Capítulo 5

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  Sinto beijos estalados e molhados em minhas bochechas, e aperto meus olhos para repreender a claridade da janela recentemente aberta. Solto um gemido de reprovação, mas quando percebo, um beijo é depositado no canto da minha boca.

  -- Aish, Luhan! -- seguro seu corpo delicadamente, e o posiciono ao lado do meu. Minha mão direita, que estava em seu ombro, deslizou para sua cintura. Não consigo conter um sorriso ao ver o rostinho risonho do meu híbrido preferido. -- Ainda é cedo!

  -- Não é cedo, Hunnie, já são meio dia e nada de você acordar. -- ele faz um biquinho, e eu tenho que me conter para não mordê-lo.

  -- Viu? Meio dia! Ainda é super cedo! Quando estou de folga, geralmente acordo às três da tarde...

   -- Mas você não mora mais sozinho, Hunnie! -- Luhan faz uma voz manhosa.

  -- Aigoo, tá bom, bebê, eu vou levantar pra poder ficar um pouco com você, ok?

  Os olhinhos de Luhan se arregalaram, e ganharam um brilho lindo.

  -- Está feliz assim porque vou me levantar? -- rio de sua felicidade repentina.

  -- Também. Mas olha só, você me chamou de bebê e nem percebeu! Quer dizer que eu sou muito importante para você, não é?

  -- Claro que você é! -- sem aviso prévio, ele me dá um selinho e sai do quarto.

   Ah, que atrevido!

  Levanto contra a minha vontade, e caminho até a sala.

  -- Vamos pedir uma pizza? -- pergunto a meu híbrido. Tudo bem que ainda é hora do almoço, mas pizza não tem hora, né, convenhamos.

  -- Pizza, Hunnie? Sério? -- Luhan está sentado no sofá, com seu telefone nas mãos, digitando freneticamente.

  -- Sim, Luhan, pizza. -- caminho batendo no chão até o lado dele, e tomo o celular de suas mãos. -- Sério, Luhan? Você baixou o Meeff de novo? O que eu te falei sobre isso?

  Ele cruza os braços, e enrola o rabo na própria cintura.

  -- E o que você tem contra isso? -- ele rebate.

  Foi preciso alguns segundos para eu formular uma desculpa plausível:

  -- Há muitos pervertidos no Meeff, Luhan. -- bem, isso não deixa de ser verdade.

  -- Você fala como se eu não fosse pervertido, Hunnie. Claro que sou.

  -- Eita, que você tem uma resposta na ponta da língua para tudo, né?

  -- Você quer saber o que mais essa língua pode fazer? -- ele pisca um olho e morde o lábio inferior, deixando-o deslizar entre os dentes.

  Umedeço os lábios diante dessa cena, e falo apenas:

  -- Eu vou pedir a pizza. -- levanto para ir até o telefone, e quando olho de canto de olho para ele, o híbrido estava rindo. Rindo. Essa porra só sabe rir.

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  MEU DEUS, MEU DEUS, SOCORRO, COMO ASSIM A JI EUN TAK MORREU? PERA AI QUE EU VOU MORRER AQUI TAMBÉM.

  Meu coração acelera, e lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto, quando a mulher que estava no carro se joga na frente do caminhão para salvar algumas crianças que iriam atravessar a rua, e consequentemente, teriam morrido no lugar dela.

  -- Isso não pode acontecer... -- falo com a voz trêmula, e logo começo a chorar freneticamente, soluçando.

  Logo sinto falta do barulho da televisão, e quando abro os olhos, a mesma estava desligada.

I'M ON FIRE FOR YOU - HUNHANOnde histórias criam vida. Descubra agora