Raízes

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Kanako chegou em casa e mal teve tempo de se despedir de Itachi já que o garoto estava morrendo de sono e seguiu para o quarto que dividiria com Shinki naquela viagem. A mulher achou até melhor assim já que naquela noite precisaria passar tempo com outra pessoa. Seguiu até o quarto de Gaara e se certificou de que o kazekage dormia antes de sair do cômodo e seguir até outro: o quarto de Riza Shimura, terceira integrante do time de Shinki e Itachi.

A ruiva estava sentada em sua cama com os fones no ouvido, a música parecia alta e Kanako não fazia ideia de como a menina aguentava todo aquele barulho na mente. O quarto em que estava tinha paredes cor de salmão e havia vasos com cactos na janela, elas estavam abertas e o vento fazia com que as cortinas voassem.

— Olá, você tem um minuto? — a mais velha adentrou o quarto e se aproximou da cama da garota. Ela retirou os fones do ouvido e a olhou, curiosa. — Preciso de sua ajuda.

— O que está havendo? — Riza olhou para sua mentora, os olhos cheios de preocupação.

— Eu preciso da sua ajuda. Não tenho tempo para explicar mas preciso que cuide do meu corpo enquanto tento encontrar uma pessoa. — Kanako foi direta, observando a expressão surpresa que surgiu no rosto da mais nova que prontamente se aproximou. — Já fizemos isso antes, você lembra?

— E se você não conseguir voltar?

— Eu vou. Preciso que mentalize qualquer Uzumaki que vir pela frente para que consiga me transportar para lá.

— Está bem, sensei.

Se fosse qualquer outra pessoa, Riza teria negado aquele pedido. Sabia muito bem o quão perigoso podia ser viajar mentalmente para o plano astral, mais ainda se o indivíduo tivesse um chakra tão grande como o de Kanako, porém os olhos de sua sensei e aquele pedido aquela hora da noite mostravam a urgência.

Riza Shimura tinha acabado de completar 12 anos de idade e era uma aluna excepcional em todas as técnicas em que era desafiada a aprender. Kanako tinha grande amor e respeito pela garota e sua família, diria até que seu zelo passava dos limites.

A mulher de cabelos claros deitou na cama da menina e colocou suas mãos unidas na barriga, respirou fundo e liberou seu rinnegan antes de fechar os olhos. Riza se aproximou da sensei e esfregou ambas as mãos antes de encostá-las nos lados da testa da mais velha, o chakra liberado pela garota era vermelho como os fios de cabelo dela.

— Posso aguentar por 40 minutos. No meu limite. — comentou, seus olhos verdes fechados, respiração calma e concentração no nível cem. A mais velha concordou com a cabeça.

Nos primeiros segundos, Kanako sentiu apenas um formigamento que se concentrava apenas em suas pernas mas depois tomava conta de todo o seu corpo. Seus olhos que estavam fechados pareciam mais pesados e logo ela não ouvia nem o barulho do vento de Konoha na janela.

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O espaço era amarelo e muito brilhante, estava coberto por pontos de luz que pareciam diamantes. Quando Kanako abriu os olhos não sabia dizer se estava em um lugar real ou se aquele era o efeito do ramen do Ichiraku no corpo das pessoas. Começou a andar sem saber para onde ir já que tudo era a mesma coisa, seus passos foram guiados para o que achou ser a frente.

Já havia se passado 10 minutos e a mulher estava se cansando de andar sem um rumo. Cadê a Riza e seu controle de genes pra conseguir fazê-la encontrar um Uzumaki logo? Talvez aquilo fosse um caso perdido. Talvez fosse melhor ser direta com Naruto.

— Você não me parece nada morta. — uma voz feminina fez com que Kanako congelasse onde estava. Sempre se achou corajosa e auto suficiente em qualquer situação mas seu corpo ficou paralisado em um nível que o que conseguia fazer era piscar e respirar. — Está perdida?

O lobo esquecido de Konoha Onde histórias criam vida. Descubra agora