Segredo Inesperado - Livro 2 (Trilogia: Inesperada)

Capítulo 18

Giovanna

— Como assim grávida? — pergunto pra Manu, ao me servir de um pouco de suco de laranja na cozinha.

— É, Gio. Vamos ter um bebê! — diz André, radiante.

— Quem é o pai? — pergunto — Digo, o que farão quando souberem quem é o pai?

Acabo de tomar o suco e coloco o copo na pia.

— Nós dois somos os pais, pois somos nós que criaremos. Independente de qual esperma tenha fecundado o óvulo da Manu — responde Guga.

— Sempre amoroso... — digo ironicamente para o Gustavo, sentando no sofá da sala.

— Desculpa, Gio. Mesmo! Tenho estado nervoso — diz ele, que me levanta do sofá com seu abraço.

— Tudo bem! Fico feliz por vocês... — digo, retribuindo o abraço.

— E o professor? Como vão as coisas? — pergunta Manu, sentando no sofá ao meu lado.

— Nada sério... Às vezes a gente sai pra jantar — digo sorrindo — Gosto de sair com ele, Renato é exótico.

— Defina exótico, por favor — diz André sorrindo — Vou imaginar milhares de coisas sexualmente exóticas.

— Como o quê? — pergunto me divertindo.

— Sei lá... O cara ter alguma coisa diferente no corpo, uma tatuagem de unicórnio na virilha, um piercing na glande ou um transversal no saco. Isso deve doer — explica André sentando ao meu lado sorrindo.

— Você é o mais criativo do trio, certo? — pergunto rindo.

— Sem dúvidas — responde Guga sorrindo, trazendo copos e vinho — Vou pegar um suco pra você, baby — diz ele apontando pra Manu.

— Tinto? — pergunto curiosa.

— Sim, prefiro, mas se quiser tem branco também.

— Pode ser! — digo, me volto para Manu — está de quanto tempo?

— Terça-feira tenho ultrassom marcado. Aí saberei ao certo!

— Algum de vocês vai com ela? — pergunto.

— Os dois — Manu me responde.

— Vocês não estão se expondo demais? Desculpem a pergunta, mas é que as pessoas vão falar.

Guga entrega o suco de laranja para Manu.

— Nós sabemos, mas vamos enfrentar. André me disse uma coisa, Gio, que me fez pensar muito. Temos duas opções, ou nos assumimos ou um deles vai ser o tio da criança até que uma hora isso vai se voltar de novo, contra nós — diz Manu séria — é uma escolha.

— Entendi... Quero que saiba que estou aqui pra qualquer coisa que precisarem.

— Obrigado, Gio — diz Guga, servindo o vinho nas taças.

— Agora me responda... — diz André fazendo uma pausa e dando um gole no seu vinho — Por que ele é exótico?

Todos caímos na risada.

— Ele não vai desistir, Gio — avisa Manu.

— Reparei... — digo sorrindo — Ele é meio dominante, intenso, selvagem, exótico. Nunca saí com um cara com essa intensidade.

— Um DOM? — pergunta André — Interessante...

Dá pra ver na cara de André que ele está pensando em diversas coisas.