Wildest Dreams

Parabéns pra você.

  Se você esta aqui, pronto para ler o capítulo dois, pegue seu bonezinho de aniversário, sorria, e venha assistir a interação do meu casal mais fofíneo. Desde já obrigado pela presença aqui, você é muito importante para o livro, e para mim. Boa leitura! <3

—X—  

Hoje é sábado e eu estou na cozinha desde o momento em que acordei, meu pai está resolvendo alguns problemas em sua empresa de publicidade, mesmo sendo seu aniversário. Estou assando um bolo pra ele, fazendo cobertura, recheio e uma torta salgada, que fiz ontem à noite, quando cheguei do trabalho. Só seríamos nós dois, como todo ano. Mas eu gostava de cozinhar, principalmente pras pessoas que eu amava, não que tenham sobrado muitas.

"Filho, convidei um amigo pra ir a nossa casa hoje após resolvermos algumas coisas na empresa. Talvez ele traga o filho. Espero que não tenha problemas, eu só realmente gostaria de fazer diferente este ano, e seria legal apresentá-lo a você, sei que provavelmente fará muita comida, então não teremos problema, certo? Amo-te, até mais tarde!"

A mensagem acendeu a tela do meu celular, fazendo-me respirar fundo após lê-la. Espero apenas que não seja nenhuma tentativa do meu pai para eu fazer novos amigos. Odeio isso e ele sabe muito bem. Mas, se virão mais pessoas, preciso fazer mais comida, até porque, eu não tenho nada mais para fazer nesse sábado tedioso.

As horas voaram diante de meus olhos, enquanto eu dançava pela cozinha, num ritmo indiferente a todo o resto do mundo, apenas eu e os ingredientes. Mas, estava na hora de tomar um banho, tudo já estava pronto, afinal. Terminei os últimos detalhes da mesa que coloquei na sala e subi em direção ao banheiro.

Não sei se estou bonito. Eu virei todos os espelhos do meu quarto e do corredor, e os espelhos que eu não podia virar, apenas ignorei fortemente. Não importava estar bonito pra qualquer outra pessoa que não fosse Marcelo. Sim, Marcelo, pois agora eu já posso falar seu nome sem ter algum colapso nervoso ou qualquer crise de choros ate adormecer.

Sentei na cozinha, olhando pela janela, o horizonte era lindo. O céu estava maravilhoso, e eu era irrevogavelmente apaixonado por ele, todas as centenas de cores que formam o azul, e todos os milhões de tons de branco para formarem as nuvens que nos levam a sonhar com formas inimagináveis.

Ouvi a garagem se abrir me virei e fui para a sala de entrada esperar meu pai. Assim que a porta abriu e vi seu sorriso radiante para mim foi inevitável não sorrir como se não houvesse mais problemas no mundo. Isso é o melhor do meu pai, seu sorriso, é tão bonito e radiante como se o sol fosse apenas uma estrela qualquer e todo nosso sistema girasse em torno do seu sorriso.

—Parabéns papai, eu sou tão agraciado por ter você em minha vida. Você é a melhor pessoa que eu poderia ter. Obrigado por estar aqui e ser forte por mim, eu sou e serei sempre seu maior admirador! Você é incrível e merece tudo de melhor que o mundo pode oferecer— Disse entre o nosso apertado abraço, ouvindo-o fungar quando terminei de falar. Não é como se ele não soubesse de meus sentimentos por ele, apenas sei que ele sabia o quão difícil era estar ali sorrindo quando minha vontade era sumir, mas eu estava ali por ele, assim como ele ficou ali todos aqueles anos por mim.

—Oh querido, você sabe o quanto aprecio tudo que faz pra mim, eu não mereço. Amo-te até não poder mais, você é tudo o que o papai tem, e continuará assim, obrigado por tudo isso de novo. —Provavelmente estava se referindo as serpentinas que caiam do teto da sala, ou os balões em forma de 45 que comprei ontem quando voltava do trabalho. Ou ainda sim do presente que estava no sofá.

Fui até ele, entregando o presente e deixando-o entrar pela casa. Assim que ele passou pelo vão ocupado em abrir o presente sem rasgar o embrulho, vi um homem baixo gordinho careca e com um volumoso cavanhaque branco sorrindo em minha direção.