SE ELE FOSSE MEU - Série: The Smith's - Livro 1

Capitulo Quatorze: "Namorados"

Ian

Os olhos da Sara estavam brilhando de felicidade...

Quando ela viu a roda gigante no horizonte ela começou a pular no banco do passageiro, ela estava tão ansiosa para sair do carro que quando parei no estacionamento ela saltou, sem nem esperar que eu abrisse a porta para ela, deu a volta para me encontrar do outro lado e me surpreendeu quando pulou em meu colo e me beijou. Quando se afastou ela disse:

- Eu nunca fui ao parque antes, obrigada Ian! - Me senti o cara mais feliz do mundo por fazer aquilo por ela.

- Não tem o que agradecer. Agora você precisa sair do meu colo se ainda quiser conhecer o parque. - Eu disse a ela. Confesso que fiquei desapontado quando ela saiu rapidamente de cima de mim, senti-la em meus braços era incrível, porém no momento o desejo dela pelo parque era maior que o desejo dela por mim.

Saí do carro, tranquei a porta e ela me esperou obediente, como uma criança prestes a ganhar um premio por bom comportamento. Depois ela segurou a minha mão e esperou que eu a guiasse para a sua primeira aventura no parque.

- Estou curioso. - Disse a ela. - Você tem vinte e um anos e nunca foi ao parque, seus pais nunca te levaram? - Ela abaixou a cabeça triste e respondeu:

- Não, eles sempre disseram que era um lugar para quem não tem muito dinheiro se divertir e que era perigoso por que teriam vários delinquentes sem educação e até mesmo ladrões e que os brinquedos são enferrujados e inseguros. Para eles, como somos "ricos", os parques que deveríamos frequentar tinham de ser os mais caros, como a Disney. - Ela suspirou triste e continuou: - Eu sempre quis ir a um parque, porém depois que eu cresci e fui pra faculdade, não tive mais tempo para me divertir e também nunca procurei saber onde o parque mais próximo ficava. Estou tão feliz de estar aqui hoje e principalmente porque estou com você.

Aquela declaração me tocou. Andava com o Caleb e o Jacob desde o colegial e nunca eles passaram para mim que os seus pais eram tão mesquinhos quanto às outras pessoas, e até mesmo com a felicidade dos próprios filhos. Estou disposto a fazer o que for para que a Sara seja feliz daqui pra frente, todos os dias em que estiver comigo.

- Eu também estou feliz de estar com você. - Disse a ela. - E, para compensar esses anos, hoje vamos a todos os brinquedos deste parque.

- Você sabe que isso não é possível Ian! - Ela falou entre risos.

- Sei, só estava tentando ser romântico. - Respondi.

- E você conseguiu. - Ela me disse, com um brilho inexplicável no olhar. Daria tudo pra saber no que ela estava pensando.

...

Brincamos na barraquinha de tiro ao alvo, entramos na casa dos espelhos e na mansão mal-assombrada, ela quis medir sua forca comigo no Martelo de força e, lógico que eu ganhei. Jogamos bolinhas na boca dos peixes e ela tinha uma péssima pontaria, mas estava feliz com isso porque ela não ligava em ganhar nada só queria se divertir. Eu por outro lado queria ganhar, isso porque vi um urso pequeno que segurava um coração e achei que seria ideal pra ela então, gastei toda a minha pontaria para tê-lo.

- Aqui, para você! - Entreguei a ela. O urso era bem pequeno mesmo, ele tinha uma cordinha e um suporte para grudar no vidro do carro ou prender no espelho retrovisor.

- É lindo, obrigada! - Ela me deu um beijo no rosto, e segurou o urso no apertado no peito.

Eu estava inspirado no romantismo, isso porque eu tinha tomado uma decisão séria. Pensei muito sobre o assunto e eu já era dependente quando se tratava da Sara. Esse final de semana me mostrou como seria um relacionamento de verdade, sincero e com sentimento mútuo. E eu iria me agarrar a isso, não só pela minha felicidade, mas a da Sara também.