bem soltinha ele se aproxima mais de mim e começamos conversar sobre coisas banais mas eu já sei o que ele quer e não vou mentir, também quero! Quando ele se aproxima para me beijar, Mary surge agarrada com Rodrigo e Bernardo do lado e minha animação vai embora, ela definitivamente atrapalhou o master beijo que eu ia dar agora. O moreno observa a situação e ao olhar para Bernardo que aparenta não ter emoção nenhuma ele fica inquieto ao meu lado e faz um sinal de que vai sair de cena e eu concordo com a cabeça. Mary e Rodrigo ficam observando a cena e eu não sei qual dos dois estão mais concentrados.

- Olha quem achei pelo caminho! - diz ela olhando para Bernardo e Rodrigo - Inclusive descobri que esse é seu chefe! - diz ela com uma surpresa fingida e pura malícia olhando para nós dois repetidas vezes.

- Porquê nunca me disse que tem uma amiga tão gata assim? - pergunta Rodrigo para mim, mudando o foco da conversa e eu o olho de maneira carinhosa agradecendo por isso.

- Você nunca perguntou, mas aí está! - falo sorrindo.

- Ser bonita não é a melhor qualidade que eu tenho! - diz ela sorrindo para ele totalmente embriagada e para minha surpresa eles se beijam e não é um beijo inocente, passa bem longe disso, é algo proibido para menores.

Meu Chefe Sem LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora