Anastácia deitou-se na cama , olhando o teto branco ,virou-se de lado e fechou os olhos para um cochilo. Imaginou como seria sua vida dali em diante, como seria conviver com Christian?
Estava quase pegando no sono quando o telefone tocou novamente . Esticou o braço preguiçosamente até o criado-mudo e pegou o telefone.
- Boa tarde, Anna, estou a caminho de sua casa chego em cinco minutos .
Anna sentou-se. - ok Christian.
Desligou o telefone e saltou da cama até o banheiro, penteando os cabelos com os dedos desastrosamente. Olhou-se no grande espelho do l banheiro e se achou satisfatória, tinha a expressão um pouco sonolenta ainda mas estava bem. Vestia sua camisola favorita, de algodão com desenhos de bichinhos, era bem curta e por isso ela fez questão de não tirar.
Alguém tocou a capainha ela respirou fundo antes de ir abrir.
- Oi. - foi tudo o que Chris disse quando ela abriu a porta, estava abatido de uma forma que Anna não imaginou que ele fosse ficar. Sentiu um aperto no peito em pensar que ele estava sofrendo por deixar Leila, não queria que ele sofresse, muito menos pela ex noiva.
- Eu não sabia que você viria aqui hoje. - ela fechou a porta e o seguiu pela pequena sala
- Não gosto que você fique aqui sozinha, fiquei preocupado, minha mae disse que seu pai precisou viajar
Anna bufou. - estou bem mamae em vindo sempre nunca fico sozinha
- Mas vocês estão bem? - ele olhava fixamente para o ventre dela.
- Sim, estamos.
Anna queria saber o que ele realmente pensava sobre o bebê, como o via.
- As coisas foram muito difíceis para você? Com a Leila?
- Um pouco, bastante dramática. - ele passou a mão pelo cabelo curto mostrando o quão cansado estava. - Se não bastasse a Liza, a mãed ela me ligou, disse que eu estava insano.
- Você contou pra elas sobre o bebê?
- sim, mas . Ela te xingou.
- Compreensível.
- Eu estive pensando... uma maneira de lidar com o problema que criamos, mas não acho que tenhamos de nos sacrificar para sempre.
Anastacia mal ouviu o que ele disse, as palavr sacrificio e problema estavam em sua cabeça. Em como ele carinhosamente chamou de "problema",o próprio filho? Ela podia julgá-lo?
Queria saber como ele via o bebê e agora sabia.
As vezes ela também via o filho que carregava como um problema, sentia que seus sentimentos por ele deveriam ser mais fortes. Mas machucava, e até mesmo a irritava, que Christian o visse dessa forma. Mas o que realmente a preocupou foi fato dele ver tudo aquilo como um sacrifício. Ficar com ela era tão difícil, tão ruim, que era como se estivesse se sacrificando?
- O que você quer dizer com isso? - perguntou, tentando não deixar transparecer a mágoa.
- Eu não sei, eu só acho que talvez pudéssemos fazer um acordo.
- Um acordo? - ela levantou as sobrancelhas. - Que tipo de acordo?
- Pensei em ficarmos juntos até o bebê completar dois anos, depois podemos fazer um acordo de guarda compartilhada e cada um seguir com a sua vida. vai ser bom para todos nós , Eu vou estar por perto enquanto bebê for pequeno , e estaremos separados antes que ele ou ela tenha idade o suficiente para entender.
- Parece um bom plano... - foi tudo que se limitou a dizer. - Você me da um minuto? Preciso ir ao banheiro.
- Claro. - ele falou por falar porque Anna nem esperou sua resposta para se retirar da sala.
Tudo o que ela conseguiu pensar enquanto despejava seu almoço . Não conseguia se ver no modelo de vida que ele tinha esboçado, vivendo sob o mesmo teto, dormindo em quartos separados e com o fim do "relacionamento" agendado.
Mais uma vez se viu sem saída. Qual outra escolha tinha? Dizer não a ele e ficar sozinha com seu bebê? Pela primeira vez isso pareceu uma boa solução.
Há um mês e meio atrás se lhe perguntassem se ela seria capaz de destruir um casamento sua resposta teria sido um grande não, no entanto ali estava ela, no banheiro de sua casa, enjoada por estar grávida de um homem que acabara de terminar um noivado por sua causa.
Respirou fundo, nunca se sentiu tão covarde. Lavou o rosto na pia e escovou os dentes antes de sair do banheiro.
- Você está bem? - Christian analisava seu rosto. - Está pálida.
Ela sentou-se no sofá e forçou um sorriso. - Estou bem.
Christian pareceu não se dar por convencido, mas aceitou sua resposta.
- Eu estive pensando...
Anna suspirou, interrompendo o que ele ia dizer. - Estou começando a não gostar quando você começa frases com "Estive pensando" ou fala "Pensei" no meio delas.
- Alguém tem que começar a pensar aqui.
Ela sorriu como se estivesse prestes a fazer uma travessura. - E é claro que tem de ser você, porque na verdade você sempre esteve pensando o grande pensador ..
Christian sorriu. - Eu tinha me esquecido de quão engraçadinha você é.
- É sempre um prazer refrescar sua memória.
- Eu imagino que seja. - ele levantou-se. - Preciso ir, tenho alguns compromissos na Grey
Enterprise Holdingns e tenho uma declaração pública para planejar.
- Parece enfadonho. - ela também levantou-se para acompanhá-lo até a porta.
- E é. Ah, antes que eu me esqueça... - ele parou na porta olhando para Anna, encostada no batente da porta. - Eu já disse que não quero você sozinha aqui não acho que seja bom para vocês.
Ela encostou a cabeça no batente da porta como se estivesse cansada. - Me diga no que você "esteve pensando".
- Você vai morar comigo, na minha casa. Pelo menos até arrumarmos outro lugar. Leila já levou a maioria das coisas dela para a casa dos pais , acho que ela vai ficar pelo menos um tempo por lá.
- Você quer que eu vá morar na casa que você vivia com sua ex-noiva?
- Sim, até arrumarmos outro lugar.
Anna riu. - Isso está ficando cada vez melhor. Vamos dar uma festa também? Podemos receber toda a imprensa e contar o que está acontecendo.
Christian rolou os olhos. - Eu venho te buscar amanhã de manhã, esteja pronta.
- Eu vou estar. - ela não pareceu nem um pouco animada.
Chris se aproximou para um abraço desajeitado e forçado da parte dos dois.
- Até amanhã. - disse ele, já indo até o seu carro. - Descanse.
- Eu vou.
E ela iria, queria descansar até que tudo aquilo deixasse de ser real.
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o meu melhor erro(pausada )
RomansaRealmente ninguém sabe porque as coisas acontecem na nossas vidas,sabemos apenas que se aconteceu era para acontecer.Mais será que tinha mesmo? Você já se imaginou grávida de um filho que você não esperava e de um homem que você nunca viu na vida...