As aulas terminaram e eu peguei minhas coisas para ir embora. Peguei meus sapatos no armário e troquei com os que eu estava usando, ao fechar o armário, vejo o mesmo garoto do terraço com aquele sorriso de sempre.
Qual é a dele?
- Annyeong!(Oi!) - ele disse.
- O que você quer?
- Aish! Por que você tem que ser seca desse jeito? - dei de ombros e passei por ele, indo embora - Yah, eu estou falando com você!
Continuei andando e ignorando ele atrás de mim.
Eu estava andando até a estação de metrô e ele ainda estava atrás de mim, resolvi entrar em uma loja de conveniência para comprar um doce, o dia foi um tanto chato. Ao entrar, percebo que o garoto não estava mais atrás de mim, suspiro e vou até o freezer pegar algo para beber, abro uma das portas e pego um refrigerante.- Yah, eu quero um também - o garoto aparece do meu lado, quase me matando de susto.
- O que você está fazendo?! - dou um cascudo na sua cabeça, ele põe a mão no local e geme de dor.
- Aigoo isso doi, sua idiota! - ele pega o refrigerante da minha mão e coloca na cabeça para amenizar a dor - Me da um também.
Viro a cara para ele.
- Compre o seu, seu desocupado.
- Sua bruxa mão de vaca - ele me da língua e eu dou outro cascudo nele.
- Quem você esta chamando de Bruxa? - ele geme de dor novamente e pega outro refrigerante no freezer, indo em direção ao caixa. - Yah, esse era último daquele sabor! Me devolve!
- Vamos, pabo - ele pagou e foi para fora.
Fui para fora também e ele jogou o refrigerante para mim. Olho para o refrigerante e então para ele, este coloca o seu na cabeça e volta a andar.
- Não precisava pagar o meu - eu disse.
- Eu quis pagar, pabo.
- Eu não queria que você pagasse e pare de me seguir.
- Yah, deixe eu te acompanhar!
- Não, vá para casa.
- Ingrata - ouvi ele murmurar, peguei o meu refrigerante e joguei para ele.
- Eu não quero, pode ficar - e fui andando.
- Aigoo pare de ser chata assim! Eu fui apenas gentil.
- Eu não quero a sua gentileza, me deixe sozinha! - Sua expressão ficou seria e então ele deu um sorriso meio irônico.
- Arasseo(tudo bem) - ele se virou e seguiu seu caminho oposto ao meu.
Aish! Que cara problemático.
Dei de ombros e voltei a andar. Ainda bem que tinha me livrado dele, não quero ele perto de mim. Olhei para o céu com o sol se pondo, engraçado, eu não sei o nome dele. Por que eu estou pensando nisso? Eu não deveria nem saber da sua existência, quanto mais longe, melhor. Aquele menino é muito estranho, por que eu me envolveria com ele se eu não tivesse esse meu problema? Talvez ele não seja o que estou pensando.
Você pensa muito dos outros, Nana
Eu normalmente tiro conclusões precipitadas, não somente dos outros, mas também em relação a mim mesma. Sempre penso que vai ser diferente, que eu não vou me envolver, mas o resultado é sempre o mesmo. Dessa vez não, dessa vez isso não vai mais acontecer, não pode acontecer.
******
Chego em casa e vejo um carro estacionado na calçada.
O que é isso?
Vou para a garagem e pego o taco de basebol que eu usava, entro em casa e tem dois caras de costas para mim, um deles olha para mim e sorri, o outro percebe e olha para mim também. Lee estava perto deles com o olho roxo.
Droga, ela se envolveu com coisa errada de novo.
- Essa é sua filha, Lee? Ela é uma gracinha. - o mais alto deles falou e lambeu os lábios. Nojento.
- Ei - eu disse, ambos se viraram para mim - Eu quero vocês fora, agora.
- Não vai dar, lindinha, estamos acertando as coisas com a sua mãe.
- Vocês acham que eu ligo para o que vocês estão fazendo? - dei uma risada sem um humor - Eu não dou a mínima.
O mais baixo indicou para o mais alto e disse:
- Cuide dela - o grandão se aproximou de mim e eu dei um chute no seu estômago, ele se afastou, um pouco sem ar e eu bati na cabeça dele com o taco, fazendo o mesmo desmaiar.
- Você tem que treinar melhor o seus homens, amigo - eu chutei as pernas do mais baixo e ele caiu, eu bati na sua cabeça com o taco também e ele desmaiou.
Lee estava sentada no chão, abraçando os joelhos e chorando.
- Lee - eu a chamei e ela levantou a cabeça, tremendo - Ligue para a polícia.
Ela assentiu e pegou o telefone.
*****
Depois que a polícia chegou, tivemos que meio que mentir para ela, dizer que eles vieram roubar e bateram na Lee. Eles levaram os homens embora e eu me virei para a Lee:
- Me dê uma semana e eu vou embora, preciso arrumar umas coisas antes. - disse e fui em direção a escada para ir para o meu quarto, Lee segurou meu braço e eu olhei para ela.
- Você não pode sair daqui, e se eles voltarem?
- Você me queria fora, eu vou embora em uma semana, esse é o meu prazo. - soltei meu braço e subi as escadas.
Entrei no meu quarto e deitei na cama. Ela tinha me menosprezado por muito tempo, me tratado mal e tudo, houve dias em que ela me deixou fora de casa e sem comer. Eu tive que aprender com isso, aprendi a me defender nas noites em que ficava do lado de fora, a trabalhar para me alimentar e a aprender a aturar ela falando de tudo sobre mim. Eu vou embora e acabar com essa droga de sofrimento.
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I'm a such fool
FanfictionNana é uma garota passando pelo o seu segundo ano do ensino médio. Ela não é do tipo que fala com as pessoas e também tem problemas no relacionamento com a sua mãe. Em seu primeiro dia, ela conhece um garoto chamado Taehyung, onde faz de tudo para m...