Capitulo Sete: "Sr. Lins"

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Ian

Depois que eu deixei a Sara senti um aperto no meu peito, já sentia sua falta. Por mim ela ficaria o final de semana inteiro comigo, mas, como nada é perfeito, isso não aconteceria e eu ainda teria que lidar com o problema Cristal na minha vida. Fui até o meu apartamento, hoje pela manhã  combinei com o chaveiro para ir lá trocar a minha fechadura. Quando entrei no apartamento, tive uma bela de uma surpresa, a Cristal havia destruído tudo.

E quando eu digo tudo é "tudo mesmo". Ela quebrou minha TV, meu som, rasgou os lençóis da minha cama e espalhou minha roupa pelo quarto inteiro. Ela estava louca, não sei mais o que fazer. Entrei em contato com uma empresa de diaristas e pedi quatro funcionários para arrumarem a bagunça no meu apartamento. Depois disso separei todos os meus itens de valor que tinha restado e as roupas que ainda estavam inteiras e pus numa mala. Nesse meio tempo o chaveiro chegou e trocou a minha fechadura por uma mais resistente e colocou alguns itens extras de segurança.

- O senhor realmente vai precisar disso! - Ele disse para mim depois que viu o estado da minha casa. - As pessoas que fizeram isso podem voltar e o senhor tem de estar realmente preparado. - Disse ele com pena de mim, mal sabia ele que isso era obra de uma só pessoa.

Quando os funcionários de limpeza chegaram eu entreguei a chave e pedi para ser levada ao meu escritório por um deles assim que eles saíssem, eu confiava nessa empresa já que ela era do meu pai.

A Lins Corporation Inc. é responsável por trabalho terceirizado além de outras coisas, nós empregamos milhares de pessoas e o nosso objetivo é mantê-las empregadas pelo resto de suas vidas, às vezes um contrato acaba, mas nós sempre relocamos o funcionário para outra empresa que esteja precisando de alguém na mesma função ou em outra. Nosso serviço é prestado em vários países e a maioria dos nossos clientes nos recomenda. O segredo do nosso sucesso é agradar o funcionário, nós dependemos deles e qualquer benefício que possamos dar a eles é feito por que não existiríamos sem eles.

Depois de arrumar minha mala, ponho no meu carro e vou para empresa, meu pai provavelmente já chegou de sua viagem e foi direto para o trabalho, não sei o que irá acontecer quando ele se aposentar, a vida dele é a nossa empresa. Antes que eu possa entrar na minha sala o Matheo, meu assistente, me chama.

- Bom dia Ian, como vai você? Achei que não viria hoje. - Nós não temos muita formalidade, o Matheo é um dos meus melhores amigos, ele é quase meu aprendiz, ele sabe fazer tudo que eu faço, e como eu vou tomar o lugar do meu pai na diretoria da empresa, vou precisar de um gerente geral. O Matheo ainda não sabe, mas o cargo já é dele. Ele é muito esforçado, nos conhecemos na faculdade em Londres, ele ganhou uma bolsa integral, pois é muito inteligente e ele, o Joe e eu éramos colegas de quarto e o jeito simples do Matheo nos fez querer ser muito mais próximos.

Ele é órfão, seus pais morreram quando ele tinha 15 anos, ele não tinha parentes nos Estados Unidos, pois seu pai e sua mãe vieram da Itália para cá para viverem em paz já que a família dos dois não aprovava o seu relacionamento. Depois de casados o pai dele recebeu uma proposta de emprego aqui e não pensou duas vezes. Quando eles morreram num acidente de carro, o Matheo soube que eles deixaram um valor de seguro para ele receber quando fizesse 18 anos e usar para a faculdade. Esse valor foi muito bem vindo, pois com isso ele pode se manter enquanto estudava. Quando terminamos a faculdade de gestão de empresas, eu lhe ofereci um trabalho, e ele se tornou mais que um amigo, ele é quase um irmão para mim, eu tenho certeza que ele vai se sair bem.

- Bom dia Matheo! Você não credita no que a Cristal fez. - Disse a ele entrando na minha sala e fazendo sinal para que ele me acompanhasse.

- O que foi dessa vez? - disse ele fechando a porta atrás dele.

SE ELE FOSSE MEU - Série: The Smith's - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora