Segredo Inesperado - Livro 2 (Trilogia: Inesperada)

Capítulo 19

Giovanna

Acordo com dor de cabeça e mal-humorada. Eu me sinto inchada e sei que vou menstruar hoje. Pego meu café, uma torrada com requeijão e me sento nas espreguiçadeiras da piscina.

— Bom dia, mulher — diz uma voz máscula, atrás de mim.

— Oi, Matheus — respondo, sorrindo.

— Dormiu bem?

— Na verdade não, estou inchada e irritada hoje.

— Quer relaxar? — pergunta ele.

— Se tiver uma caixa de bombons, pipoca e um filme romântico, eu quero! — digo rindo.

— O que um homem não faz por uma mulher? — diz ele, sorrindo — Filme romântico é pesado, mas vamos nessa.

— Que horas você acaba aqui? — pergunto.

— Hoje às 16h30. Quer pegar um cinema ou quer ir pra minha casa?

— Vou sair com a Manu daqui a pouco, mas antes disso devo voltar. Te mando mensagem avisando. Prefiro ver o filme aqui mesmo. Não estou muito bem, só vou sair com a Manu porque ela me pediu ontem. Tem algum problema pra você?

— Só vou dar um toque no André, pra ver se ele vê problema, né? Mas acho que não — diz ele.

— Nosso programinha anterior foi mais interessante, né? — pergunto sorrindo, encabulada.

— Somos amigos, Gio, acima de tudo. Tô aqui para o que precisar, seja uma noite inteira de sexo ou um filminho romântico — diz ele revirando os olhos e sorrindo, me abraçando.

— Bobo — digo sorrindo — Eu me sinto bem contigo. Parece um amigo de infância, sabe?

— Ah sim, mas um amigo colorido, de infância — corrige ele, rindo.

— Hoje você tá muito engraçadinho.

— Por isso você não me larga — diz ele, dando um beijo nos meus cabelos — E o professor? Saiu de novo com ele?

— Saímos algumas vezes.

— Como foi? — pergunta.

— O sexo é muito bom, mas ele não se envolve emocionalmente. Isso é bom por um lado e desafiador por outro.

— Doidinha. Sempre fala que não quer se envolver, mas quer que o cara se envolva?

— Sou mulher, Mat. O fato dele não querer se envolver faz com que eu invista nisso. Só vou sossegar quando ele cair de quatro por mim.

Ele gargalha.

— Por que comigo é diferente? — pergunta curioso, ainda sorrindo.

— Porque você é dado, oras — digo sorrindo.

Manu aparece na ala da piscina, toda arrumada.

— Bom dia! — diz ela, nos fitando com curiosidade.

Matheus se afasta de mim.

— Não sou boba, Matheus — diz ela, sorrindo — Vocês estão se pegando, certo?

— Sim — digo logo — Somos amigos. Inclusive, chamei o Mat pra assistir a um filme comigo hoje, você se importa? Depois do trabalho dele.

— Claro que não me importo, Matheus é de casa. A TV do seu quarto é smart, fica mais fácil de assistir.

— Desculpe estar aqui conversando, Manu — diz Matheus, encabulado.

— Pare já com essa frescura, Matheus. Meus jardins estão maravilhosos — diz ela, fazendo-o relaxar.