Capítulo 6

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ELE... O QUÊ?

- O que você disse? – eu perguntei com meus nervos à flor da pele.

- Nada... – ele sorriu olhando todo o meu corpo. Então se levantou e começou a vir em minha direção. Corri para o outro lado deixando o sofá ficar entre nós.

- Vo-você... fique onde está! Na-não se atreva a vir mais perto! – falei nervosa e me segurei no sofá, tentando controlar o tremor nas minhas pernas.

Cindy...

PARKER! – falei rápido.

- Por que você está tão nervosa? – ele disse suavemente com aquele estúpido sorriso.

- E-eu não estou nervosa!

- Eu te deixo nervosa? – ele tocou o sofá e olhou para minhas pernas.

- S-sim... eu quero dizer, NÃO! – droga! O que estou falando?

- Não precisa ficar assim, eu não vou fazer nada... – seus olhos fitaram os meus com tanta... fome? O que significava aquele olhar? – ...Ainda. – ele terminou sua frase, e meu coração começou a acelerar.

Ele voltou a andar lentamente em minha direção. E, por que eu não conseguia me mover?

- Estava pensando... – sua voz surgiu intensa em meus ouvidos. E as pontas de seus dedos deslizavam por cima do sofá – ...desde ontem... – Eu pude somente ouvir a voz dele agora. Meus olhos podem apenas vê-lo. O que está acontecendo comigo? – ...se você e... Sykes são apenas... – ele se aproximou um pouco de mim, deixando entre nós apenas alguns passos de distância - ...amigos?

Sykes? Quem é? Oh! É o sobrenome de Nath. O que ele tem a ver com isso agora?

- Hum? – murmurei completamente perdida, olhando para ele. Malik apenas sorriu e se aproximou mais um passo. Agora, ele está muito perto.

- Você não tem nada com ele, certo? – sua voz era tão boa de se ouvir.

- Não. – eu disse sem pensar. – Nós somos apenas amigos.

POR QUE EU DISSE ISSO? Bem. É verdade, mas... Ele pareceu sorrir mais, e seus olhos caíram no sofá ao nosso lado. Senti algo quente em minha mão. Olhei para baixo também, e minha respiração parou. A mão dele está sobre a minha mão! O que ele está fazendo? Seus dedos suavemente acariciaram minha pele, fazendo pequenos círculos quentes. Meu coração bateu mais forte. Droga!

- Boa resposta! – sua voz rouca pareceu acariciar meus ouvidos.

Ergui minha cabeça ao ver seu rosto ficar mais perto. Dessa forma poderia olhá-lo nos olhos. Ele era tão alto. Junto com o seu movimento veio um perfume delicioso, seu maldito perfume, deixando-me um tanto tonta. Fechei meus olhos. Sua mão subiu para o meu braço, acariciando cada parte que tocava. Seu corpo estava tão próximo que eu podia tocá-lo. Sua respiração em meu rosto esquentava minha pele. Senti seus dedos tocarem uma parte de meu cabelo e colocarem atrás de minha orelha, e logo se moveram para o meu ombro. Por que eu o deixo fazer isso? Então senti algo inesperado em meu pescoço. Algo quente e úmido... Droga. Ele estava me beijando. Era suave... muito suave, mas mesmo assim queimava meu pescoço, e o seu toque tornava o ato de respirar tão difícil...

- Você é deliciosa... – ouvi seu sussurro, e o calor de sua respiração me arrepiou.

So-solte-me... – eu disse, tentando recuperar o bom senso.

The Right Kind Of Wrong (Zayn Malik)Onde histórias criam vida. Descubra agora