PRÓLOGO

14.7K 1.2K 1.3K
                                    

GATILHOS
sintomas de ansiedade;
ataques a escolas;
ambiente familiar abusivo.

09 de março de 2016.
Stamford, Connecticut.

Stamford, Connecticut

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

⠀⠀⠀⠀TUDO ACONTECEU ANTES que Blake pudesse entender

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

⠀⠀⠀⠀TUDO ACONTECEU ANTES que Blake pudesse entender. Primeiro, veio o aviso através do sistema de rádio — com a voz trêmula, o diretor do colégio pediu para que os alunos se dirigissem para o lado de fora o mais rápido possível, porque ali dentro não era mais seguro. Em seguida, houve um silêncio sepulcral enquanto os adolescentes espalhados pelo corredor se entreolhavam. Blake sentiu o metal de seu armário muito mais gelado sob o toque de seus dedos, e um arrepio subiu por sua espinha como um alerta.

— O quê...? — sussurrou para si mesma.

Sem mais nenhuma informação, o rádio foi desligado com um chiado. A respiração de Blake travou em sua garganta conforme os primeiros pensamentos começavam a se formar, nunca em uma linha reta de raciocínio. Ela encarou uma garota com quem dividiria a aula de Física logo em seguida se não fosse o alerta — os olhos esbugalhados dela carregados de terror despertaram Blake do inicial estado de estupor.

Algo estava acontecendo. Algo grave estava acontecendo.

O colégio onde estudava em Stamford não era grande. Apesar de ser a segunda maior cidade do estado, Stamford não era palco de grandes acontecimentos — definitivamente não era alvo de eventos como Nova York. Ainda assim, um número significativo de estudantes estava presente naquele dia, e a cidade pacífica se tornou, de uma hora para outra, o cenário de uma realidade que, antes, parecia distante. Algo saído diretamente de um noticiário da TV.

— É um ataque? — a voz de um menino se sobressaiu dentre a movimentação dos alunos. — Estamos sob ataque?!

Os sussurros temerosos se tornaram rapidamente gritos desesperados. Não havia conversa, não de verdade. Eram frases desconexas fomentadas pelo terror da incerteza.

Harrington despejou o material no armário, sem qualquer cuidado. Fechou a porta metálica com um estalido incômodo, pouco se importando em trancá-la. Ao seu redor, os alunos se moviam como uma massa desesperada em direções diversas. Haviam várias maneiras de chegar ao lado de fora, e ela, por sorte, estava térreo, alguns metros da saída principal. Tomando uma lufada de ar para os pulmões, Blake rapidamente se misturou ao montante de jovens em direção às portas.

RADIOACTIVE  |  PETER PARKER ¹Onde histórias criam vida. Descubra agora