Capítulo 03°

88 21 101
                                    

Chegamos a capital de São Paulo. Pra falar a verdade eu tinha vindo aqui 2 meses antes da morte do meu pai, e nunca mais retornei. Mas dessa vez eu precisava.

—Por onde vamos? – Pergunto para Tereza assim que descemos do ônibus.

—Bem ali tem um ponto de táxi, lá é por passageiros. – Tereza aponta para o outro lado da rodoviária.

—Tem uber não? Queria ir mais a vontade. – Reclamo. A viagem havia sido um pouco longa, era quatro da tarde. Tudo oque eu queria era conforto!

—Meu anjo, os caras estão ali a disposição de quem vem de viagem. Coitados, vamos lá quando a gente chegar no nosso AP tu descansa. – Tereza revira os olhos.

Resolvo não teimar mais com Tereza e apenas sigo ela até o local que ela havia dito. Depois de alguns minutos o carro já estava com quatro passageiros e então seguimos viagem. A priporidade era de quem estava mais perto, como o nosso apartamento se localizava perto do centro fomos as primeiras a ser deixadas.

—Pagou ele? – Pergunto pra Tereza assim que ela saí do carro.

—Não Heloísa, ele foi embora sem receber o pagamento dele. – Tereza me olha incrédula. —Uma menina tão inteligente fazendo pergunta tão idiota. – Ela pegou sua mala e foi em direção ao porteiro do prédio.

—Ignorante! Tá bem com fome... – Digo após ela se afastar um pouco.

Entregamos um papel ao porteiro que mostrava que seu Otávio havia alugado um dos apartamentos à três dias. O dono dos apartamentos era amigo do cunhado da irmã do seu Otávio, com isso ele conseguio o apartamento um mês antes de nossa viagem.

—O apartamento de vocês é o número 115, ele fica no segundo terceiro andar. – Ele nos entrega duas chaves em um pequeno chaveiro. —É por aqui senhoras. – Diz o porteiro gentilmente. Ele aparentava ter seus quarenta e poucos anos, usava uma calça jeans e uma camisa com um pequeno símbolo dos apartamentos.

Ele nos guiou até o elevador e de lá seguimos caminho sozinhas. Quando chegamos nos terceiro andar caminhamos alguns passos até encontramos o apartamento 115. O prédio era todo decorado de verde e branco, haviam alguns vassos de flores que se destacavam nos corroderos.

—É esse bem ali. – Tereza diz após observar uma porta com o número do nosso apartamento.

Tereza pega a que nos foi entregue e abre a porta. Entramos dentro do apartamento e começamos a observar cada canto. Sua decoração era um pouco parecida com o prédio, as paredes eram brancas com vários detalhes verdes.

A sala e a cozinha eram dividas por um balcão e logo depois tinha duas portas uma em frente a outra. Os quartos cada um tinha o seu próprio banheiro. Mas pra trás havia uma área de serviço e por fim uma varanda que dava pra ver cada detalhe lá em baixo.

—Por onde começamos? – Pergunta Tereza.

—Eu lá sei. – Digo sorrindo oque faz Tereza sorrir também.

—Eu tô é com fome, filha de Deus.

—Então procuramos algo pra comer.

—E os móveis? – Tereza diz e finge que leva uma queda ao tentar se sentar em um sofá invisível.

—Te levanta criatura de Deus. – Estendo minha mão pra ela se levantar e ela acaba me puxando me fazendo cair por cima dela.

—Tá doida cacete? – Digo sorrindo já deitada no chão.

—Eu tô com fome, eu tô com fome, eu tô com fome... – Tereza choraminga.

—Vamos fazer o seguinte então; a gente vai procurar um lugar pra comer e depois a gente vai fazer nossas compras. – Digo já de pé.

Uma Paixão Inesperada Onde histórias criam vida. Descubra agora