The Right Kind Of Wrong (Zayn Malik)

Capítulo 3

Já fazia algum tempo que eu andava. Estava muito cansada, mas eu me mantinha firme. A academia de balé que eu frequentava era um pouco longe do colégio. Observei algumas vitrines em meu caminho e parei em uma em especial. Havia joias e mais joias ali, que custavam os olhos da cara! Mas meu olhar parou onde estava aquele lindo colar em especial.

Desde a primeira vez que passei aqui me apaixonei. Nunca vi tamanha beleza num pequeno objeto. A corrente brilhava junto com o pingente, que tinha o formato de uma bailarina que se equilibrava encima de uma lua. E em suas sapatilhas haviam dois diamantes que brilhavam. Ele era banhado inteiramente em prata.

Não pude deixar de sorrir, era tão fofinho, mas o preço não era muito encantador. Suspirei. Jamais poderia comprá-lo. Não tinha dinheiro nem para comprar comida pra mim, como poderia comprar um lindo colar desses!? A minha única alegria era passar por ali e admirá-lo de longe.

– Eu poderia comprar qualquer um deles, se você me pedisse. – uma voz veio do meu lado. Lentamente fitei o rapaz que estava ali, e prendi minha respiração. – Boa tarde, Cindy  – percebi o sorriso em seus lábios, e meu coração se acelerou.

– Nathan!! – falei, finalmente encontrando minha voz.

Natt. O único rapaz que fazia meu coração bater com tanto carinho. Desde pequena eu sou apaixonada por Nathan, ele foi meu tutor e meu único amigo quando mais precisei, além do que ajudou mito meu irmão a se recuperar da depressão em que este entrou logo após a morte de papai.

Ele estudava na mesma faculdade que Tom, ou seja na mesma escola que eu estudo porém as alas de estudo eram separadas. Não vejo a hora de começar a faculdade. Assim poderia ficar perto dele.

– Jamais permitiria que você comprasse algo assim pra mim, Natt! – sorri voltando a andar, e percebi pelo canto do olho que ele começara a me seguir. Eu o amava em segredo. Tinha medo do que ele podia falar se eu contasse a ele tudo o que sentia.

–Sabe que faço qualquer coisa por você, pequena. – senti seus dedos encostarem gentilmente em minha mão, como se a puxasse para ele, e lentamente nossas mãos se uniram.

Apertei meus lábios segurando meu sorriso. Eu adorava cada vez que ele se aproximava de mim dessa maneira. Ele era o único que me chamava de pequena, uma forma carinhosa de me chamar, e só ouvi-lo fazia meu coração bater mais forte.

Porém, Não sabia o que ele realmente sentia por mim. Às vezes ele demonstrava tanto carinho, a ponto de me deixar sem fôlego, e, em outras vezes, na maioria quando estava com meu irmão e seus amigos, ele parecia tão distante, como se eu não existisse. Nathan me deixava completamente confusa com as suas ações.

– O que está fazendo por aqui, Natt? Você não deveria estar no trabalho? – falei olhando-o de lado, observando seu rosto. Ele tinha um sorriso em seus lábios, e seus olhos verdes claros brilharam quando voltaram para mim. Senti seus dedos apertarem minha mão.

– Estava a caminho do trabalho quando vi você. Não poderia simplesmente deixar essa chance passar, já que faz um mês que não nos vemos. – meu coração bateu mais forte e eu voltei para frente, fitando o chão à minha frente. E ficamos em silêncio. Nossas mãos ainda estavam unidas, e minha vontade era de cruzar nossos dedos. – Está indo para o balé? – a voz dele saiu num sussurro, e eu sorri novamente. Como eu me sinto bem ao lado dele.

– Sim! – mostrei o meu melhor sorriso. – E... se não for te atrapalhar, gostaria de ir comigo? – Olhei para seus olhos e em seguida para sua boca.

– Seria um prazer. – seus lábios se mexeram num sorriso.

E voltamos a andar.

(...)