Uma Paixão Inesperada

Capítulo 06°

Escuto uma música um pouco longe, é uma música conhecida mas não consigo me recordar. Me viro para o lado para voltar a dormir mas a música continua me impedindo de continuar dormindo, abro os olhos e olho para o lado e vejo o celular de Tereza tocando do meu lado.

Pego o seu celular e vejo quatro ligações perdidas da tia Cat. Merda! Cadê a Tereza que não atende esse celular. Levanto da cama e vou para a cozinha a procura de Tereza.

—Pudim?... Tereza? – Procuro ela na cozinha, na sala, em todo o apartamento e nada de encontrar a mesma. —Essa cara de bunda aproveitou que eu dormir e saiu sem me falar nada.

Respiro fundo e pego o seu celular, não encontro nem uma mensagem de alguém convidando ela para sair, nem mesmo ligação. A única coisa que vejo é que ela pegou um uber que a deixou em uma loja no centro. Resolvo mandar uma mensagem para tia Cat, ela havia ligado várias vezes e Tereza não atendeu, concerteza ela deve estar preocupada. Mando uma mensagem pra ela dizendo que a Tereza foi comprar uma pizza para a gente jantar e esqueceu o celular em casa, mas que estava tudo bem e não precisava se preocupar.

De imediato ela começa a mandar várias mensagens dizendo que está com um mal pressentimento.

—Oh tia, não quero mentir mais do que já estou mentindo. – Digo olhando as mensagens pela barra de notificação. Resolvo não responder mais nada, Catarina era mãe e as nossas mães costumam sentir isso algumas vezes.

Mas algo no meu peito também dizia que tinha alguma coisa errada, observo pela janela e vejo que já é quase noite e nada da Tereza. Eu espero que a Tereza tenha um bom motivo por estar demorando tanto e dando preocupações para a minha pessoa e a mãe dela também. O telefone dela volta a tocar, é a mãe dela mais uma vez. Merda! Oque eu vou dizer agora? Eu preciso atender antes que a mãe dela fique mais preocupada do que já está.

—Alô?

—Eloy, aonde a Tereza está? Fala a verdade pra mim, eu estou muito preocupada, meu coração está muito aflito. – Dá para perceber na voz dela que ela está chorando, Tereza eu te mato por me fazer mentir!

—Não precisa se preocupar não tia Cat, a gente estava é... ocupada aqui sabe? Organizando as coisas e depois ela foi é, comprar o negócio.

—Que negócio? – Merda, oque eu disse mesmo que Tereza ia fazer? Procurei na mensagem que enviei antes da ligação. –Eloy tá me ouvindo?

—Oi? Sim! Estou sim, eu disse que ela foi comprar a Pizza, a senhora não ouviu? Mas ela já está voltando, o trânsito aqui é enorme, cidade grande.

—Quando ela chegar diz pra ela me mandar uma mensagem ou me ligar, quero muito falar com essa menina. – Sua voz estava mais calma e eu dava graças a Deus por isso, mas agora eu estava afim de matar a Tereza.

—Mas é claro, eu digo sim, um beijo. – Nem espero ela se despedir e desligo o celular, odeio fazer isso mas Tereza está me obrigando a fazer isso. Oque custava ela ter me acordado avisando para aonde ia?

Como a história da pizza não passou de uma desculpa inventada por mim, resolvo fazer algo para jantar enquanto Tereza não volta. Se bem que ela poderia trazer alguma coisa pra comer, já que a bonitona saí e até uma hora dessas não volta. Resolvo fazer um macarrão misturado com carne moída, enquanto estou cuidando da janta começo a pensar na minha mãe e na minha irmã.

Esses dias eu me liguei tanto as coisas que eu precisava resolver que quase não tive tempo de mandar uma mensagem, vou me lembrar de ligar pra elas depois do jantar. Abro a geladeira e vejo uma garrafa de fanta uva.

—A gente vai beber isso mesmo, vou fazer suco hoje mais não. – A preguiça não deixa, começo a sorrir sozinha. Observo a carne que já está quase no ponto de misturar com o macarrão, coloco o macarrão em uma panela maior e jogo a carne moída por cima e começo a misturar. Depois de pronto, decido ir tomar um banho para jantar.