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   Bebida na geladeira do bunker é o que não faltava. O clima estava pesado entre os dois irmãos, Sam havia tentado falar com o maior mas, apenas recebeu (in)diretas e palavras grosseiras.

   Já havia se passado uma semana, nenhum caso em todo o país apareceu e tudo estava estranhamente quieto, como se o mal estivesse esperando o momento para aparecer novamente.

   Enquanto Dean escutava suas musicas no volume mais alto em seus fones, Sam tentava a todo custo não invadir o quarto do irmão e pelo menos tentar novamente falar com ele.

   O silêncio de Dean machucava muito Sam.

   O mais velho tinha que saber que ele não havia matado Castiel por que queria e sim porque não tinha escolha.

   Dean estava tão magoado com Samuel que esqueceu que aquele cara que estava sempre ao seu lado era seu irmão não um inimigo.

   Ele não se perdoava por deixar Castiel morrer literalmente em seus braços e não poder fazer nada, então se afundou nas bebidas, como um meio de escapatória.

   Mas não importava o que ele fizesse, toda noite o mesmo sonho o assombrava, toda noite ele acordava assustado e pingando suor, muitas vezes segurando o choro ele ia para o chuveiro se limpar do suor, e então deixava algumas lágrimas saírem do fundo de sua alma, apenas para expressar de alguma forma sua dor tão intensa.

   O sonho foi tão profundo e emotivo quanto Dean esperava nessa noite.

" A casa dos Winchester, no dia em que Dean fazia quatro anos.

   O pequeno pulava por todo lado da casa, gritando para seus pais acordarem.

Mary desceu as escadas e riu ao ver seu garotinho pulando no sofá e rindo, ela se aproximou e o agarrou trazendo ele mais para perto o abraçando e beijando sua bochecha, sentia o filho gargalhar com os beijinhos no pescoço que ela dava e isso a fez sorrir.

- Feliz aniversário, querido! - Ela disse e o soltou, o menino agradeceu com um sorriso enorme e ela foi para a cozinha preparar o café que teria com toda certeza a torta favorita do pequeno.

- Mama? Quando o papai vai voltar? - Dean pergunta enquanto escala o balcão se sentando .

   A mulher sorri triste e liga o rádio sintonizando-o em uma estação que tocava um rock conhecido e logo os dois cantavam juntos enquanto Mary preparava a torta e Dean esquecia a pergunta sem resposta .

   Quando a música acabou, Mary foi até o andar de cima acordar Samuel, que ainda dormia no berço, Dean estava sozinho na cozinha quando ouviu a porta da frente, desceu o balcão e percebeu ainda estar com seu pijama de dinossauros, não ligou muito para isso e abriu, havia um garoto na sua porta, devia ter mais ou menos uns 8 anos, o menino sorriu para o pequeno e lhe entregou o embrulho não dizendo nada .

- Obrigado! - Dean exclamou feliz e olhou para o presente em suas mãos por um segundo - Qual seu...- Ele olhou pra frente mas não havia mais ninguém la - " Para: Dean W. "

   Fechou a porta depressa e sentou no carpete da sala, rasgando o papel marrom com pressa, arregalou os olhos ao ver um colar muito bonito, o cordão preto segurava um pequeno pingente de asas brancas.

   O menino colocou o colar rapidamente vendo ele brilhar ao tocar com suas mãos ele olhou pela janela instintivamente e o menino estava lá o observando.

Dean sem pensar correu pra janela sorrindo, o garoto sorriu quando Dean abriu a janela e disse um obrigado animado.

- Seja o que for, se estiver com o colar ele vai te protejer de todo o mal... - O mais velho disse pegando o colar que estava balançando no pescoço do garotinho e sorrindo um pouco ao ver os olhos verdes e brilhantes. - Bom, enquanto eu não puder... Tenho que ir Dean, vejo você por ai.

Fallen -DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora