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Chaeyoung não apareceu na escola na próxima semana, e nem na seguinte o que acabou despertando uma desconfiança em sua mãe ausente.

Jennie a princípio desconfiou quando a mãe de chaeyoung telefonou para ela. As duas raramente conversavam, só havia cruzado com ela poucas vezes durante todos esses anos.

— jennie, como você está? como vai seus pais? — disse a mãe de chaeyoung querendo parecer amigável mas a preocupação em sua voz não passou despercebida por jennie.

— Eu e meus pai vamos muito bem, senhora park, obrigada por perguntar. E a senhora como está?

— Estou bem querida, mas o motivo de minha ligação é outro. Como esta seu relacionamento com a minha filha?

Jennie gelou. Será que ela sabia que ela gostava da filha dela? Milhões de coisas passaram na cabeça de jennie mas ela tentou se manter calma e contornar a situação.

— Desculpe, eu acho que não entendi a pergunta.

— Jennie quero saber se vocês brigaram ou coisa parecida, se algum garoto decepcionou ela, ou tem alguém implicando com ela na escola. Ela chora muito e nunca me diz o motivo, não quer ir para a escola de jeito nenhum. Vocês são tão próximas, tem como ajudar ela?

Ela não sabia o que responder. Só sabia se sentir cada vez mais culpada pelo o que a amiga estava passando. Sentia que não deveria ter beijado jisoo ou ate ter aceitado a tentativa patética de beijo de chaeyoung.

Mas toda vez que esse pensamento chegava até ela outro esmagava ele: "ela me rejeitou antes". Pode ser infantil mas esse pensamento era poderoso o suficiente para jennie aguentar a semana e não procurar chaeyoung. Até aquela ligação seu orgulho estava intacto.

— Senhora Park, chego ai em menos de um minuto.

Ela aguentou bem mais do que acharia que aguentaria longe de sua amada. Como havia dito chegou em menos de um minuto, o que foi bem fácil considerando a distância de suas casas, mas mesmo assim jennie ofegava, mas não era pela correria e sim pela ansiedade de não saber como ia ser a conversa das duas. 

Jennie e senhora Park não trocaram nenhuma palavra quando jennie chegou a casa. Elas apenas olharam nos olhos uma da outra, dando espaço para jennie ir até o quarto de chaeyoung.

Ela chegou no quarto empurrou a porta que estava apenas encostada. Chaeyoung estava sentada perto da janela olhando para fora, claramente mergulhada em pensamentos, tanto que jennie ate chegou a duvidar se ela tinha percebido sua chegada.

— Desculpa. — Chaeyoung  disse chorosa.  — Eu não queria ter feito aquilo de te dar um beijo, não daquela forma.

— Como assim "não daquela forma"? — Jennie perguntou esperançosa.

— Eu... acho que estou apaixonada por você e acho que você corresponde esse sentimento por mim.

Jennie sentiu como se fosse explodir naquele momento. Ela nunca tinha sentido aquilo antes era uma mistura de felicidade e angústia, ela sentia aquela dorzinha gostosa no peito só que agora estava mais forte e se alastrando pela sua barriga, sentia que aquilo ia dominar seu corpo inteiro. Ela adorava se sentir assim.

— Porque não me procurou então?

— Eu queria, mas minha mãe não deixou.

— Sua mãe? — Jennie estava oficialmente confusa, desde então estava tentando se manter indiferente mas ela acabou chegando mais perto se mostrando mais envolvida na conversa.

— Jennie ela te trouxe aqui porque quer que eu te fale pessoalmente que nós não vamos nos ver nunca mais.

Jennie simplesmente não podia acreditar no tamanho do cinismo da senhora Park, e na calma de chaeyoung. Naquele momento ela viu sua melhor amiga diferente, ela estava sem vida. Como se não quisesse nem tentar tornar tudo aquilo diferente. — Me conta! Por favor conversa comigo. O que aconteceu?

Pela primeira vez chaeyoung olhou para jennie. — Quando voltei da casa da jisoo naquele dia ela estava em casa. Eu contei tudo. Tudo o que aconteceu, tudo o que eu sentia. Ela ficou com raiva e gritou muito, disse que nós não vamos mais ficar perto uma da outra. Ela queria ir embora na semana passada, mas eu não quis ir até falar com você e ela disse que ia dar um jeito de você vir aqui. Amanhã vamos nos mudar.

— Chaeyoung vamos fugir. — Jennie disse se aproximando de chaeyoung ajoelhando em sua frente e segurando sua mão. Estava desesperada, nunca esteve com tanto medo assim em sua vida.

— Nós não podemos jennie, vão nos achar. Não terminamos a escola, não sabemos fazer nada. Como iríamos viver. — As lágrimas escorriam no rosto de chaeyoung mas ela mantia um sorriso no rosto para enfatizar o quanto aquela ideia beirava o cômico. 

— nós não precisamos de nada disso, teremos uma a outra.

• repress • chaennie •Onde histórias criam vida. Descubra agora