Prólogo

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Eu estava chegando em casa, minha vizinha gritou pelo meu nome.

-Heloísa! Espere! - Por um momento fiquei me perguntando "Oque diabos essa vizinha tá me gritando feito uma doida? Como se tivesse visto um fantasma?"

Confesso, não gostava muito daquela vizinha por ela ser uma baita de uma fofoqueira.

-Oque foi tia? Parece até que viu um fantasma. - "Tia"era como eu chamava a mesma ou melhor, qual quer idosa. Minha mãe sempre me dizia que pessoas mais velha eu deveria tratar com todo respeito, como se fosse meus pais. Minha mãe sempre teve um ódio por pessoas que tratavam os mais velhos de qual quer forma e não os respeitavam. Por esse motivo então eu chamava a minha linda vizinha fofoqueira de titia.

-A sua mãe! Ela não está em casa. - A encarei confusa. -Ela me pediu para ajudá-la com o almoço mas aí aconteceu que, ela passou muito mal e eu à levei para o hospital. Acho que você precisa ver isso.

Meu coração estava acelerado, minhas mãos estavam trêmulas e minha boca seca. Eu estava nervosa, muito nervosa e não sabia oque fazer. Apenas tomei o papel da mão de minha vizinha de uma forma meio bruta, devido ao nervosismo.

Eram vários papéis de um hospital particular que tinha aqui perto, comecei a verificar todos eles. Alguns com datas de alguns meses atrás.

Um me chamou a atenção.

Esse mostrava um exame feito à 9 meses atrás, era um exame de câncer.

Minha mãe estava com câncer.

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Já haviam se passado dois anos dês de eu havia descoberto que mamãe estava com câncer, eu já havia aceitado melhor, pretendia trabalhar para ajudar a minha mãe com todo o tratamemto.

-Sabe Heloísa, tem horas que eu fico me perguntando, oque diabos tua mãe tinha na cabeça de esconder essa porra toda de tu? - Era Tereza quem falava, ela estava me ajudando a lavar roupa. Tereza era filha do seu Otávio, um fazendeiro que morava perto de casa. Eles não eram ricos mas nunca precisaram saber oque é passar necessidades.

-Nem eu Pudim. - Minha amiga me encarou com fúria nos olhos, dava pra ver o ódio que ela tinha quando eu a chamava de pudim.

Eu não tinha culpa se sua comida favorita havia estragado sua festa de quinze anos.

Sim, um Pudim de leite fez a festa da Tereza virar um completo desastre. Conheci Tereza a mesma tinha dez anos e a mesma sempre foi daquelas meninas que sonhavam em conhecer um príncipe encantado e viver felizes para sempre. Sete meses antes dos seus quinze anos, Tereza conheceu um garoto chamado Pedro, ele tinha apenas dois meses de diferença de idade.

Ela estava muito ansiosa pois osfariam quinze anos e então nas duas festas um seria o par do outro. A primeira festa ocorreu muito bem. E Tereza aguardava que a sua também saísse conforme planejado. Porém a mocinha quis uma ideia diferente, como no seu aniversário ele a pediria em namoro Tereza pediu para a sua mãe para que ao invés de ter mais outro bolo para comemorar o pedido de namoro, seria melhor ter um pudim. A mulher mais velha concordou pois pudim era a comida preferida dos dois.

No dia da festa, após ser pedida em namoro eles fizeram conforme o combinado. Comeram o pudim em forma de comemoração ao namoro, depois que comeram o bolo eles foram dançar a famosa valsa dos quinze. Mas uma coisa inédita aconteceu, o pudim mexeu com a barriga de Pedro e Tereza, a mesma se aguentou mas o garoto não. Pedro acabou dando uma diarreia na frente de todo mundo da festa!

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