Capítulo 1

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  -- Pera aí, você está brincando, não é mesmo? -- Bufei -- Isso não é um trabalho bom o suficiente para que eu o faça, pelo amor, Chanyeol, qual o seu problema? -- eu definitivamente não quero ter que fazer isso. Quanto tempo de trabalho eu tenho, três meses?

  -- Primeiramente, baixe o tom quando for falar comigo, eu sou seu chefe. Segundo: que mal tem tirar um gatinho da árvore da casa de uma velhinha? -- ele dá de ombros. Como ele consegue dar de ombros? Meu Senhor!

-- E por que eu tenho que fazer isso? Justo eu? -- sorrio sarcasticamente -- Está vendo todos esses folgados? -- aponto para todos os outros deitados no sofá, ou sentados no chão, e alguns jogando Just Dance. -- Há dias que eles vêm aqui para fazer altos nadas, por que não manda um deles no meu lugar?

  -- Porque a senhora Byun exigiu que você fosse tirar o tal gatinho.

  -- Ah, então só porque foi a mãe do seu peguete favorito você tem que obedecer para agradar? Por que você mesmo não vai, aí você aproveita e vê o filho da senhora Byun.

  Chanyeol me olha feio e põe as mãos na cintura.

  -- Oh Sehun, você está a fim de perder o emprego, não é?

  Quase imediatamente volto para a minha postura formal e falo como uma verdadeira pessoa obediente.

  -- Não, Chefe, não quero perder meu emprego.

  -- Foi o que eu pensei. Se você fizer tudo direitinho, poderá tirar o resto do dia de folga.

  Senti meus olhos brilharem, e abri um sorriso de orelha-a-orelha.

  -- Claro, Chefe! Farei o meu melhor!

  -- As chaves do caminhão estão ali... -- Chanyeol aponta para o criado-mudo ali perto.

  -- Será mesmo necessário usar o ônibus?

  -- A árvore da casa da senhora Byun é muito alta, caso não tenha percebido.

  -- Não sou eu que vai quase todo dia para lá, então não tenho a obrigação de saber... -- resmunguei.

  -- O que você está falando aí?
 
-- NADA!

  Corro para pegar as chaves, em seguida, alguns segundos depois, o caminhão estava saindo.

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  Paro o caminhão próximo à casa da velha, e saio correndo do caminhão, pois a senhora Byun estava com uma espingarda em punho, e esta estava apontada para o topo da árvore.

Felizmente consegui chegar lá e fazê-la apontar a arma para o chão, onde o disparo acertou um sapo que estava por ali.

  Ao me ver, a velha abre um sorriso enrugado, porém fofo, e seus olhos fecharam no ato.

  -- Achei que não viria mais...

  -- Problemas técnicos. Mas a senhora não deveria ter tentado fazer isso, poderia acabar machucando alguém!

  -- A única coisa que quero machucar é aquele gato com corpo de humano ali em cima. -- ela aponta com a cabeça para o topo da árvore.

  Um híbrido. Meu Deus. Há anos não vejo um. Meu sonho de infância... Em cima daquela árvore. Meus pais nunca me deixaram ter um, então, por que não ter um agora?

  Se bem que não sou mais criança, nem tampouco um adolescente irresponsável. Sou um homem maduro.

  A senhora Byun estalou os dedos na frente do meu rosto, me fazendo sair de meus devaineios, e consequentemente, cambaleei para trás e caí de bunda no chão, soltando um ruído de insatisfação. Pois é... Estou tão maduro que ando caindo por qualquer lugar.

I'M ON FIRE FOR YOU - HUNHANOnde histórias criam vida. Descubra agora