Amplas mentiras: a maldade da Direita

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Embora a esquerda seja o berço das ideologias mais torpes que o homem já conseguiu elaborar, é à direita que os esquerdistas gostam de atribuir as maldades e infortúnios do mundo. Até pela inferioridade intelectual que a esquerda apresenta, é muito comum, em qualquer tipo de debate, seja ao vivo, na internet ou via conferência telefônica, que o esquerdista sempre parta para o xingamento e para a demonização da direita – quando os argumentos se tornam escassos, partir para a ofensa mentirosa é a opção de onze em cada dez esquerdistas.
Fascista, imperialista, machista, racista, xenófobo, porco capitalista, opressor, neonazinormativo, coxinha, conservador assassino, culpado pelos males do mundo – essas são algumas das descrições que já me foram aplicadas em debates e discussões. E eu não acho que as pessoas que me xingaram o fizeram pelo simples prazer de me ofender, mas porque aprenderam com seus mentores e com o nosso sistema educacional “maravilhoso” que a direita é realmente tudo isso, e que odiá-la é o melhor a se fazer na luta revolucionária.
Pois bem, chegou a hora de mostrar a verdade: a liberdade que ainda existe no mundo, pelo menos em alguns lugares dele, é fruto único e exclusivo da herança judaico-cristã que a direita conservadora tanto procura preservar. A análise histórica corroborará esta afirmação.
As nações livres do mundo são todas optantes da democracia como forma de exercício do poder político. O conceito, no entanto, é bastante antigo, tendo sido implementado em diversas cidades gregas, sendo Atenas o caso mais famoso e também o primeiro.
Por volta de 550 a.C. a cidade-estado de Atenas já se utilizava de um modo de governo diferente de todos os outros conhecidos no mundo da época. Nesse modelo as decisões políticas eram tomadas em assembléias onde o cidadão ateniense participava diretamente, ou seja, sem a eleição de representantes. Cada cidadão tinha um voto, e em Atenas cerca de vinte por cento da população compunha-se de cidadãos: crianças, jovens com menos de dezoito anos, mulheres e escravos ficavam fora do processo.
Durante cinco séculos a democracia existiu nessa região, inicialmente na Grécia e depois em Roma, onde já apresentava estruturas similares às de hoje, com um Senado composto pela nobreza e assembléias para o povo comum. A democracia grega termina justamente com a conquista da Grécia por Roma, e a romana dura até 27 a.C., quando Otávio Augusto assume o governo romano sob o título de Imperador e varre a democracia da face do planeta.
Somente mil e seiscentos anos depois o mundo voltaria a fazer uso da democracia, e nesse ínterim houve impérios, senhores feudais e monarquias totalitaristas no chamado mundo ocidental. Mas houve também algo que até então o mundo não conhecia, um movimento vindo do judaísmo, cujo líder, Jesus Cristo, tornou-se a figura mais conhecida da história humana. Seus seguidores se agremiaram no que viria a ser a instituição que mais contribuiria, nos séculos seguintes, para o desenvolvimento do homem.
Embora a Grécia tenha nos dado uma riqueza filosófica imensa, foi com as idéias de pensadores e filósofos cristãos que se moldaram os conceitos de liberdade e de igualdade dos homens. Se Aristóteles acreditava que alguns homens nascem para ser escravos e outros para ser livres, o cristianismo tornava essa condição de liberdade em algo universal, aplicável a todos os seres humanos. Homens como Agostinho e Tomás de Aquino escreveram algumas das mais importantes linhas da história humana, lançando fundamentos essenciais ao entendimento de que todo homem nasce livre e deve permanecer livre como indivíduo, tendo direitos essenciais à vida, desde sua concepção até sua morte natural, e à propriedade privada.
Além disso a história mostra que hospitais e universidades, instituições-chave para o desenvolvimento da civilização moderna, são criações cristãs, dadas ao mundo pela Igreja Católica. A ciência como a conhecemos hoje só foi possível após o advento das universidades, e o aumento da expectativa de vida é decorrente do desenvolvimento da medicina em hospitais-escolas. Assim, enquanto autores e personagens esquerdistas não cansam de associar o cristianismo ao atraso científico, como se a ciência e o conservadorismo judaico-cristão fossem inimigos posicionados em extremos opostos, a verdade é exatamente o contrário disso.
Com a colonização da América do Norte pelos ingleses um fato inédito aconteceu: uma nação foi criada inteiramente sobre bases de direita, conservadoras, e com princípios judaico-cristãos. A própria Declaração da Independência dos Estados Unidos da América contém o seguinte escrito: “Todos os homens são dotados por seu Criador de Direitos inalienáveis, entre eles a vida, a liberdade e a busca da felicidade”. Os homens que a escreveram acreditavam que:
 
as pessoas são responsáveis por si mesmas, e não precisam de um governo que as ajude com benefícios e esmolas oficiais, pois isso as deixará fracas e dependentes;
o governo deve servir às pessoas, e não o contrário;
o mercado deve ser livre, pois quanto mais pesada a mão reguladora do governo, mais difícil é conduzir negócios e gerar riquezas;
a principal tarefa de um governo é defender o país e garantir liberdade para cada indivíduo;
a propriedade privada é essencial para coibir a tirania;
a família é a base da sociedade e sua unidade primária de manutenção de valores e princípios.
Diante de tudo isso parece óbvio procurar pelas coisas boas que a esquerda trouxe ao mundo, e vão ter que ser coisas muito boas para justificar o discurso canalha de que a direita detém o monopólio do mal na Terra.
Infelizmente não há muitas virtudes no esquerdismo. Pelo contrário, uma das características mais marcantes de todos os movimentos de esquerda é a presença de assassinatos em massa. Foi assim na Revolução Francesa, quando os jacobinos derramaram sangue em quantidades nunca antes vistas na França. Foi assim quando os bolcheviques tomaram o poder na Rússia, banhando a revolução com o sangue de seus inimigos. Foi assim quando Mao Tsé-Tung assassinou mais de quarenta e cinco milhões de pessoas em apenas quatro anos. Foi assim quando Stálin matou mais de vinte milhões de pessoas para implantar o comunismo na União Soviética. Foi assim no Camboja, na Coréia do Norte, no Afeganistão, no Vietnã e em Cuba – todos os países, veja bem, todos que adotaram o comunismo, passaram por genocídios e assassinatos em massa, sempre partindo dos líderes do movimento revolucionário. O século vinte assistiu à morte de mais de cem milhões de pessoas decorrentes do comunismo, tornando-o a maior causa de morte da história humana, à frente de todas as guerras, pragas e cataclismos que já abateram o homem em sua breve história. E isso sem considerar o nazismo, tema do nosso próximo capítulo.

“Nós somos socialistas, somos inimigos
do sistema econômico capitalista vigente”.
ADOLF HITLER

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