Eu me arrumei com um vestido em tom prata e com sapatilhas, e meus cabelos ruivos que batiam nas costas estavam presos na cabeça com alguns fios soltos. Minhas duas adagas — no qual ganhei do Matteo — estavam presas em uma liga em minhas coxas, assim não ficaria sem elas.
— Não as use, por favor, somente se for necessário, tudo bem? — pediu Matteo suplicante.
— Eu vou fazer isso por você Matt, não por seu pai, porque minha vontade vai ser de matá-lo...
Ele me cortou.
— Promete que não vai atacar o Lorenzo? Se fizer isso, todos os nossos planos serão em vão, porque a pena disso será a morte, e eu não poderei fazer nada.
— Juro me comportar como uma santa. — Sorri quando ele revirou os olhos.
Eu estava com as bandejas de bebidas nas mãos, e ia distribuindo para os homens que estavam na sala imensa. Tinha uns vinte guardas aproximadamente, alguns do Lorenzo, outros certamente dos seus convidados. Havia um total de dez com Lorenzo e Matteo, fora os guardas.
Todos conversavam em italiano, uma língua que eu não entendia nada, mas boa coisa não era disso eu tinha certeza, afinal eram todos uns vermes malditos. Minhas mãos estavam coçando para matar cada um naquele momento, mas me controlei, porque Matteo me suplicava com os olhos cada vez que nossos olhares se cruzavam.
Eu já conhecia a enorme sala glamurosa em tom branco com móveis lindos, pois Matteo já havia me levado ali enquanto seu pai não estava em casa. Obviamente que eram visitas rápidas e escassas, afinal ele não queria arriscar minha vida caso o velho descobrisse.
Estava tudo indo certo, mas um velho me puxou para o seu colo e falou alguma coisa para mim, eu não entendi nada do que ele disse, mas coisa boa não era pelo o espanto nos olhos do Matteo. Eu podia ver seus punhos cerrados ao tentar se controlar pelo que o fodido disse.
Os outros velhos riram com o que esse cara disse. Em meio às risadas e balbucios, descobri que ele se chamava Raul Wainer, pelo menos o nome não pareceu diferente na língua que falava. Raul olhou para Lorenzo como se tivesse pedindo permissão para me ter. Oh maldição! Isso não está acontecendo, não mesmo. Preferia morrer com uma bala na cabeça —, pensei.
— Me dá essa de presente por fecharmos o negócio — disse Raul agora em nossa língua, enquanto apertava a minha bunda com suas mãos imundas.
Lorenzo riu como se tivesse gostando disso. Doente desgraçado! Eu estava tão perto, mas não podia matar esse ser abominável.
— Eu dou. Você merece por me conseguir mais mercadoria para trabalhar na boate — respondeu Lorenzo. — Afinal, eu tenho muitas em meu estoque.
Estoque? Então esse fodido achava que éramos estoque e não pessoas? Eu peguei uma estrela de aço que tinha no pescoço desde que Matteo havia me dado de presente assim que fiz dezessete anos, há dois anos. Ela ficava escondida em minhas roupas. Precisava fazer isso sem levantar suspeita de que Matteo havia me dado ela, afinal, isso seria considerado traição, e poderiam matá-lo. Eu não deixaria isso acontecer. Nunca.
— Me faz um boquete sua puta. Se ajoelha e me chupa agora. — Não era um pedido.
Eu fuzilei o gorducho com ódio.
— Sabe quando serei sua, verme imundo? Nunca! Agora apodreça no inferno — grunhi.
Peguei a estrela ninja, pelo menos foi isso que Matteo me disse, e enfiei na garganta do cara abrindo um corte que o sangue saiu longe assim que tirei a estrela. Fiz exatamente como Matteo disse, procurei uma artéria para ser fatal. Não me arrependi por matar aquele monstro. Quantas vidas ele já havia tirado? Eu tinha certeza de que ele sequer pensou em nenhuma delas enquanto dormia a noite, agora ia queimar no inferno. Torcia para que um dia, eu mandasse todos os outros para lá também.
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Shadow Degustação, completo na Amazon
RomansaCONTÉM LINGUAGEM IMPRÓPRIA, CENAS DE SEXO. NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS. Se gosta de um romance onde a menina é valente, e não se submete a um homem fora da cama, venham conhecer Evelyn. Dominic a deseja mais não pode tê-la...