Após algumas poucas horas analisando a dificuldade de fazer um ou outro, o tempo que gastaria e o prazer gerado por ambos, optei por fazer uso da cadeira de inquisição, já que o berço além de fazer muitos danos ao nosso hóspede, também faria uma sujeira desnecessariamente grande e difícil de limpar depois.
E depois de amanhã tenho uma consulta no Dr. Hans, prefiro ter uma boa noite de sono ao invés de ter passado a noite limpando.
Brian acorda, olha para os lados ainda meio desorientado, e como se pudesse ler seus pensamentos, sabia que nesses primeiros 10 segundos não se lembraria de onde estava, então deixei que os tivesse para poder ver a expressão de decepção e desespero em seu rosto quando terminou de recobrar a consciência.
− Olá, sabe em que está sentado?
− Parece uma cadeira com pregos, grande coisa, vai me matar de hemorragia?
− A sua ignorância quanto a história é algo que chega a ser revoltante, você nem ao menos consegue apreciar uma obra de arte como essa, se não sabe o significado dela, mas a ignorância pode ser uma dádiva em alguns raros momentos, se me permite gostaria de tirar você da sua caverna como diria Platão.
− Fique à vontade, não vai fazer diferença, afinal, nós já conhecemos o fim da nossa história, não é mesmo?
− Eu não diria isso com tanta certeza, mas sobre a cadeira. Era usada na metade do século XIX principalmente na Europa, pela igreja para tortura e conversão de novos fiéis, para a alegria dos povos da época eles não sabiam que a pior tortura é feita na mente e a coesão também, mas pra infelicidade deles e nosso deleite conheciam métodos físicos de sucesso quase que equivalentes. Poderia me aprofundar e falar como era utilizada, porém imagino que você esteja tão ansioso para testa-la quanto eu.
− Eu vou fingir que me importo, com esses bastardos. Anda logo com isso, minha bunda já está ficando dormente.
− Vou aperta suas correias criando uma pressão da sua pele nos pregos.
Aperto as correias, até os pregos incomodarem bastante, depois deixei Brian na cadeira enquanto saio para cortar a lenha.
Depois de algumas horas de trabalho ardo, um novo dia surgia, voltei ao celeiro com a lenha, alguns pregos já tinham perfurado sua pele, havia algumas lágrimas em seu rosto, entretanto é pouco provável que causadas pelos pregos, acredito que essa seja uma boa ocasião para explorar um pouco sua mente.
Vou adicionando as toras de madeira a parte debaixo da cadeira sem dizer uma única palavra, após preencher totalmente o espaço, coloco um pouco de chumaço e acendo um pequeno fogo que vai aumentando enquanto se espalha pelas toras de madeira, pego uma cadeira e me sento novamente a sua frente, vamos explorar mais a mente do nosso hóspede e assistir de camarote enquanto a cadeira esquenta a reação do mesmo.
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O Peculiar Alecsander
Mystery / ThrillerSe não me conhece, vai passar por mim na rua, como se eu fosse só mais uma pessoa qualquer.